Em uma década, gasolina quase dobra de preço e pode ter novo reajuste em 2026
Por Lucas Parente |
Os preços da gasolina no Brasil passaram por um boom nos últimos 10 anos, com diversos aumentos signficativos. Na primeira semana de setembro de 2025, o valor do combustível marcou uma média nacional de R$ 6,17, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) — valor considerado alto, quando comparado ao passado.
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Para agravar a situação, na última segunda-feira (8), o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicou, no Diário Oficial da União, um aumento no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A alíquota sobre a gasolina, hoje em R$ 1,47, passará para R$ 1,57 a partir de janeiro de 2026 — um acréscimo de cerca de R$ 0,10.
O diesel também terá reajuste, mas menor: sairá de R$ 1,12 para R$ 1,17 no mesmo período, alta de R$ 0,05.
Preço da gasolina quase dobrou em 10 anos
Em setembro de 2015, o preço médio do litro era de R$ 3,27, quase R$ 3 mais barato que o atual. Isso, porém, sem considerar a inflação e outros fatores econômicos do período.
Quando comparado ao salário mínimo, a diferença é menor. Em 2015, o litro representava 0,41% do salário mínimo (R$ 788). Em 2025, a relação é de 0,40%, considerando o mínimo de R$ 1.518.
Como é formado o preço da gasolina no Brasil
Segundo a Petrobras, o preço final da gasolina nos postos é composto por cinco parcelas, que incluem custo, impostos e lucro:
- Parcela Petrobras: R$ 2,00 (32,4%)
- Imposto Estadual (ICMS): R$ 1,47 (23,8%)
- Distribuição e Revenda: R$ 1,06 (17,2%)
- Custo Etanol: R$ 0,96 (15,6%)
- Impostos Federais: R$ 0,68 (11%)
Somando todos os valores, chega-se ao preço médio atual de R$ 6,17 por litro.
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