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Trégua: brasileiros diminuíram discussões políticas no WhatsApp, diz estudo

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Asterfolio/Unsplash
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Depois de alguns anos de polarização intensa e debates quentes no WhatsApp, as discussões políticas diminuíram na rede social – especialmente nos grupos de família e amigos. 

A conclusão é da 5ª edição da pesquisa "Os Vetores da Comunicação Política em Aplicativos de Mensagens", realizada pelo InternetLab em parceria com a Rede Conhecimento Social. Foram mais de 3 mil pessoas entrevistadas, de todo o país,  entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro de 2024.

O levantamento aponta que o ambiente agressivo e o desgaste gerado por conflitos anteriores levaram os usuários a adotarem uma postura de cautela e "autocensura" para preservar relações pessoais.

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Segundo o estudo, a presença de notícias sobre política, políticos e governo nos grupos de família caiu de 34% em 2021 para 27% em 2024.

Nos grupos de amigos, a queda foi ainda mais expressiva: em 2022, ano de eleições presidenciais, 38% dos usuários relatavam ver esse tipo de conteúdo, número que baixou para 24% no último ano.

O medo é um fator determinante para esse silêncio. A pesquisa revela que 56% dos entrevistados sentem receio de dar sua opinião sobre política porque consideram o ambiente muito agressivo.

Além disso, 52% afirmam que se policiam cada vez mais sobre o que falam nesses espaços, e metade dos respondentes (50%) admitem que evitam tocar no assunto em grupos familiares para fugir de brigas.

TikTok ganha espaço como mensageiro

O WhatsApp é, de longe, o app de mensagens que domina o país, com 99,1% dos entrevistados afirmando que usam o mensageiro. Mas, o estudo identificou algumas mudanças no ecossistema de apps do brasileiro. 

O destaque ficou para o crescimento do uso das mensagens diretas – as “DMs” – e encaminhamentos no TikTok. Em 2024, 24% dos participantes utilizaram o TikTok para troca de mensagens, um salto dos 19% relatados em 2023. 

Agora, o app de vídeos curtos aparece à frente do X – antigo Twitter –, que é usado por 13% dos entrevistados para mensagens. 

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Já o Telegram, que em edições anteriores apresentou crescimento, passou por uma estabilização e tendência de queda. O app, que era usado por 46% dos respondentes em 2022, agora está com 39%. 

O Instagram, também do ecossistema de apps da Meta, se mantém estável como o segundo maior canal de mensagens, usado por 65% das pessoas. 

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