China proíbe power banks "sem 3C" em voos e aparelhos se empilham em aeroportos
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller | •

Uma nova restrição nos aeroportos da China está pegando muita gente de surpresa. Desde o fim de junho, passageiros que embarcam em voos domésticos ou internacionais no país estão proibidos de levar power banks sem o selo 3C (China Compulsory Certificate).
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A exigência, que já circulava nos bastidores desde o início do ano, virou regra oficial e começou a ser aplicada com rigor pelas companhias aéreas.
Essa norma já circula na internet e, no Threads, um usuário publicou uma foto que mostra dezenas de dispositivos abandonados em um aeroporto chinês por falta da certificação obrigatória.
Exigência é feita por medidas de segurança
A exigência do selo 3C não é nova para quem acompanha o mercado chinês de eletrônicos. A diferença agora é a fiscalização, que ficou mais rígida por conta de preocupações com a segurança dos voos.
Segundo a Administração de Aviação Civil da China (CAAC), só em 2024 já foram registrados diversos incidentes envolvendo superaquecimento e até incêndio de baterias portáteis a bordo.
A solução foi proibir qualquer modelo sem certificação, incluindo versões com selo falso ou que estejam em processo de recall.
Grandes marcas afetadas
A medida já começa a afetar grandes marcas. A Anker, uma das fabricantes mais conhecidas do setor, teve lotes recolhidos e certificações suspensas após problemas de segurança.
De acordo com a CAAC, a empresa e outras marcas seguem sob análise e podem ter mais produtos bloqueados caso não resolvam as pendências.
Para os passageiros, a orientação é clara: só embarca quem tiver power bank com selo 3C visível no corpo e capacidade de até 20.000 mAh (ou 100 Wh).
Modelos com o selo apagado, em outro idioma ou sem identificação estão sendo barrados ainda na triagem de segurança. A regra já vale para todos os voos que partem da China.
Anker amplia recall global de power banks
A Anker anunciou um novo recall global de cinco modelos de baterias portáteis por risco de superaquecimento, derretimento, fumaça ou até incêndio.
É a segunda ação do tipo feita pela empresa apenas em junho, e reforça a pressão que grandes marcas estão sofrendo diante da fiscalização mais rigorosa nos aeroportos chineses.
Apesar de afirmar que o risco de falha é “mínimo”, a Anker decidiu iniciar o recall por precaução.
O problema estaria ligado a um lote específico de baterias de íon-lítio fornecido por uma fabricante parceira, o mesmo tipo de falha identificado no modelo A1263 PowerCore 10000, recolhido no início do mês nos EUA.
Os modelos afetados neste novo recall são:
- Anker Power Bank (modelos A1257 e A1647);
- Anker MagGo Power Bank (modelo A1652);
- Anker Zolo Power Bank (modelos A1681 e A1689).
Nos Estados Unidos, a empresa oferece substituição gratuita ou crédito em gift card no site oficial, mediante número de série ou comprovante de compra.
Os modelos listados estavam disponíveis no mercado até recentemente, embora a Anker não tenha informado um intervalo exato de fabricação.
A orientação é que os power banks afetados sejam descartados com segurança em locais especializados no manejo de baterias de íon-lítio, e nunca no lixo comum, recicláveis ou caixas de coleta de pilhas em lojas.
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