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Carro próprio, câmbio automático e mais: mudanças da CNH sem autoescola

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Standret/Freepik/CC
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As mudanças no processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil não envolvem apenas o fim da obrigatoriedade de aulas teóricas e práticas na autoescola. O projeto, já aprovado pela Presidência da República, engloba até o tipo de câmbio do carro utilizado no exame final.

Não se trata, porém, da criação de uma nova categoria de CNH apenas para motoristas que queiram dirigir carros automáticos, mas de uma flexibilização, tanto no processo de aprendizado (para quem desejar ter aulas) quanto na aplicação do exame prático final.

Em poucas palavras, isso significa que o aluno poderá optar por realizar aulas e prova prática em um carro com câmbio automático ou manual e, no caso de aprovação, a CNH não limitará a licença apenas ao tipo de veículo utilizado no processo. O aluno sairá “livre” para dirigir carros com qualquer tipo de transmissão.

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Outra mudança prevista é com relação ao proprietário do veículo. Atualmente, aulas e provas são feitas exclusivamente nos carros das autoescolas. A nova proposta, porém, permite que o carro seja tanto do proprietário quanto do instrutor, desde que devidamente identificado e em boas condições de segurança e preservação.

Mudanças dividem opiniões dos especialistas

A ideia de flexibilizar o tipo de câmbio e, também, de abrir o leque para o uso de carro próprio nas aulas e na realização do exame final tem como objetivo principal facilitar o acesso e reduzir os custos na obtenção da CNH. Esses pontos, porém, têm gerado polêmica.

Ygor Valença, presidente do Sindicato das Autoescolas, alertou que, embora pareça simples, a proposta é perigosa. Para ele, os condutores que tirarem a CNH com carro automático e, posteriormente, comprarem um com câmbio manual, “terão que aprender sozinho nas ruas”.

Adrualdo Catão, Secretário Nacional de Trânsito, mostrou ter um ponto de vista diferente do expressado por Valença. Para ele, o importante é o candidato “estar treinado para o tipo de veículo com o qual fará a prova”.

O projeto ainda está em fase de consulta pública, iniciada no dia 2 de outubro, com duração de 30 dias. Somente após esse período o texto definitivo será publicado e passará a valer.

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Fonte: Uol