Embraer é mais uma empresa a cortar relações com a Rússia; entenda
Por Felipe Ribeiro | Editado por Jones Oliveira | 03 de Março de 2022 às 18h00
A Embraer vai interromper seus serviços de manutenção e negócios em andamento com a Rússia. Segundo a fabricante brasileira, os aviões que pertencem às companhias aéreas locais não terão mais peças e profissionais à disposição para quaisquer reparos e outras atividades.
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Com essa decisão, a empresa russa mais impactada será a S7, que utiliza 17 aeronaves Embraer E170 para voos regionais, pois tem autonomia mais curta e capacidade para apenas 78 passageiros. Destes exemplares, 15 estão em atividade e outros dois seguem nos hangares da companhia, a segunda maior do país.
Segundo a CNN Business, a decisão da Embraer foi tomada na esteira do que Airbus e Boeing decidiram horas antes. Ambas as companhias, que têm muito mais aeronaves em poder das companhias russas, também optaram por cortar relações com a Rússia.
Somadas, Boeing e Airbus representam dois terços de todas as aeronaves das companhias aéreas russas. Mesmo que interrompendo os serviços de peças e manutenção, os jatos devem seguir funcionando, já que ambas atividades acontecem em períodos muito específicos do ano.
Outras empresas aéreas europeias também anunciaram a interrupção dos serviços na Rússia após o início dos ataques à Ucrânia. O caso mais emblemático é da alemã Lufthansa, a maior companhia do continente e que também tinha base operacional no país eurasiático.
Boeing e Airbus, aliás, também fecharam seus escritórios em Kiev, capital da Ucrânia, diante das constantes ameaças à segurança dos funcionários.
Fonte: CNN Business, The Guardian