99 e Uber ficam mais caros quando a bateria do celular está acabando?
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Abril de 2023 às 12h13
Não é incomum ver relatos nas redes sociais afirmando que apps de carona como 99 e Uber cobram mais pelas corridas quando o celular está com pouca bateria. Mas será que essa teoria é verdadeira ou tudo não passa de boato? O Canaltech colocou o rumor à prova.
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Apesar de ser quase uma "crença popular", não é possível afirmar que Uber e 99 cobram mais quando o celular está com pouca bateria — em diversos testes realizados pela reportagem do CT, os preços dos aplicativos em celulares no carregador e outros com pouquíssima bateria (menos de 10%) não apresentaram variação significativa para concluir que o valor estivesse adulterado pelas condições do aparelho.
Em algumas ocorrências, o preço da carona chegou a exatamente o mesmo ou ficou até mais barato no aparelho que estava prestes a desligar, como é possível conferir no vídeo abaixo:
Os testes na redação do Canaltech foram feitos em diferentes cidades do Brasil e em horários variados. Algumas experimentações aconteceram num mesmo celular, enquanto outras compararam resultados de dispositivos diferentes (um com carga e outro sem) simultaneamente.
Preço das corridas não muda carga do celular
Em suma, o preço das corridas em ambos os aplicativos considera elementos como distância percorrida e quantidade de motoristas disponíveis na região. Naturalmente, fatores externos podem interferir no valor, como chuva ou trânsito intenso — mas o percentual de carga do smartphone aparentemente não tem qualquer influência no quanto você vai pagar por uma corrida.
O que dizem Uber e 99
Em contato com o Canaltech, ambas as companhias negaram que o valor da corrida varia conforme a quantidade de bateria disponível no celular solicitante. "A duração da bateria do celular não é um fator para determinar o preço das viagens", disse um porta-voz da Uber. "Algumas variações de valores podem acontecer em função do preço dinâmico, que é uma ferramenta cujo objetivo é equilibrar a oferta e a demanda em tempo real", complementou.
"A 99 informa que o preço final da corrida é definido por uma equação que considera a distância percorrida e o tempo de deslocamento, que é definido de acordo com a oferta e demanda de motoristas parceiros por região", pontuou um porta-voz da 99.
Confira as notas das empresas na íntegra:
Nota da Uber
A Uber informa que essa informação é falsa. A duração da bateria do celular não é um fator para determinar o preço das viagens.
Algumas variações de valores podem acontecer em função do preço dinâmico, que é uma ferramenta cujo objetivo é equilibrar a oferta e a demanda por viagens em tempo real. Quando a demanda é maior do que o número de motoristas parceiros ativos na região naquele momento, o preço dinâmico é ativado automaticamente e o valor da viagem pode se tornar mais caro do que o habitual (em condições de equilíbrio de mercado).
O preço dinâmico é sempre informado no aplicativo do usuário no momento em que a viagem é solicitada. Ele é aplicado para incentivar que mais motoristas parceiros se conectem ao aplicativo e, assim, seja possível que os usuários consigam realizar uma viagem sempre que tiverem necessidade. Quando o equilíbrio oferta-demanda é restabelecido, os preços voltam aos valores normalmente praticados. No site da Uber é possível encontrar mais detalhes sobre o funcionamento dessa tecnologia.
Nota da 99
A 99 informa que o preço final da corrida é definido por uma equação que considera a distância percorrida e o tempo de deslocamento, que é definido de acordo com a oferta e demanda de motoristas parceiros por região. Importante ressaltar que o valor final pode ser afetado por variantes como excesso de trânsito, chuva ou aumento de pedidos de carros por aplicativo.
A empresa ainda reforça o seu compromisso com a sociedade e com a mobilidade acessível. A plataforma é uma das soluções que colaboram com a mobilidade nas cidades e tem como compromisso garantir transporte acessível e de qualidade a seus usuários e motoristas parceiros.
* Colaboraram Bruno Bertonzin, Renan da Silva Dores e Jucyber