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Microsoft pode modularizar recursos do Windows 10 para agilizar atualizações

Por| 23 de Dezembro de 2019 às 11h12

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Microsoft pode modularizar recursos do Windows 10 para agilizar atualizações
Microsoft pode modularizar recursos do Windows 10 para agilizar atualizações

Na medida em que ganha novas atualizações e pacotes de serviço, o Windows 10 se torna uma plataforma mais complexa e difícil de ser manipulada, o que acaba complicando a vida dos desenvolvedores no lançamento de updates. Tudo isso, porém, pode mudar em breve, pelo menos na visão de um insider e especialista nos produtos da marca. Ele acredita que a Microsoft está trabalhando em um processo de fragmentação que pode separar novos recursos do sistema operacional das atualizações de segurança, de forma a facilitar os dois processos.

A revelação é de WalkingCat, usuário de Twitter que costuma antecipar algumas novidades do Windows 10. Agora ele fala sobre o chamado “Pacote de Experiência com Funções do Windows”, um app que apareceu para download na loja oficial do sistema operacional e ainda não faz nada, mas pode servir para que recursos do sistema possam ser aplicados ou desinstalados de forma individual, sem que outras funções sejam afetadas ou bugadas por atualizações generalizadas.

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Seria, na visão do insider, uma forma de adicionar novidades sem que seja preciso mexer em todo o sistema operacional. O principal benefício dessa abordagem seria a redução da quantidade de bugs, já que o sistema operacional pode ser como um castelo de cartas — adicionar uma nova pode fazer com que outra fique meio torta e derrube toda a estrutura. É algo que tem acontecido recentemente com o Windows 10 e uma questão que a Microsoft já disse estar trabalhando para resolver.

O especialista, entretanto, vai além e afirma que também poderemos ver, no futuro, o lançamento de uma espécie de versão “light” do sistema operacional, voltada, por exemplo, para computadores mais modestos ou instalações rápidas. O Windows 10 poderia ser baixado apenas com seus recursos básicos, enquanto funções mais recentes ou adicionais de usabilidade poderiam ser baixadas separadamente de acordo com as necessidades e tempo de cada usuário.

São ideias que se encaixam com as últimas declarações da Microsoft sobre o assunto, com a empresa já tendo afirmado que o Fast Ring, grupo de usuários avançados que aceitam receber atualizações do Windows 10 antes de todo mundo para fins de testes e localização de bugs, passariam a fazer parte do ciclo de desenvolvimento ativo da plataforma. Isso significa que eles receberiam novos recursos não atrelados às atualizações gerais do sistema operacional, em mais um indício de que elas podem começar a chegar com mais frequência e à parte do panorama geral de updates da plataforma.

Ajuda a solidificar essa ideia o fato de que, nas versões ainda em experimentação, um pacote de experiências é citado nas especificações do Windows 10, mas com um número de build diferente do sistema operacional em si, sugerindo a separação. Por enquanto, entretanto, o Pacote de Experiência não pode ser baixado, com sua listagem na loja oficial sendo apenas uma marcação de algo que, aparentemente, está a caminho.

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Ao mesmo tempo em que pode facilitar a vida de desenvolvedores, que não mais precisarão lidar com o todo para adicionar uma parte, a ideia também pode trazer uma bela fragmentação para a plataforma, com usuários rodando versões intrinsecamente diferentes e variadas. É uma experiência que não é das melhores, como o Google pode atestar a partir de seu sistema operacional Android, mas, ao mesmo tempo, o método usado é diferente aqui, o que pode levar a resultados variados.

A Microsoft ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, nem mesmo para os usuários que fazem parte do Fast Ring. A aparição do pacote de experiências na loja oficial, entretanto, pode significar que essa mudança está próxima. Resta saber como tudo vai funcionar e quais mecânicas a empresa vai aplicar caso decida efetivamente mudar a forma como entrega updates a seus usuários.

Fonte: MS Power User, WalkingCat (Twitter)