Primeira fase do Voa Brasil vai contemplar aposentados com passagens a R$ 200
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira | •
O Governo Federal lança oficialmente nesta quarta-feira (24) o programa Voa Brasil, iniciativa que vai oferecer cerca de 3 milhões de passagens aéreas a preços populares — R$ 200. A ideia, segundo Silvio Costa Filho, Ministro de Portos e Aeroportos, é “permitir que mais brasileiros, especialmente novos usuários, tenham acesso ao mercado aéreo do Brasil”.
O Voa Brasil foi criado em 2023, mas sofreu atrasos em seu lançamento por conta de ajustes feitos pelo Governo. Um deles foi a exclusão, em um primeiro momento, dos alunos do Programa Universidade para Todos (Prouni), estudantes de baixa renda, entre os beneficiários.
Nesta 1ª fase, o programa será oferecido somente a aposentados, em um escopo de até 23 milhões de pessoas. Para ter direito a comprar uma passagem aérea por R$ 200, o interessado precisa cumprir alguns requisitos, como não ter viajado de avião nos últimos 12 meses.
Além disso, para participar do Voa Brasil, será necessário acessar o site oficial do programa (que ainda será lançado), entrar com o cadastro do “gov.br” e escolher o ticket desejado (no máximo dois por ano). Ao cumprir essas etapas, o aposentado será direcionado ao site da companhia aérea para finalizar a compra, evitando, assim, possíveis golpes cibernéticos.
Como vai funcionar o Voa Brasil?
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, o Governo Federal não gastará um centavo dos cofres públicos para custear o programa Voa Brasil. As passagens aéreas de R$ 200 serão oferecidas pelas próprias companhias aéreas
O acordo foi costurado após o governo apresentar dados às companhias indicando que, dos 112 milhões de passageiros em 2023, muitos voos operaram com lugares vazios, pois apenas 12% ocuparam lugares que custaram até R$ 200. Com mais tickets a preços acessíveis, os aposentados elegíveis ao programa poderiam aumentar a taxa ocupacional nos voos.
"É o 1º programa de inclusão social do transporte aéreo brasileiro", resumiu o ministro Silvio Costa Filho.