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Carregadores paralelos levam o dobro do tempo para energizar aparelhos

Por| 14 de Novembro de 2018 às 10h30

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Carregadores paralelos levam o dobro do tempo para energizar aparelhos
Carregadores paralelos levam o dobro do tempo para energizar aparelhos

Um levantamento da PROTESTE concluiu que carregadores de smartphones e tablets paralelos, ou seja, marcas oficiais, mas que não as originais da fabricante do dispositivo, não são um bom negócio para o usuário. Devido à sua defasagem na entrega de energia, esses carregadores podem levar até o dobro do tempo para recarregar completamente um dispositivo, embora o preço cobrado ainda seja relativamente alto nas lojas.

Os testes realizados levaram em consideração os valores da corrente de saída (output) dos carregadores paralelos. Algumas marcas, como Geonav e Multilaser, ficaram em último e penúltimo lugares, respectivamente, ao trazerem correntes no valor de 0,74 e 0,65 ampéres, apesar de suas embalagens prometerem valores maiores (3,4 e 2,1 ampéres). No caso da Geonav, a diferença de preço (R$ 11,20 de economia em relação a um carregador original) não compensa as mais de três horas das quais o aparelho deverá passar plugado na tomada para atingir a recarga completa. A PROTESTE não informou qual modelo de smartphone utilizou em seus estudos.

A associação ainda observou que os produtos com mais de uma entrada USB, ou seja, que carregam dois ou mais celulares ao mesmo tempo, disponibilizam as correntes já divididas e direcionadas para cada uma delas. O correto, porém, seria que elas só se dividissem no caso de o consumidor carregar mais de um smartphone ao mesmo tempo. De qualquer forma, o mínimo esperado era que pelo menos 1A fosse direcionado para cada saída, o que, de acordo com o teste, não acontece.

O outro lado

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Em contato com a redação do Canaltech, a Geonav, uma das empresas citadas pela PROTESTE, disse discordar dos resultados apresentados pela entidade. Em nota, a empresa alegou que seus produtos são testados e homologados pela Anatel, "estando em acordo com a legislação brasileira e com os padrões de qualidade exigidos pela agência".

"Mesmo sem acesso à metodologia da Proteste, fica claro na conclusão que a comparação de dois parâmetros independentes e, por isso, não interligados, como a capacidade nominal de corrente do produto (que é de 3,4A) com a corrente demandada pela bateria do aparelho, induz a um erro de interpretação que não pode servir de base para indicação de que um produto é melhor ou pior que outro", contesta a empresa.

A Multilaser também entrou em contato com o Canaltech para assegurar que "todos os produtos são testados para assegurar que atendam às necessidades dos clientes com segurança e confiabilidade". A empresa ainda explica que " para cada dispositivo móvel, faz-se necessário um cabo e um carregador adequados às especificações técnicas de cada fabricante para, dessa forma, atingir o total funcionamento do aparelho".