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Fundação pede que Microsoft abra o código-fonte do Windows 7

Por| 29 de Janeiro de 2020 às 12h12

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O Windows 7 chegou ao fim de seu ciclo de vida neste início de ano e, agora, a Microsoft está diante de um pedido inusitado. A Fundação do Software Livre (FSF, na sigla em inglês) pede que a empresa libere o código-fonte do sistema operacional e o torne gratuito para que a própria comunidade possa continuar adicionando funções e liberando atualizações para a plataforma lançada originalmente em 2009.

O pedido da organização, fundada por um dos principais nomes do software livre mundial, Richard Stallman, acompanha uma série de críticas à atuação da companhia. Na visão da FSF, tornar o Windows 7 aberto e gratuito seria a oportunidade perfeita para que a Microsoft corrija “erros do passado” e permita que os entusiastas resolvam as questões relacionadas ao “envenenamento da educação, invasões de privacidade e ameaças à segurança dos usuários”.

Indo além, a fundação afirma que a abertura do Windows 7 seria uma maneira de a Microsoft mostrar que realmente respeita seus usuários, sem forçá-los a atualizar para uma nova versão do Windows, algo que é visto pelo grupo como uma falta de respeito à escolha deles. O pedido acompanha uma petição online, que tinha como meta alcançar 7.777 assinaturas e, no momento de publicação desta reportagem, já ultrapassava os 10,8 mil aceites. Além disso, a FSF propõe uma campanha nas redes sociais para chamar a atenção da Microsoft e de outros desenvolvedores de software que apoiem a iniciativa.

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A organização lembra que seu pedido não é assim tão absurdo, afinal de contas representantes da Microsoft já afirmaram mais de uma vez que amam o software livre. A empresa também chegou a abrir o código de alguns elementos e softwares embarcados no Windows, sob uma licença do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), o que indicaria uma aproximação real junto a iniciativas desse tipo.

A Microsoft, claro, não se pronunciou sobre o assunto. Atualmente, o Windows 7 se encontra em uma fase de suporte estendido e exclusivo para corporações que, por um prazo máximo de três anos, pagarão para receberem atualizações de segurança enquanto trabalham para atualizar o parque tecnológico e migrar para as versões atuais do sistema operacional. Diante disso, e também da postura usual da empresa, parece pouco provável que a plataforma seja liberada em algum momento, já que nem mesmo edições ainda mais antigas receberam tratamento desse tipo.

Mesmo com o fim do suporte oficial, entretanto, a Microsoft logo se viu obrigada a retornar ao Windows 7. A última atualização liberada para o sistema operacional acabou causando um problema nos papeis de parede dos usuários, com um update sendo trabalhado para resolver o bug, ainda sem data para chegar.

Fonte: FSF