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Isolamento social faz volume de sexting crescer 31% entre brasileiros

Por| 14 de Maio de 2020 às 16h56

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Isolamento social faz volume de sexting crescer 31% entre brasileiros
Isolamento social faz volume de sexting crescer 31% entre brasileiros

Os brasileiros querem amar mais. E não apenas no sentido sentimental da palavra, mas também naquela coisa bem física: de acordo com enquete conduzida pelo app de encontros Happn com 1.117 pessoas, cerca de 31% dos respondentes afirmaram terem aderido ao sexting — ou seja, a troca de mensagens eróticas, nudes e afins — durante a quarentena causada pelo avanço da COVID-19 pelo mundo.

Pelo levantamento, 16% dos usuários respondentes afirmaram terem trocado mensagens picantes, enquanto 10% preferiu a troca de fotos e 5% apostaram em vídeos. Além disso, 15% disseram que trocaram saliências com outras pessoas pela primeira vez durante o isolamento social.

"O uso de aplicativos de namoro evoluiu durante o confinamento. Embora ainda sejam usados para ajudar a conseguir um encontro, isso não é tudo que eles representam. Hoje, essas novas conexões virtuais também exercem um papel importante como um alívio ao isolamento, à solidão e ao distanciamento social. Os usuários estão passando mais tempo conectados e mais propensos a conhecer melhor o seu crush. Isso pode significar o retorno de uma forma de romance em que os relacionamentos se tornam mais sensíveis e profundos", afirma Didier Rappaport, cofundador e CEO do happn.

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A pesquisa ainda mostra o impacto do isolamento na atividade sexual dos usuários, com 72% dos participantes do levantamento dizendo que passaram a satisfazerem-se sozinhos. Outros 73% afirmam terem expectativas de encontros reais — sexuais ou românticos ou ambos — assim que a quarentena acabar, apostando em temas como os hábitos das pessoas durante o isolamento (35%), indicações de filmes e séries (34%), a crise advinda da pandemia da COVID-19 (27%), exercícios e atividades físicas (23%) e música (22%) como introduções a conversas.

A pesquisa do Happn reflete números internacionais concluídos em outro levantamento: segundo informações da OnePoll, em parceria com a fabricante de artigos eróticos LELO, 41% das pessoas norte-americanas solteiras criaram contas em apps de relacionamento a fim de aliviar a tensão do isolamento social. Mais interessante ainda, 52% dos norte-americanos casados também ingressaram em serviços como Tinder, Bumble e outros aplicativos.

No caso do Happn, para o Brasil, a tendência vem sendo estabelecida desde março: no terceiro mês do ano, a empresa constatou que 56% de seus usuários passaram mais tempo conversando pelo aplicativo com outras pessoas, ao passo em que 63% disseram que a situação de isolamento serviria como um mecanismo de ampliação do vínculo afetivo que elas tivessem com “o crush”.

Crescimento de apps de encontro também aumenta comportamento de risco

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É importante ressaltar, porém, que o uso acrescido de apps de relacionamento também vem trazendo consequências negativas: Samantha Rothenberg, uma artista norte-americana, vem coletando prints de mensagens que recebe nestes aplicativos, com matches sugerindo que as regras de quarentena fossem quebradas para encontros casuais, cunhando o termo “quarantine and chill”, uma alusão ao “Netflix and chill” usado para disfarçar um encontro sexual como uma sessão de filmes na plataforma de streaming. Segundo entrevista dela ao Business Insider, ela já tem mais de 1.000 telas capturadas.

"Devido a isso ser algo tão comum, eu posso afirmar com honestidade que qualquer pessoa com um perfil em um app de encontros já tenha passado por isso”, ela afirmou ao jornal. “As pessoas estão mais excitadas, e muita gente está colocando isso à frente do risco e perigo [de contaminação]”, alerta.

É importante ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a violação de quarentenas, nem mesmo entre casais — salvo por aqueles que morem juntos —, justamente no intuito de desacelerar o avanço da pandemia.

Fonte: The Fresh Toast; Business Insider; Estadão