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CNH sem autoescola faz "bombar" busca pelos CFCs; por quê?

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Bas Peperzak/Unsplash/CC
Bas Peperzak/Unsplash/CC

A CNH sem autoescola, nome popular dado à desburocratização do processo de obtenção da 1ª habilitação no Brasil, causou um efeito inesperado junto aos CFCs, os Centros de Formação de Condutores.

Segundo dados divulgados pelo Ministério dos Transportes, houve um aumento de 200% na procura por novas matrículas junto às autoescolas desde que o processo que derrubou os custos para obtenção da licença para dirigir passou a vigorar.

O motivo, por mais contraditório que pareça em uma primeira análise, tem uma justificativa bastante plausível. Afinal, a lei que permite tirar a CNH sem frequentar todas as aulas presenciais deixou o processo mais barato e simples. Isso atraiu muita gente que antes não conseguia pagar ou achava burocrático.

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Porém, como as novas regras ainda determinam que é preciso fazer aulas práticas (que podem ser contratadas junto a instrutores particulares credenciados) e exames, as autoescolas acabaram recebendo muito mais alunos.

Autoescolas se surpreendem com procura

Preocupados com uma debandada geral dos alunos durante o processo de implementação da CNH sem autoescola, os CFCs chegaram a organizar manifestações contrárias às mudanças e até a temer pelo fechamento maciço de unidades por todo o Brasil, algo que não aconteceu.

O efeito contrário acabou surpreendendo os responsáveis pelas autoescolas, como Dhienifer Raiani Pinto, consultora de uma unidade na Bahia, e Luciana Ramos, que dirige um CFC no Distrito Federal. Ambas admitiram, em nota divulgada pelo Ministério dos Transportes, não imaginar que a procura fosse aumentar tanto.

“São mais jovens, com idade média de 20 a 25 anos. Nosso público anterior era de 25 a 35 anos, chegando até 45. A mudança movimentou bastante o mercado”, comentou Dhienifer. “Essa iniciativa pode trazer pessoas que têm dificuldade financeira, que antes não teriam condições de pagar”, completou Luciana.

Para Renan Filho, ministro dos Transportes, o movimento se provou acertado e as autoescolas só têm a ganhar. “Nós fizemos um enfrentamento a uma das grandes dificuldades do país, que era o povo brasileiro não ter acesso à CNH por conta de um preço impositivo. O preço despencou, e o pessoal das autoescolas locais está vendendo mais”.

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