Carro popular | Como funcionam as faixas de desconto nos preços?

O pacote de medidas divulgado pelo Governo Federal para baixar os preços dos carros que custam até R$ 120 mil e, com isso, propiciar a volta do chamado “carro popular” ao Brasil, definiu que os descontos terão um mínimo de R$ 2 mil e um máximo de R$ 8 mil. Mas como eles serão aplicados? É isso que o Canaltech vai te explicar.

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A Medida Provisória definiu a criação de 7 faixas de desconto para os carros 0km, com reduções entre 1,6% (R$ 2 mil) e 11,6% (R$ 8 mil). O que determina se um carro se encaixa no piso, no meio ou no teto dos descontos disponíveis é a soma geral de pontos nos 4 critérios estabelecidos:

• Fonte de energia;
• Consumo energético;
• Preço público sugerido;
• Densidade produtiva.

Como é a pontuação em cada critério?

Para ter direito a descontos maiores, os carros que se encaixam no programa de governo precisam somar o máximo de pontos nos 4 critérios estabelecidos como parâmetros de definição. E o que cada um deles quer dizer? Vamos ver agora.

Fonte de energia

Refere-se ao tipo de combustível que o carro utiliza. Segundo a tabela definida pelo governo, os movidos a etanol somam 25 pontos, assim como os híbridos ou os 100% elétricos. Os carros flex ou puramente a gasolina somam 20 pontos.

Consumo energético

Unidade pouco valorizada no Brasil, o MJ/km (megajoule por quilômetro) é utilizado nas medições do Inmetro para definir os carros mais econômicos do país. E agora também vai ajudar a definir quem receberá mais desconto no carro popular.

Carro com consumo menor ou igual a 1,40 MJ/km abraçará 25 pontos. O que tiver valores entre 1,41 e 1,50 somará 20 pontos, 2 a mais que o carro com consumo energético entre 1,51 e 1,60. Por fim, o carro que tiver consumo entre 1,61 e 2,00 MJ/km somará 15 pontos.

Preço público sugerido

O terceiro item levado em consideração para ver em qual das faixas de desconto um carro popular se encaixa é o preço popular sugerido. Quanto menor o valor, maior a pontuação na conta.

Carros que custavam até R$ 70 mil somam 25 pontos na “matemática do desconto”. Os com preços entre R$ 70.001 e R$ 80 mil acrescentam 20, enquanto os que estão na faixa entre R$ 80.001 e R$ 90 mil somam 18. A menor pontuação — 15 — é aplicada em carros com preços entre R$ 90.001 e R$ 120 mil antes das medidas.

Densidade produtiva

O último critério que dá pontos aos carros com valores até R$ 120 mil é a densidade produtiva. Ele se refere à quantidade, em porcentagem, de peças usadas no carro que são de fabricação nacional. Quanto maior a porcentagem, maior o desconto.

De acordo com o que foi estabelecido no programa, carros com 75% ou mais peças nacionais ganham 25 pontos. Os que tiverem entre 65% e 74,9% acrescentam 20, e os demais, com percentual maior ou igual a 60%, mas menor do que 65%, somam 15 pontos.

As 7 faixas de desconto

Agora que esmiuçamos a matemática necessária para saber como são contados os pontos que levam um carro a se encaixar em uma das 7 faixas de desconto que determinam os preços do carro popular, vamos explicar quais são elas.

Os descontos, nunca é demais frisar, variam entre 1,6% (R$ 2 mil) e 11,6% (R$ 8 mil), passando por valores intermediários de R$ 3 mil, R$ 4 mil, R$ 5 mil, R$ 6 mil e R$ 7 mil, dependendo dos pontos totais de cada carro.

Modelos que ficaram com pontuação abaixo ou igual a 69 na somatória geral dos critérios encaixam-se na faixa 7 (desconto de R$ 2 mil). Os carros com pontuação igual ou maior do que 90 têm direito ao bônus cheio, de R$ 8 mil.