Programador brasileiro de 15 anos vence hackaton de Ethereum na Colômbia
Por Claudio Yuge |

O Brasil vem despontando há anos como um celeiro de talentos na área da programação, e mais uma prova disso aconteceu no último final de semana, na ETHBogota. O hackaton realizado na Colômbia entre os dias 7 e 9 de outubro, reuniu 900 programadores de todo o mundo, em um evento em torno da rede blockchain Ethereum que durou nove dias e teve a maratona hacker como parte do encerramento.
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Victor Garcia, de 15 anos, é morador da Zona Leste de São Paulo, e aprendeu a programar sozinho. Reconhecido como um talento precoce por meio da organização não governamental (ONG) Educar+, que leva educação e web 3.0 para a comunidade da Favela do Final Feliz, no Complexo do Chapadão, Rio de Janeiro.
O adolescente, estudante de escola pública, mostrou grande conhecimento de cinco linguagens de programação e o interesse pelo mercado de criptomoedas. Logo Victor foi inscrito pela ONG para participar do hackaton promovida pela rede Ethereum em São Paulo, onde ele já se destacou.
Em seguida, Victor integrou a equipe brasileira apoiada pela ONG Educar+, com outros quatro brasileiros. O prodígio ajudou seu grupo a desenvolver uma plataforma gamificada de incentivo à leitura no modelo read-to-earn (“ler para ganhar”), em que os usuários são recompensados com tokens para cada página ou livro completo consumido.
Foram 36 horas seguidas de maratona hacker, e Victor, assim como seus outros quatro colegas de equipe, foram premiados com US$ 1 mil (R$ 5,3 mil na conversão atual), entregues pela patrocinadora Chairlink. A vitória traz mais uma amostra de como o investimento em educação e tecnologia, principalmente em comunidades carentes desse aprendizado, podem revelar os talentos em todos os cantos do país.