Diferenças entre métricas e indicadores de desempenho no Business Intelligence
Por Diego Elias | 13 de Maio de 2014 às 07h56
A todo momento, em projetos e discussões sobre o Business Intelligence (BI), ouvimos e falamos sobre métricas e indicadores. São termos bastante utilizados e que são a base para quantificar os resultados e conduzir a avaliação das análises da organização. Mas sabemos mesmo a diferença que existe entre cada um?
É importante essa distinção pois nos auxiliam na abstração e na correta apuração dos resultados empresariais. Esses resultados podem ser apurados em diferentes perspectivas e níveis dentro da organização.
As métricas são as medidas brutas, atômicas e de simples composição. Em uma estrutura de Data Warehouse, são armazenados na tabela Fato e medem os descritivos armazenados nas Dimensões. Valores e quantidades são exemplos de formatos das métricas.
Leia também: Tipos de métricas existentes no Data Warehouse
Os indicadores de desempenho são medidas calculadas e são compostos pelas métricas. Estão um nível acima das métricas, pois possuem uma visão mais ampla e direcionada da realidade observada. Além disso, os indicadores avaliam a performance organizacional, auxiliam a análise de tendência, a melhoria contínua, a atuação proativa e dão transparência à empresa. Normalmente são expressados por percentuais, frenquência, probabilidade, etc.
Exemplo de métrica:
- Quantidade de itens X
Exemplo de indicador de desempenho:
- Percentual de itens X vendidos em março de 2014
No exemplo, a métrica é a medida bruta da quantidade de itens de um determinado produto. O que os diferenciam é o posicionamento que cada uma possui na tomada de decisão na organização. As métricas estão no nível operacional e o indicador no nível tático, ambos com o objetivo de atingir as metas estabelecidas no plano estratégico.
Acima temos a pirâmide que contém a exata localização e posicionamento dos termos. No nível operacional (base) estão as métricas. Esse nível requer a medida em sua composição simples, pois dessa forma será melhor utilizada para as decisões operacionais.
Já no nível tático (intermediário) as medidas precisam de uma maior abstração para a melhor indicação e direcionamento a ser tomado pelo gestor. E, por fim, no nível estratégico (topo) é importante a consolidação das métricas e indicadores para a visualização das metas, verificando se elas estão sendo cumpridas e alcançadas.
Portanto, é necessário a percepção das variadas formas que a informação pode ser oferecida aos diferentes níveis da organização, onde cada uma possui sua respectiva importância e utilidade. Dessa forma, é possível que a gestão do conhecimento tenha efetividade e contribua diretamente nos resultados empresariais.
Foto da vitrine: everything possible/Shutterstock