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Pesquisa dos EUA questiona capacidade de carros autônomos em evitar acidentes

Por| 08 de Junho de 2020 às 20h40

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Engadget
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Um novo estudo do Insurance Institute for Highway Safety (IIHS), que advoga pela segurança no trânsito nos Estados Unidos, aponta os limites do quanto carros autônomos podem colaborar para redução de acidentes. Segundo o levantamento, a estimativa é de 34% menos casos. 

O trabalho analisou 5 mil acidentes levantados pela polícia dos Estados Unidos, no estudo chamado National Motor Vehicle Crash Causation Survey. Foram contabilizados os casos em que, pelo menos, um dos veículos precisou ser rebocado e equipes médicas convocadas. A proposta era analisar quantos deles continuariam acontecendo, se os veículos fossem automatizados. 

Os acidentes foram separados em cinco categorias: envolvendo falhas de percepções do usuário (como distrações); previsões erradas para outros carros; planejamento (como andar muito rápido a ponto de não conseguir frear diante de um problema); execução errada de uma manobra; e incapacidade motora, nos casos de uso de álcool, drogas ou até mesmo por sonolência. 

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A conclusão a que os pesquisadores chegaram é de que os casos que poderiam ter sido evitados seriam apenas os de erros de percepção e de incapacidade motora. Nestes eventos, os sensores do carro poderiam identificar problemas na via de modo mais preciso que um humano, reduzindo acidentes. 

Segundo o levantamento, 24% dos casos ocorreram por conta de falha de percepção e 10% por incapacidade do motorista. Assim, para os pesquisadores, pelo menos dois terços dos acidantes continuariam acontecendo. 

Contudo, o estudo também levanta que 40% dos casos aconteceram porque as pessoas não respeitaram os limites de velocidade. Assim, os pesquisadores defendem que uma tecnologia autônoma segura precisa garantir que os veículos não ultrapassem tais limites. “Para veículos autônomos alcançarem sua promessa de eliminarem a maioria dos acidentes, eles terão de ser criados para focar em segurança acima da preferência do passageiro”, aponta o trabalho. 

O texto completo do estudo, com descrição metodológica, não foi divulgado pelo IIHS, apenas um texto resumido do trabalho. 

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Fonte: IIHS