Ford e Renault juntam forças contra “invasão chinesa” na Europa
Por Paulo Amaral |

As fabricantes de carros chinesas, em especial a BYD, começaram a ganhar terreno em alguns dos principais mercados da Europa. Para brecar esse avanço, duas gigantes, uma estadunidense e outra francesa, resolveram juntar forças: Ford e Renault.
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As empresas confirmaram, na última terça-feira (9), que começarão a trabalhar juntas para desenvolver e lançar carros elétricos de baixo custo no continente e, assim, combater as rivais chinesas em pé de igualdade.
“A realidade do negócio de automóveis é que é preciso capital e é preciso ser competitivo em termos de custo.Esses são os alicerces para ser bem-sucedido nesse meio na Europa”, sintetizou Jim Farley, CEO da Ford, em coletiva após encontro das marcas em Paris.
A França, aliás, será o primeiro país a receber os futuros carros elétricos acessíveis fabricados em parceria pela Ford e pela Renault. A ideia é que eles comecem a chegar ao mercado dentro de aproximadamente dois anos, no início de 2028.
Como será a parceria entre Renault e Ford?
O plano de negócios da recém-formada parceria entre Renault e Ford para fabricar carros elétricos de baixo custo na Europa e, assim, recuperar o mercado perdido para as chinesas, não foi detalhado pelos executivos.
O que se sabe é que os dois próximos carros elétricos da Ford serão desenvolvidos sobre a plataforma Ampere, da Renault. A engenharia será conjunta, mas a promessa é que cada marca mantenha seu próprio DNA, tanto em dirigibilidade quanto em experiência a bordo.
A parceria também tem uma outra vertente que pode ser desenvolvida em um futuro próximo. De acordo com a carta de intenções assinadas pelos CEOs de Ford e Renault, está previsto o projeto de veículos comerciais leves, também com foco no mercado europeu.
Segundo Jim Farley, unir o conhecimento elétrico e a escala da Renault com a dinâmica de condução da Ford é um passo estratégico essencial para a sobrevivência. François Provost, CEO global da Renault, concordou e afirmou que em um mercado que “muda tão rápido” é preciso colaboração para manter a competitividade.
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