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Banco Central anuncia novas medidas para combater fraudes no Pix

Por| Editado por Wallace Moté | 03 de Maio de 2023 às 15h42

Divulgação/Banco Central
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O Banco Central anunciou nesta semana novas medidas para combater as fraudes com Pix. A ideia é trabalhar ao lado das instituições financeiras na coleta de informações sobre contas e transações suspeitas, de forma que elas possam tomar atitudes contra crimes realizados a partir de transferências usando a plataforma.

Uma das medidas a entrar em vigor no dia 5 de novembro é a notificação de infração. Por meio do dispositivo, bancos, meios de pagamento e outras empresas do setor poderão “marcar” chaves envolvidas em transações suspeitas ou fraudulentas, com campos de informação permitindo preencher o tipo de possível crime que está sendo cometido a partir daquela conta.

Entre as práticas que o Banco Central tenta coibir estão os golpes e a prática de estelionato, assim como a invasão de contas bancárias e crimes que envolvam coagir um cidadão a realizar transferências. Além disso, a notificação de infração também deve ajudar a combater chaves criadas por laranjas, a serviços do bandido, ou por meio da prática de falsidade ideológica, com documentos e informações falsas.

Junto, o BC também está melhorando a consulta de informações relacionadas ao Pix, reformulando o conjunto de dados quer ficam disponíveis às instituições financeiras. Elas terão acesso, por exemplo, à quantidade de infrações que já foram relatadas em uma determinada chave ou o tipo de suspeita que recai sobre uma determinada entrada, como os já citados crimes de falsidade ideológica ou do uso de laranjas para recebimento de transferências.

Banco Central vai ampliar troca de informações sobre chaves Pix com instituições financeiras, para facilitar prevenção e detecção de fraudes (Imagem: Divulgação/Banco Central)
Banco Central vai ampliar troca de informações sobre chaves Pix com instituições financeiras, para facilitar prevenção e detecção de fraudes (Imagem: Divulgação/Banco Central)

O órgão também está ampliando o período durante o qual tais dados ficam disponíveis, para cinco anos em comparação com o atual, que é de seis meses. “O resultado é uma maior eficácia no combate à fraude, com as instituições passando a ter melhores subsídios para aprimorar os próprios modelos de prevenção e detecção de fraude”, afirma Breno Lobo, consultor na gerência de gestão e operação do Pix.

De acordo com ele, o resultado final deve ser uma maior proteção dos clientes, uma vez que as empresas do setor poderão rejeitar transações fraudulentas diretamente ou bloquear alguns recursos de forma cautelar. “A segurança é um dos pilares fundamentais do Pix e é entendida como um processo contínuo, pois novas formas der fraude e golpes surgem com frequência”, completa a nota do BC sobre as mudanças.

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Bancos e financeiras também terão novas regras

As mudanças envolvem ainda outra medida, voltada às companhias do segmento. O Banco Central passará a exigir o preenchimento de uma autoavaliação para que as instituições possam aderir ao Pix, com assinatura do diretor responsável pelas políticas de segurança cibernética. O objetivo é ampliar a barra de proteção também nos sistemas de quem atua com as transferências.

Entre as questões avaliadas estão o zelo com dados pessoais, assinaturas e certificados digitais, além de elementos envolvidos na implementação segura de aplicativos, APIs, códigos QR e outros aspectos. Esta, assim como as outras normas, fazem parte das medidas construídas pelo Grupo Estratégico de Segurança (GE-SEG), que é coordenado pelo Banco Central e pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para avaliar o estado da proteção do Pix e implementar mudanças de acordo com novas modalidades de fraude.

Agora, os sistemas do BC passam por uma etapa de adequação, assim como os das instituições financeiras envolvidas. Daí o prazo de implementação das novas regras estar distante, com aplicação prevista somente para o fim deste ano.

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Fonte: Banco Central do Brasil