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Como funciona um para-raios?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Fevereiro de 2023 às 14h07

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Um raio é uma descarga elétrica entre o céu e o solo que libera uma alta quantidade de energia, podendo ser perigoso para pessoas, equipamentos eletrônicos e construções. O Brasil é o país com maior incidências de raios no planeta — em 2021, ocorreram mais de 225 milhões de raios por aqui, cerca de 60 milhões a mais que nos Estados Unidos, país que está em segundo lugar no ranking.

Felizmente, a humanidade já conhece há bastante tempo uma forma de proteção contra estas descargas atmosféricas: os para-raios. Invenção de Benjamin Franklin, o funcionamento deste instrumento foi detalhado em 1749, a partir do famoso experimento que o cientista fez com uma pipa.

Como funciona um para-raios

Para-raios consistem em hastes metálicas fixadas no ponto mais alto de edifícios, antenas, estátuas ou outras estruturas elevadas. Estas hastes criam um caminho preferencial para a ocorrência das descargas elétricas dos raios, atraindo estes para si e impedindo que eles causem danos aos arredores.

O fio condutor de um para-raio garante que a eletricidade chegue de forma segura ao solo, onde ela é dissipada (Imagem:  Walimai.photo/CC BY-NC-ND 2.0)
O fio condutor de um para-raio garante que a eletricidade chegue de forma segura ao solo, onde ela é dissipada (Imagem: Walimai.photo/CC BY-NC-ND 2.0)

Durante uma tempestade de raios, há um acúmulo de cargas elétricas negativas na parte inferior das nuvens. Abaixo dela, se acumulam as cargas opostas — positivas. Como os para-raios são instalados, por via de regra, nos pontos mais elevados de seus arredores, eles se tornam o caminho mais curto e de menor resistência para que a descarga elétrica ocorra.

Para assegurar que a eletricidade seja dissipada, estes equipamentos estão ligados ao soplo através de cabos condutores. As correntes elétricas são conduzidas de forma segura até o solo, evitando danos a pessoas e estruturas.

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Tipos de para-raios

Existem variados tipos de para-raios, mas no Brasil são utilizados dois deles: os para-raios de Franklin e os de Melsens — estes que, por serem baseados no princípio da Gaiola de Faraday, também são conhecidos pelo nome deste experimento.

Para-raios de Franklin

O para-raios de Franklin é composto por uma haste metálica na qual os captadores estão localizados. Um cabo conecta a haste ao solo, para dissipar a eletricidade por meio do aterramento. Ele deve ser isolado para que não entre em contato com outras partes da estrutura.

Para-raios de Franklin são o tipo mais comum deste instrumento
Para-raios de Franklin são o tipo mais comum deste instrumento (Imagem: Dozymetr/Wikimedia Commons)
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Para-raios de Melsens

Como a Gaiola de Faraday sugere, nesse tipo de sistema de proteção, o edifício é cercado por uma armação metálica, sendo que no seu topo há uma malha de fios com hastes para interceptar os raios. Da mesma forma que no para-raios de Franklin, no para-raios de Melsens a malha deve estar conectada ao solo para dissipar a energia.

Como na Gaiola de Faraday, o para-raios de Melsens protegem o edifício com uma estrutura metálica
Como na Gaiola de Faraday, o para-raios de Melsens protegem o edifício com uma estrutura metálica (Imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia Commons)