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O que é um Rali Urbano? CT Auto participou e te conta tudo

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Paulo Amaral/Canaltech
Paulo Amaral/Canaltech

Quem curte o universo automotivo e ouve falar em rali, provavelmente relaciona a palavra com algumas das competições mais famosas do calendário esportivo, como o Rally dos Sertões ou o Dakar, antigo Paris Dakar. Esses, porém, são exemplos de ralis de terra, também chamados de Cross Country ou Off-Road. E um Rali Urbano, você sabe o que é?

A reportagem do CT Auto foi convidada pela Stellantis para participar da 3ª edição da Copa Peugeot, que em 2025 trocou as pistas de asfalto dos autódromos pelas ruas, estradas e avenidas, em um autêntico Rally Urbano.

Não pense, porém, que por não “comer poeira”, literalmente, como acontece com os competidores do Dakar ou dos Sertões, que há moleza para completar com êxito uma prova de Rally Urbano.

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Após participar da experiência junto de outros 16 jornalistas, a reportagem do CT Auto vai explicar, em detalhes, o que diferencia um Rali Urbano dos outros tipos de rali. Afivele os cintos e acelere conosco.

Quantos tipos de Rali existem?

Antes de explicar o que é, efetivamente, um Rali Urbano, vamos pontuar abaixo quantos tipos de rali existem no universo automotivo.

Além dos já citados ralis de terra (Cross Country ou Off-Road), há os seguintes tipos de competição:

  • Rali de velocidade: como o próprio nome diz, vence quem completar o percurso em menos tempo;
  • Rali de regularidade: nessa competição, velocidade importa, mas não determina o vencedor, pois é o piloto mais regular quem leva o troféu para casa.

E o Rali Urbano, o que é?

O Rali Urbano, na verdade, é bastante similar ao de regularidade, mas com algumas diferenças importantes, que vamos explicar mais abaixo, conforme a experiência vivenciada pela reportagem do CT Auto.

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A competição foi disputada em um percurso entre São Paulo, com partida na sede da TSO, na região da Vila Madalena, e um hotel em Paraty, município situado no litoral Sul do Rio de Janeiro, a 258 quilômetros da capital fluminense.

Os carros utilizados foram os novos Peugeot 208 e 2008 GT Hybrid, e o traçado preparado pela organização foi pensado justamente para extrair o máximo do novo powertrain híbrido leve, formado pelo motor Turbo 200 (1.0 Turbo Flex de 130 cv), que trabalha aliado a um propulsor elétrico e a uma bateria de íons de lítio de 12V.

Antes de cair na estrada, porém, os jornalistas, que foram divididos em duplas em 9 carros, tiveram uma experiência digna de pilotos profissionais. Todos tiveram que passar por um detalhado briefing, no qual os organizadores explicaram o significado de cada ponto da longa planilha que foi entregue ao navegador e ao piloto. E esse foi só o início do Rali Urbano

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Pé na estrada

Quando chegou, enfim, a hora de colocar o pé na estrada, as sutis similaridades e, também, as diferenças entre o Rali Urbano e os demais tipos começaram a ficar mais claras. A primeira, e mais importante dica dos organizadores durante o briefing deixou isso bem claro.

“Em um Rali Urbano a velocidade não é o mais importante. O que vale é a regularidade, mas há alguns desafios extras que diferenciam a prova dos ralis tradicionais”, avisou, enquanto exibia a planilha projetada em um telão.

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Eu e minha dupla partimos, então, rumo a Paraty, no Rio de Janeiro. A primeira parte do trajeto, até um posto de gasolina às margens da rodovia, não contou tempo, mas serviu para avaliação do piloto e, também, a do CT Auto, que começou a entender como funcionava o processo de navegação, aferido por meio de instrumentos oficiais e acompanhado via planilha, que tinha 41 páginas.

Após a primeira troca entre motorista e navegador, finalmente iniciamos a contagem dos pontos. A leitura da detalhada planilha era tão desafiadora quanto as sinuosas curvas que em pouco tempo começaram a surgir pelo caminho, principalmente nos trechos da perigosa região serrana.

Regras do Rali Urbano

Era preciso ficar com um olho no papel e outro no cronômetro, pois, uma das regras mais importantes do Rali Urbano é justamente passar nos pontos de controle dentro de um período de tempo pré-estabelecido.

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Cada segundo atrasado ou adiantado causaria descontos que, no final, seriam somados para determinar quais os 6 jornalistas/pilotos classificados para a grande decisão, que será disputada entre os dias 9 e 10 de dezembro, em um novo Rali Urbano, desta vez entre São Paulo e Campos do Jordão.

Uma outra regra importante, aliás, é aplicada nas passagens por dentro das regiões metropolitanas. É fundamental que o motorista cumpra as leis de trânsito. Isso significa que não é permitido andar em velocidades superiores às sinalizadas pela via, além, claro, de respeitar faróis vermelhos e placas de PARE, algo que também reflete no tempo final de cada competidor.

Depois de algumas paradas para ajuste de tempo, novas trocas de lugar entre motorista e navegador e, também, provas surpresa, como uma baliza cronometrada entre cones e o desafio de postar uma foto dos carros da Peugeot em meio à natureza, finalmente cruzamos a “linha de chegada”.

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O resultado final apontou para a classificação de Carlos Mattos, parceiro do CT Auto na aventura, como terceiro colocado na etapa da prova, enquanto nossa reportagem ficou em um honroso oitavo lugar, mas sem vaga na decisão.

A missão, porém, foi cumprida com êxito, em segurança, e com a comprovação de que o Peugeot 208 GT Hybrid é, realmente, um excelente carro para quem busca performance, dirigibilidade e economia de combustível.

O hatch registrou médias superiores a 14,5 km/l, bem melhores que os números oficiais divulgados pela marca, que giram em torno de 13,8 km/l para consumo rodoviário, e pouco mais de 9,5 km/l em perímetro urbano.

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