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Carros eletrificados ficarão mais caros? Novo imposto já está valendo

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Divulgação/BYD
Divulgação/BYD

Neste 1º de julho, uma nova alíquota de imposto passou a valer para importação de modelos eletrificados. A mudança já estava prevista pelo cronograma de retomada gradual iniciado no final do ano retrasado. 

A medida afeta diretamente modelos híbridos pleno (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e totalmente elétricos (BEV), que até o mês passado contavam com incentivos fiscais de importação.

As novas alíquotas são as seguintes:

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  • HEVs: 30% (antes 25%)
  • PHEVs: 28% (antes 20%)
  • BEVs: 25% (antes 18%)

A próxima alteração acontecerá apenas em julho de 2026, onde todos os veículos eletrificados passarão a ter uma alíquota única de 35% na importação.

Como isso afeta o mercado nacional?

Muitas montadoras, em grande maioria chinesas, utilizam a importação como única ferramenta para vender seus carros no Brasil. No entanto, marcas como GWM e BYD se adiantaram para não sofrer com as consequências da nova alíquota.

Ambas fabricantes aumentaram o número de veículos importados nos últimos meses, para chegar em julho com uma boa sobra de estoque. Além disso, neste mês, as chinesas pretendem iniciar as atividades em suas fábricas nacionais, com sistemas de montagem CKD (Completely Knocked Down) e SKD (Semi Knocked Down). 

Este tipo de importação com montagem nacional permite à empresa pagar alíquotas menores de importação, sendo de 16% para CKD e 18% para SKD. 

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Porém, outros fabricantes não terão a mesma “sorte”. Alguns chegaram recentemente ao Brasil e ainda estão formando seu estoque de carros. Com a nova alíquota, essas marcas podem acabar diminuindo o número de carros importados, além de aumentar o preço de seus produtos — já que o custo ficou maior. 

O problema poderia ser ainda maior se a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tivesse colocado em prática seu plano de retornar com a alíquota de 35% imediatamente. O órgão argumenta que só assim será possível garantir uma competição justa entre as fabricantes nacionais e importadoras. 

O aumento gradativo do imposto tem como principal objetivo fomentar a indústria nacional, "forçando" as importadoras a iniciar ou planejar a produção nacional de seus veículos. Essa mudança, é claro, vale apenas para modelos importados. Veícuos produzidos nacionalmente não soferão com as novas alíquotas.

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