Motorista de teste de carro autônomo da Waymo causa acidente ao desligar sistema
Por Wagner Wakka | 06 de Novembro de 2018 às 19h37
O último acidente envolvendo um carro autônomo da Waymo foi causado exatamente porque o motorista dentro do veículo não confiou na tecnologia. O governo da Califórnia divulgou nesta terça-feira (6) um relatório sobre um acidente em Mountain View em 19 de setembro. O documento informa que “o motorista assumiu controle manual do veículo por excesso de precaução”.
A verdade é que o motorista trocou de faixa sem olhar para o lado direito e bateu em um motociclista que vinha logo atrás com mais velocidade. O relatório explica que havia um carro na pista 1 da rodovia, à esquerda do carro da Waymo, o qual resolveu mudar de faixa por conta de um caminhão na pista. No momento em que este veículo trocava da faixa 1 para a 2, andando para a direita, o motorista do Waymo desligou o sistema autônomo, e por precaução, também fez o mesmo movimento da faixa 2 para a 3. Contudo, ele não viu um motociclista que chegava pela direita, causando o acidente.
Por conta disso, o CEO da empresa, John Krafcik, em post no Medium, explicou que ainda há um desafio quando se trata de testes e que este foi um acidente que o sistema poderia ter evitado. “A análise deste incidente confirmou que nossa tecnologia teria evitado a colisão indo pelo caminho mais seguro de ação. Enquanto nosso motorista de teste está focado no carro à frente, nosso sistema autônomo estava simultaneamente mapeando a posição, direção e velocidade de cada objeto em volta dele. Crucialmente, nossa tecnologia antecipou e previu o comportamento futuro de veículo e motociclista em movimento. Nossa simulação mostrou que o sistema autônomo respondeu ao carro reduzindo a velocidade do nosso veículo, balançando levemente em nossa própria pista, evitando a colisão”, pontua o CEO.
Felizmente, segundo o relatório, motorista e ciclista tiveram apenas ferimentos leves e passam bem. Com isso, a Waymo mantém seus testes na região e pede que o acidente “não diminua a confiança na tecnologia”.