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Incêndio em power bank no avião provoca pouso de emergência; saiba os riscos

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Reprodução/New York Post
Reprodução/New York Post

No último sábado (18), uma bateria de íons de lítio pegou fogo dentro de uma bagagem de mão no compartimento superior de um Airbus A321 da companhia Air China. Fontes locais dizem que o dispositivo era uma power bank, embora não tenha sido confirmada a marca ou modelo.

O voo CA 139 partiu de Hangzhou, na China, com destino a Seul, na Coreia do Sul. Segundo relatos, a bateria superaqueceu e pegou fogo aproximadamente 20 minutos após a decolagem. 

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A tripulação de cabine conteve o incêndio, mas foi necessário fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Xangai cerca de 40 minutos após a partida. Não houve feridos.

A aeronave envolvida é um Airbus A321-200, com 8,3 anos de uso. O avião precisou ficar no solo em Xangai por pelo menos seis horas após o pouso de emergência, enquanto os passageiros receberam um voo alternativo para seus destinos, e chegaram com cerca de 5 horas de atraso.

Os riscos de power banks no avião

Em geral, power banks de marcas confiáveis são consideradas seguras em aviões. No entanto, a adoção de modelos de baixa qualidade, ou o uso incorreto, podem provocar acidentes. 

As falhas consideradas mais frequentes incluem a sobrecarga, que leva ao superaquecimento, ruptura e contato do eletrólito (substância que permite a condução de corrente elétrica) com o ar. 

Dependendo do modelo, as baterias contêm até 20 componentes, incluindo líquidos voláteis. Nos casos mais extremos, ocorre o chamado "thermal runaway", um aumento incontrolável de temperatura. 

Regras para power bank no Brasil

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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proíbe o transporte de power banks na bagagem despachada, e permite levar apenas na bagagem de mão. Isso ocorre pois a cabine de passageiros permite resposta rápida em caso de fogo, exatamente o que ocorreu no caso da Air China.

São permitidas baterias de até 100 Wh para transporte livre, enquanto modelos entre 100 Wh e 160 Wh exigem autorização da companhia aérea. Modelos acima de 160 Wh são proibidos em voos comerciais. 

Passageiros ainda podem levar até duas baterias extras, que devem estar protegidas contra curto-circuito. Baterias danificadas são proibidas, e é recomendada a proibição do uso durante o voo. — mesmo assim, companhias aéreas podem impor regras mais restritivas caso considerem pertinente.

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