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Testes mostram como Google Assistente e Alexa são usados para roubar senhas

Por| 21 de Outubro de 2019 às 22h10

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Smart speakers como o Echo Dot da Amazon e a linha Home do Google estão se multiplicando nos lares de todo o mundo, graças à evolução dos assistente digitais Alexa e Google Assistente, que a cada ano ganham mais recursos e idiomas. Isso, contudo, traz um grande problema já enfrentado em outras plataformas: hackers podem usar apps que mimetizam os próprios ajudantes virtuais para obter informações, como senhas e dados sensíveis.

Isso é o que os pesquisadores da firma de segurança alemã Security Research Labs (SRLabs) descobriram ao fazer uma experiência com quatro habilidades da Alexa no Echo Dot e quatro ações do Google Assistente no Google Home. Todos os oito utilitários falsos passaram pelos processos de verificação de segurança, tanto da Amazon quanto do Google.

Testes mostram como Google Assistente e Alexa são usados para roubar senhas
(Imagem: Reprodução/Clickup)

Os “espiões” replicam a interface das companhias para conseguir as senhas ou seguir gravando o que você diz, sem que perceba. O primeiro teste envolve algum pedido comum, como “Ok Google, leia meu horóscopo”. Os apps de interceptação responderam uma falsa mensagem de erro e então permaneceram em silêncio, dando a impressão de terem encerrado a execução, quando na verdade estavam aguardando a próxima fase do ataque.

No exemplo abaixo, você pode ver que a voz é muito parecida com a do Google Assistente. Ao passar sua senha, a usuária está dando de bandeja o acesso à sua Conta Google — e, bem, tudo o que está em seu ecossistema, seja no Gmail, no Google Drive, Google Fotos e etc. Veja:

O experimento com a Alexa mostra outra possibilidade. Depois de exibir as informações de horóscopo, o app falso parece ter encerrado sua tarefa. Só que, na verdade, continuou gravando o que foi dito na sequência:

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Isso tudo pode ser encaminhado em tempo real para os servidores dos invasores, que, em posse de senhas e dados sensíveis, têm capacidade para fazer muito estrago por aí. "Mostramos agora que, não apenas os fabricantes, como também os hackers podem abusar desses assistentes de voz para invadir a privacidade de alguém”, comenta Fabian Bräunlein, consultor de segurança sênior da SRLabs.

Amazon e Google respondem

A SRLabs usou brechas nos próprios sistemas das empresas, como o fato deles permanecerem em silêncio, em certas circunstâncias, enquanto ainda estavam sendo executados. A firma alemã já removeu todos os apps falsos usados no experimento e comunicou os problemas de segurança para a Amazon e o Google, que fizeram atualizações para fechar essas brechas.

A Amazon respondeu o seguinte:

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A confiança do cliente é importante para nós, e realizamos análises de segurança como parte do processo de certificação de habilidades. Rapidamente bloqueamos a habilidade em questão e implementamos mitigações para prevenir e detectar esse tipo de comportamento e rejeitá-las ou eliminá-las quando identificadas. Isso inclui impedir que as habilidades solicitem aos clientes suas senhas da Amazon. Também é importante que os clientes saibam que fornecemos atualizações de segurança automáticas para nossos dispositivos e nunca pedimos que compartilhem suas credenciais.

E o Google disse:

Todas as ações no Google devem seguir nossas políticas de desenvolvedor e proibimos e removemos qualquer ação que viole essas políticas. Temos processos de revisão para detectar o tipo de comportamento descrito neste relatório e removemos as ações que descobrimos desses pesquisadores. Estamos implementando mecanismos adicionais para impedir que esses problemas ocorram no futuro.

Embora a resposta de ambas as gigantes tenha sido rápida e agora elas estejam mais cuidadosas com apps de terceiro trazendo habilidades, fica aí o alerta para um setor que vem crescendo e que pode trazer questões de segurança e privacidade tão importantes quantos as outras plataformas amplamente utilizadas.

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Fonte: Ars Technica