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Incêndio em carros elétricos: quais os perigos do carregamento irregular

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Reprodução/X
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Um incêndio envolvendo um BYD Dolphin nesta semana chamou atenção nas redes sociais. Não apenas por se tratar de um carro em chamas, mas por ser o primeiro caso conhecido de incêndio em um veículo elétrico no Brasil.

O incidente ocorreu no Rio Grande do Sul, no último fim de semana, e as imagens do fogo se espalhando rapidamente pelo veículo foram amplamente compartilhadas por moradores da região.

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Qual foi a origem do fogo?

Ainda sem a divulgação oficial da perícia do Corpo de Bombeiros do RS, não há confirmação sobre o ponto inicial do incêndio. No entanto, ao contrário do que muitos imaginaram, o culpado não foi o carro nem sua bateria.

Os primeiros relatos sobre o caso foram compartilhados por Clemente Gauer, membro do conselho de diretores da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), além de outros portais de comunicação. No LinkedIn, o executivo comentou sobre o incidente.

De acordo com as informações preliminares, o fogo teria se originado de um erro durante o carregamento do veículo, que, quando realizado de forma irregular, pode causar diversos danos e riscos à segurança — tanto do proprietário quanto do automóvel.

O calor gerado pelo carregador portátil, aliado a uma ligação improvisada com o uso de uma extensão, teria provocado o fogo dentro do carro, que rapidamente se espalhou pelo estofado.

Apesar do susto, o caso evidencia um ponto importante sobre a segurança dos veículos elétricos: a bateria não foi comprometida, e as chamas foram controladas com facilidade pelos bombeiros. As explosões vistas nas imagens, embora assustadoras, ocorreram por causa do detonador do airbag, e não têm relação com o sistema elétrico do veículo.

Mas afinal, quais são os perigos do carregamento irregular — e como realizá-lo corretamente?

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O que a ABVE e outros órgãos recomendam

Para o carregamento domiciliar de carros elétricos e a instalação de carregadores, há recomendações específicas que ajudam a reduzir o risco de acidentes.

3. Nada de extensões

Como mostrou o caso do BYD Dolphin no RS, o uso de extensões é totalmente desaconselhado. Esses dispositivos não suportam a alta corrente elétrica necessária para carregar um carro elétrico, o que pode levar ao superaquecimento, curto-circuito e até incêndio.

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2. Carregue em locais ventilados e mantenha o carregador fora do veículo

Outro erro comum — também presente no caso citado — é carregar o carro em local fechado ou com o carregador dentro do veículo.

O ideal é realizar o carregamento em locais bem ventilados e manter o equipamento fora do veículo, já que a corrente exigida é intensa e o aquecimento pode ocorrer com facilidade.

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1. Instalação correta

Os carregadores portáteis fornecidos pelas montadoras são úteis em situações emergenciais ou para recargas pontuais. Entretanto, quem utiliza o veículo elétrico com frequência deve investir em um carregador fixo (wallbox), ligado a um circuito elétrico dedicado.

A instalação precisa seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e deve ser feita com laudo elétrico e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) emitida por profissional habilitado. Além disso, é essencial utilizar equipamentos homologados e certificados por órgãos como o Inmetro, garantindo maior segurança.

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