Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Cetic: 74% da população brasileira está conectada à internet, segundo estudo

Por| 28 de Agosto de 2019 às 13h00

Cetic: 74% da população brasileira está conectada à internet, segundo estudo
Cetic: 74% da população brasileira está conectada à internet, segundo estudo
Continua após a publicidade

Aproximadamente 126,9 milhões de pessoas se conectaram à internet no Brasil no ano de 2018. O dado advém da pesquisa TIC Domicílios, executada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic). De acordo com o levantamento, o destaque fica para o aumento de conexões permanentes dentro das zonas rurais, onde metade do público já conta com serviço de internet assinado (49%).

O número corresponde a um aumento generalizado de aquisição de serviços de rede por parte da população brasileira: em 2017, o percentual foi de 67%, elevando-se para 70% no ano passado. A pesquisa, realizada anualmente, ainda indica que a população urbana segue acima da média no setor: 74% das casas em zonas desenvolvidas contam com conexão à internet.

Outro destaque de interesse vem na ampliação das conexões válidas para as camadas D e E da sociedade: a classe mais pobre da população aumentou sua presença online, saltando de 42% (2017), para 48% (2018).

Pesquisa indica aumento de conexões à internet na opulação brasileira, com 74% das residências tendo algum tipo de acesso à rede
Pesquisa indica aumento de conexões à internet na opulação brasileira, com 74% das residências tendo algum tipo de acesso à rede

Para o professor do curso de Engenharia da Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, João Carlos Lopes Fernandes, isso se deve quase que exclusivamente à melhoria generalizada de ofertas de soluções físicas e de rede das operadoras de telefonia: “antigamente, era extremamente caro você adquirir um pacote de internet para a sua casa, sem falar na estrutura, que não chegava nesses lugares”, ele comenta, em conversa com o Canaltech, referindo-se às classes D e E e população rural. “Hoje, a estrutura de rede é mais expandida e, embora ela ainda não atinja toda a população, há um contingente maior de consumidores que consegue adquirir esses serviços”.

Outro fator que contribuiu para esse aumento, na opinião do professor, é o aumento na quantidade de ofertas de serviços móveis, sobretudo aqueles que, antes, exigiam uma presença física e horas da rotina do consumidor: “Era normal você precisar de um serviço cartorial ou do INSS, por exemplo, e perder horas e horas em uma fila, sendo que hoje, é possível fazer tudo online. Temos carteira nacional de habilitação online, podemos votar com um título eletrônico de eleitor, serviços bancários que priorizam a rede, fintechs… todas essas facilidades acabaram por incentivar a adoção maior de pacotes de dados”.

Ademais, as ofertas em acesso móvel (conexão 4G), bem como a disponibilização de aparelhos celulares a preços mais facilitados, também gerou impacto nos resultados da pesquisa: “Hoje, estimativas apontam que toda família tem, pelo menos, um smartphone. As operadoras expandiram as suas estruturas de rede, posicionaram mais antenas e passaram a oferecer planos mais cômodos ao bolso: existem pacotes de R$ 10 por semana, isenção de franquia de dados para alguns aplicativos, smartphones a preços reduzidos”. Segundo os números divulgados pela pesquisa, 97% dos acessos foram feitos por meio de conexão móvel, o que corrobora o especialista. Já o computador pessoal teve redução, com 43% dos acessos em 2018, frente a 51% em 2017.

Boa parte dos números da pesquisa da Cetic pode ser atribuída ao aumento de conexões móveis, cortesia do barateamento de serviços e pacotes de dados, bem como a oferta de soluções digitais para problemas outrora presenciais, como atividades bancárias
Boa parte dos números da pesquisa da Cetic pode ser atribuída ao aumento de conexões móveis, cortesia do barateamento de serviços e pacotes de dados, bem como a oferta de soluções digitais para problemas outrora presenciais, como atividades bancárias
Continua após a publicidade

O professor antecipa que, nas próximas edições do estudo, esses índices percentuais devem aumentar ainda mais. “Com toda a certeza, veremos nos próximos anos um aumento nestes números, puxados por tudo o que citamos agora. A crescente disponibilidade de serviços facilitados pela rede é o que deve direcionar o público à aquisição de pacotes de dados, sejam eles residenciais ou móveis”, ele finaliza.

A pesquisa ainda aponta que, no espectro da renda familiar, pessoas que ganham entre um e dois salários mínimos se conectaram por meio de ambas plataformas, com o celular em ampla vantagem (63%) frente ao computador pessoal (31%). Na outra ponta da avaliação, ou seja, famílias com renda superior a 10 salários mínimos, apenas 17% se conectaram exclusivamente pelo celular, com 80% do público misturando as entradas via smartphone e computador.