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Monitor de áudio ou caixa de som: qual o melhor para uso profissional?

Por  • Editado por  Wallace Moté  | 

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Avel Chuklanov/Unsplash
Avel Chuklanov/Unsplash

Na hora de montar um estúdio de gravação ou uma ilha de edição, existe uma dúvida: usar um monitor de áudio ou caixas de som tradicionais? Embora sejam acessórios para a reprodução de áudio, cada um deles possui certas particularidades.

Ter um sistema de som para trabalho é consideravelmente diferente de uma configuração voltada para entretenimento. É nesse ponto que começam as diferenças entre os dois equipamentos e os usos no dia a dia.

Entenda as diferenças entre as caixas de som e os monitores de áudio, incluindo as possíveis aplicações em ambientes caseiros e profissionais. Além disso, conheça quais pontos devem ser considerados ao comprar esses acessórios.

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Caixa de Som

De maneira geral, as caixas de som são formadas por uma caixa acústica e ao menos um alto-falante. Esses acessórios têm o simples objetivo de propagar o som gerado a partir de um aparelho eletrônico, seja um computador, celular, televisão, mini system ou outro qualquer.

Visando atender a diferentes finalidades, parte dos equipamentos trazem equalizações e frequências pré-configuradas de fábrica. Assim, esses dispositivos conseguem reproduzir diferentes categorias de áudio com qualidade.

Devido a esses ajustes, as caixas de som não entregam sons fiéis aos registros originais. Por isso, esses equipamentos não costumam ser recomendados para profissionais que trabalham com edição de áudio e vídeo.

Monitores de Áudio

Comuns em espaços para gravações e edições, os monitores de áudio são usados para obter referência do material original. Esses equipamentos reproduzem os sons com o maior nível de fidelidade comparado à gravação original.

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Os aparelhos apresentam frequências equilibradas e sem equalização pré-definida. O resultado é uma reprodução “flat”, ou seja, fiel ao registro original e sem interferência das configurações de uma caixa de som comum.

Isso é essencial para que engenheiros de som possam mixar faixas de músicas seguindo a referência do material bruto gravado pelos músicos. Além disso, é possível realizar pequenas modificações e correções.

Editores de vídeo e de podcasts também se beneficiam dos monitores de áudio por conseguirem trabalhar com trilhas mais fiéis às gravações originais. Tal como, isso facilita a mixagem do conteúdo com as trilhas sonoras.

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Recomendações para uso caseiro

As caixas de som ainda são os acessórios mais indicados para o uso caseiro. Além dos valores acessíveis, é mais simples integrar um aparelho Home Theater a um sistema de som e criar uma experiência mais completa para entretenimento.

O mercado também oferece excelentes opções de soundbars e subwoofers. Em geral, os aparelhos trazem pré-configurações de áudio para determinadas ocasiões, como assistir filmes, jogar ou ouvir determinados gêneros musicais.

Entretanto, os audiófilos usam os monitores de áudio em conjunto com aparelhos de som especiais. Isso ocorre especialmente com colecionadores de discos de vinil que buscam ouvir as gravações com o maior nível de fidelidade.

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Dessa maneira, a sugestão é adquirir monitores que tenham amplificadores próprios. Atualmente, é possível encontrar opções de entrada com preços acessíveis para quem deseja fazer um “upgrade” no sistema de som doméstico.

Recomendações para uso profissional

Está claro que os monitores de áudio são essenciais para qualquer atividade relacionada a edição. Esses são itens obrigatórios em qualquer estúdio de gravação, desde os pequenos home studios até as grandes salas profissionais.

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Os equipamentos fornecem todos os recursos necessários para realizar o trabalho de edição audiovisual. Uma tarefa que realmente exige ter a referência do material original com o maior nível possível de fidelidade.

As caixas de sons comuns no geral não possuem o equilíbrio exato entre os tons agudos, médios e graves. Dessa maneira, a frequência atenuada – ou “colorida” – pode enganar a pessoa que está editando o material.

Segundo os profissionais, o segredo para a boa mixagem é ouvir as gravações originais com um nível de fidelidade elevado. Por consequência, isso contribui para a criação de conteúdos com qualidade de áudio elevada.

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Escolhendo o monitor de áudio

Seja para uso profissional ou pessoal, é importante saber quais aspectos são importantes na hora de adquirir um monitor de áudio. Por isso, separamos alguns elementos que devem ser considerados na hora de escolher o produto.

Tamanho

De modo geral, há opções de monitores de áudio com caixas entre 5 e 10 polegadas. Entretanto, esses tamanhos devem se adequar ao local usado para edições.

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Os modelos entre 5 e 7 polegadas são recomendados para espaços pequenos, como home studios. As caixas de som de 8 polegadas são sugeridas para salas de tamanho médio e, por lógica, os monitores de 10 polegadas são indicados para ambientes maiores.

Além disso, é importante saber que esses aparelhos de áudio trabalham com campo sonoro curto, médio ou longo. Isso se refere a distância que o equipamento deverá estar em relação ao usuário.

Aparelhos com campo sonoro curto têm uma distância adequada de um metro a 1,5 metro, enquanto o médio deverá ficar em um intervalo de 3 metros. Por fim, os monitores com campo sonoro longo atuam com a distância ideal de 4 metros.

Ativo ou Passivo

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Essa é uma especificação que confunde muitas pessoas ao adquirir um monitor de áudio. Especialmente, aquelas que não tem muita familiaridade com os equipamentos.

Os modelos Ativos funcionam de forma independente com um amplificador embutido. Dessa maneira, basta conectar o aparelho na tomada, conectar os pares e plugá-lo a uma saída ou uma mesa de som.

Os aparelhos Passivos necessitam de um amplificador para funcionar. Embora sejam mais baratos, esses modelos exigem o investimento em outros dispositivos para alimentá-los e amplificar o som.

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Potência

Assim como os aparelhos de som comuns, a potência dos monitores de áudio é medida em Watts. Embora seja uma especificação chamativa, é necessário ter cuidado.

Nem sempre os aparelhos de maior potência entregam qualidade sonora superior. Por exemplo, é possível que haja distorções quando o modelo atinge o volume máximo e atrapalhe o trabalho de edição.

A sugestão é conhecer pessoalmente o equipamento e testá-lo em lojas físicas. Caso isso não seja possível, ler reviews dos produtos ou conversar com donos desses aparelhos pode encerrar grande parte das dúvidas.

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Número de vias

A quantidade de vias se refere aos alto-falantes que fazem parte do monitor de áudio. Em geral, os equipamentos trazem as seguintes configurações:

  • 2 vias: um alto-falante para sons médios e graves e um tweeter para sons agudos;
  • 3 vias: um alto-falante dedicado para graves, um para médios e um tweeter para agudos;
  • 4 vias: um alto-falante dedicado para graves, dois dedicados para médios e um tweeter para agudos.

Apesar dos modelos com quatro vias serem chamativos, os aparelhos com apenas uma via dedicada a sons graves já bastam para ter um som de qualidade. Com isso, o profissional poderá trabalhar com frequências de tons bem definidas.

Conseguiu entender a diferença do monitor de áudio e da caixa de som? Compartilhe esse material com mais pessoas que gostam desse tema!

Fonte: Magroove, Fábio Mazzeu, Sabia Escolha, Edifier

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