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Perigo nos céus? EUA se preocupam com possíveis interferências do 5G na aviação

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Novembro de 2021 às 19h40

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Reprodução/MirkoVitali/Envato
Reprodução/MirkoVitali/Envato

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) está preocupada com a implementação da rede móvel 5G no país. Em documento visualizado pela Reuters, e que será tornado público em breve, o órgão considerou extremamente preocupante o quanto a segurança do setor aéreo poderá ficar comprometida com a nova tecnologia.

De acordo com Bradley Mims, executivo da alta cúpula da FAA, o ponto focal do alerta está na utilização do chamado Espectro C (ou Banda C), projetado para ter início no dia 5 de dezembro em pelo menos 46 locais. A entidade alegou que há risco de interferência no altímetro de radar das aeronaves que utilizarem o mesmo espectro que os aparelhos eletrônicos.

A preocupação, aliás, vem de longa data. Em agosto, o órgão já havia alertado que temia “grandes interrupções no uso do Sistema Espacial Nacional com o lançamento do 5G” e uma possível “redução drástica” da capacidade operacional da aviação do país. Agora, às vésperas do efetivo início das operações da nova tecnologia, o temor voltou à tona.

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CTIA tranquiliza setor

As preocupações da FAA a respeito da possível interferência da tecnologia 5G nos aparelhos dos aviões não se justificam, segundo a associação comercial que representa o setor de comunicações sem fio nos Estados Unidos (CTIA). De acordo com a entidade, criada em 1984 e que tem sede em Washington D.C, o uso do Espectro C pelas redes 5G é totalmente seguro.

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"As redes podem atuar sem causar interferência prejudicial ao equipamento de aviação”, comentou a CTIA, alegando que o uso já está em prática em pelo menos 40 países.”Qualquer atraso na ativação deste espectro coloca em risco a competitividade da América”, acrescentou a entidade.

No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não quis dar abertura para qualquer polêmica e iniciou em julho a migração de usuários de antenas parabólicas convencionais da Banda C para a Banda Ku (via satélite), justamente para deixar o Espectro C liberado para a utilização da 5G e, com isso, evitar possíveis interferências.

Fonte: Reuters, Aeromagazine