Crise global ameaça fábricas brasileiras e o governo corre contra o tempo
Por Danielle Cassita |

O governo brasileiro deu início a novos esforços diplomáticos para evitar que a nova crise global de semicondutores interrompa a produção de carros no país. Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), já entrou em contato representantes do setor para solicitar apoio do governo em busca de uma solução para a crise.
- Quanto custaria uma Yamaha RD 350 LC hoje, com a inflação?
- Chevrolet joga no chão preços do Onix 2026 para enfrentar Volkswagen Polo Track
O impasse começou quando o governo holandês interveio em uma empresa chinesa sediada na Holanda, responsável por 40% do fornecimento mundial de semicondutores usados em carros flex. Em resposta, Pequim suspendeu as exportações vindas de suas fábricas, impactando toda a cadeia global.
O Brasil é dependente da importação desses componentes e, por consequência, foi um dos países afetados. Segundo as empresas, o estoque atual de chips deve durar apenas duas semanas. Em outras palavras, há cerca de 130 mil empregos diretos em risco e 1,3 milhão de indiretos em risco com a nova crise.
Brasil na crise dos microchips
Em meio à crise, Alckmin conversou com Zhu Qingqiao para solicitar que o país envie ao menos os semicondutores usados nos carros flex. Em resposta, o embaixador se comprometeu a levar a demanda ao governo da China.
Ainda, o ministro afirmou que pretende contar com a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), da qual é presidente, para encontrar soluções conjuntas que evitem prejuízos à indústria.
Leia também:
- Novo Hyundai HB20 2027 é flagrado em testes no Brasil; veja o que muda
- Volkswagen derruba preços do Tiguan e SUV promete agitar o mercado
Vídeo: Parece novidade, mas carros elétricos existem há mais de cem anos. O que mudou?