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Falha no Windows expõe milhares de usuários a ferramentas de espionagem da NSA

Por| 24 de Abril de 2017 às 10h32

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Mesmo depois de quase três anos do escândalo envolvendo a grave violação de privacidade comandada pela Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês) dos Estados Unidos em todo o mundo, parece que as polêmicas envolvendo as suas técnicas de espionagem da espionagem não diminuíram. Tanto que, ao que tudo indica, o órgão decidiu utilizar um dos sistemas mais populares do mundo para continuar monitorando as ações das pessoas: o Windows.

O grupo Shadow Brokers revelou na semana passada que a NSA escondia ferramentas de espionagem em praticamente todas as versões do sistema da Microsoft, o que significa que praticamente tudo o que você fez em seu computador ao longo dos últimos anos estava sendo monitorado por agentes federais de um país estrangeiro. E não se trata de algo recente, já que, de acordo com o grupo responsável pela descoberta, a prática era algo que se estendia desde o início dos anos 2000 com o Windows XP.

Essas ferramentas funcionavam de diferentes formas, mas basicamente serviam para controlar e roubar informações das máquinas — o que, de acordo com a narrativa criada pela NSA, servia para garantir a segurança dos Estados Unidos, identificando possíveis ameaças. O problema é que essa mesma brecha poderia ser utilizada para uma série de outros fins, incluindo espionagem industrial ou mesmo para uso comercial, liberando esses dados para parceiros, que poderiam capitalizar em torno do que foi descoberto.

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Diante das denúncias, a Microsoft informou que já estava corrigindo as falhas para impedir que os usuários do Windows continuassem expostos dessa forma. No entanto, parece que a situação não mudou tanto assim, já que o próprio Shadow Brokers informa que ainda há um bom número de máquina infectadas pelos espiões do NSA. De acordo com o grupo, a brecha que permitia esse monitoramento ainda existe dentro do sistema e pode voltar a ser explorada a qualquer momento — ou que significa que, na prática, nada mudou em relação ao que tínhamos antes.

A versão da empresa é porque nem todo mundo instalou a atualização que cobria esse problema. De acordo com a Microsoft, a correção está disponível em um update liberado para o Windows Vista SP2 e superior e muitos usuários ainda não fizeram o download desse conteúdo, se mantendo à mercê de espiões. E as razões dessa não instalação vão desde a simples falta de interesse em se proteger até limitações da máquina, que impossibilitariam que o material fosse aplicado.

A projeção inicial é que 15 mil computadores ainda estejam infectados somente nos Estados Unidos, mas há quem seja um pouco mais pessimista e triplique esse número. Por isso, a recomendação é que, mesmo se você estiver em outro país, mantenha o seu Windows atualizado para evitar a execução do malware. Afinal, melhor se prevenir do que viver achando que tem um agente acompanhando tudo o que você faz na sua máquina.

Fonte: Pplware