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1/3 das campanhas de phishing duram menos tempo do que as pessoas imaginam

Por| Editado por Claudio Yuge | 05 de Abril de 2022 às 18h20

Divulgação/Mohamed Hassan/Pixabay
Divulgação/Mohamed Hassan/Pixabay
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Campanhas de phishing altamente disseminadas por e-mail, com links fraudulentos e copiando a aparência das comunicações de grandes empresas, costumam ter vida curta. Mas, agora, um levantamento mostrou exatamente o tamanho destas operações, com um terço delas durando menos de um dia e, em alguns casos, desaparecendo até mesmo após suas primeiras horas de atividade.

O levantamento é da Kaspersky, empresa especializada em segurança de informação, que analisou 5,3 mil páginas desse tipo, espalhadas por e-mail e mensagens instantâneas. De acordo com o estudo, 1,7 mil deixaram de existir apenas nas primeiras 24 horas, com este nem de longe sendo o prazo mais curto registrado — um quarto das tentativas de golpe desapareceram dentro das primeiras 13 horas, enquanto mais de metade dos sites fraudulentos não estava mais no ar após três dias.

A conclusão é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que a vida útil curta mostra uma rapidez de sistemas de segurança na detecção de e-mails fraudulentos, há um foco na disseminação o mais veloz possível dos ataques, de forma a fazer o maior número possível de vítimas em um curto espaço de tempo.

1/3 das campanhas de phishing duram menos tempo do que as pessoas imaginam
Estudo da Kaspersky mostra vida útil de campanhjjas de phishing ao longo do tempo, com um terço delas não durando mais do que 24 horas; a maioria deixa de existir em três dias (Imagem: Divulgação/Kaspersky)

O levantamento também demonstrou uma preferência dos criminosos na criação de páginas novas, sem muitas tentativas de edição daquelas já existentes para burlar detecções e bloqueios. Foram identificados, também, usos de ferramentas que geram códigos aleatoriamente, de forma a confundir sistemas antiphishing em uma tentativa de ampliar a validade das campanhas.

“Já faz alguns anos que criminosos brasileiros hospedam sites em domínios estrangeiros, para dificultar a detecção e terem mais tempo de fazerem vítimas”, explica Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, ressaltando a rapidez de remoção dos sites e domínios nacionais. Por outro lado, ele também destaca o uso de filtros geográficos e por dispositivos como forma de tornar a disseminação de golpes mais assertiva, dentro da curta janela de ação que os bandidos possuem.

Como se proteger contra ataques de phishing

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Prestar atenção nos e-mails é a melhor forma de se defender desse tipo de campanha maliciosa. Como os criminosos não costumam possuir acesso aos domínios oficiais, eles usarão versões parecidas ou nada relacionadas a eles, com a identificação dessa prática sendo o primeiro sinal de que uma mensagem é fraudulenta. Fique atento, também, a erros de ortografia ou tradução.

O ideal é evitar clicar em links ou baixar arquivos anexos, a não ser que você tenha certeza absoluta de que a mensagem é legítima. Mesmo diante de páginas ou textos similares e com aparência de real, o ideal é buscar meios oficiais de acesso, por conta própria, enquanto mantém sistemas operacionais atualizados e soluções de segurança e proteção antifraude sempre ativas no computador e smartphone.