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Sistema usa corpo do piloto para controlar drones em vez de joysticks

Por| 17 de Julho de 2018 às 16h20

Captura/Youtube
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Desde que sensores de movimento se tornaram algo um pouco mais acessível, estudos surgiram para a implementação de outras formas de controle de aparelhos que não sejam baseadas em um joystick, como o de videogame. Um deles é o da cientista Jennifer Miehlbradt, que pesquisa tipo de controle de drones tal qual se o usuário fosse um pássaro. Isso é, o movimento do aparelho seria feito com o tronco do piloto.

A proposta na verdade era uma pesquisa sobre como as pessoas se comportam controlando um veículo somente com a movimentação de seus próprios corpos. Dessa forma, o estudo pretende entender quais são as posições mais intuitivas e naturais e tenta criar uma nova perspectiva a respeito de pilotagem.

“Nosso foco era criar um método de controle que fosse mais fácil de aprender e, por consequência, exigisse menos foco mental dos usuários de forma que eles possam focar em coisas mais importantes, como procurar algo ou socorrer alguém”, explica Miehlbradt, a principal autora do projeto e pesquisadora da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), em vídeo publicado.

Ela ainda diz que a utilização do nosso próprio corpo faz com que a gente tenha a sensação de estar efetivamente voando, o que pode ser mais facilmente compreensível e adaptável. Embora o joystick de drones tenha mecânicas já bastante avançadas na indústria, ainda não é tão fácil e intuitivo de manusear, exigindo bastante treinamento.

Para fazer este estudo, a pesquisadora monitorou a movimentação de 17 pessoas com 19 sensores espalhados pelo corpo, os quais reconheciam não somente como elas se mexiam, mas a atividade de cada músculo. O trabalho começou com os participantes seguindo os movimentos de um drone digital que eles visualizavam por headsets de realidade virtual.

Dessa forma, observando como os participantes acreditavam que aqueles movimentos deveriam ser representados, os pesquisadores criaram uma estratégia de controle usando só o tronco. Assim, o número de sensores foi diminuído para quatro.

Em uma nova etapa, então, outros 39 voluntários usaram joysticks para controlar e passar pelos mesmos obstáculos, funcionando como “grupo controle” do trabalho.

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O resultado foi que o controle com os sensores mais simples no corpo foi não somente mais intuitivo para usuários inexperientes, bem como foi mais preciso e confiável com poucas sessões de treino.

Com a análise dos dados a proposta é que o sistema passe a ser implementado para mobilidade de veículos mais complexos que exijam também controles manuais de outros atributos mecânicos.

“A análise dos dados permitiu que nós desenvolvêssemos uma proposta bastante simples e intuitiva que pudesse também ser usada com outras pessoas, máquinas e operações. Esta proposta significativamente melhora as teleoperações de robôs com atributos mecânicos não-humanos”, explica Silvestro Micera, líder do laboratório de neuroengenharia o qual colaborou com o projeto.

A proposta do grupo agora é fazer com que o sistema seja mais simples e que possa ser mais facilmente adaptável para quaisquer veículos mais conhecidos do mercado. A pesquisa completa está disponível no site da EPFL.

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Fonte: PNAS