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7 maneiras de criar um vídeo viral

Por| 18 de Setembro de 2015 às 09h41

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7 maneiras de criar um vídeo viral
7 maneiras de criar um vídeo viral

As redes sociais tornaram-se ferramentas poderosas e, consequentemente, fotos e vídeos são recursos cada vez mais valiosos. Muitos tentam criar conteúdo viral para atingir o maior número de pessoas possível, mas a criação de um viral é muito mais difícil do que a gente pensa.

Donos de canais no YouTube e empresas que desejam divulgar sua marca costumam produzir cuidadosamente seus vídeos com o intuito de que eles se espalhem loucamente pela internet, mas entender por que as pessoas escolhem compartilhar algumas coisas e não outras se tornou praticamente uma ciência.

Você pode analisar diversos dos vídeos mais compartilhados da web, tentando imaginar algum tipo de receita para o sucesso e então reproduzir alguns dos principais ingredientes, mas saiba que o resultado final será apenas mais um vídeo estereotipado. Mas, afinal, como fazer com que milhares de pessoas compartilhem seu conteúdo?

O que está por trás da motivação que leva uma pessoa a compartilhar qualquer conteúdo é um fenômeno psicológico que antecede a internet. Um estudo de meados dos anos 1960 explica melhor tudo isso.

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Um pouco de ciência

Em 1958, o Dr. Will Schutz lançou a obra "Uma teoria tridimensional do comportamento interpessoal", um estudo que nos permite perceber de forma simples e dinâmica o comportamento humano. Esta teoria identifica três necessidades fundamentais comuns a todos os seres humanos: controle, afeto e inclusão.

Na verdade, esses três poderosos motivadores têm impulsionado coisas muito mais graves e impactantes ao longo da história – muito mais do que nosso comportamento na internet. Antes de qualquer coisa, vamos entender melhor cada um deles:

  • Controle: As pessoas precisam se sentir no controle do seu ambiente social e elas querem controlar também o modo como os amigos e a família (e até mesmo estranhos) o enxergam. As redes sociais permitem que cada pessoa molde a forma como quer ser vista pelos outros, postando apenas aquilo que condiz com a imagem que deseja passar.
  • Afeto: Ter contanto com outro ser humano é uma necessidade humana inata e isso não é diferente na internet. O ato de compartilhar algo com alguém expressa muitas coisas para a pessoa do outro lado da tela. Isso transmite que você se preocupa com os interesses e necessidades do próximo e, ao fazer isso, o vínculo entre vocês fica cada vez mais forte.
  • Inclusão: Este pode ser considerado um dos motivadores mais poderosos, pois corresponde à necessidade de fazer parte de um grupo. Isso se resume, basicamente, a ativistas que têm fortes paixões em comum, como políticos ou religiosos que compartilham um mesmo sistema de crença, ou qualquer clube ou organização cuja adesão é exclusiva para determinados tipos de pessoas.
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Basicamente, a motivação para compartilhar qualquer coisa vem de uma resposta emocional ao conteúdo em questão, bem como da reação à aquisição de novos conhecimentos provenientes dele. Tudo se resume a uma mistura de personalidade, crença pessoal e um conjunto de respostas primitivas que nos torna humanos.

Para a empresa de rastreamento online Unruly, o segredo para criar virais de sucesso está relacionado à psicologia: basta tocar em um destes três motivadores citados acima com um conteúdo que “desencadeie uma resposta forte das áreas emocionais, cognitivas ou primitivas do cérebro”.

Mas como colocar essa teoria em prática? Na verdade, desencadear uma dessas respostas em alguém não é uma tarefa tão difícil. O verdadeiro truque consiste em estimular o ponto certo nas pessoas, fazendo com que elas sintam vontade ou necessidade de dedicar seu tempo para compartilhar o conteúdo com seus amigos. Veja sete maneiras de fazer isso.

1. Emoções positivas (Afeto)

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Vídeos de gatinhos e bebês são sempre um sucesso e geram sonoros "aaawwnn" em quem os assiste. É difícil encontrar alguém que não goste de ver gatos fofos fazendo qualquer coisa boba e divertida. Já as imagens de bebês sorridentes sempre arrancam sorrisos de quem está assistindo.

Vídeos positivos como estes são muito propensos a ser compartilhados, uma vez que levam alegria para as pessoas. Este tipo de vídeo também mostra o desejo de uma pessoa se conectar com a outra por meio de algo emocionante ou divertido.

Esta compilação de vídeos de bebês já reúne mais de 55 milhões de visualizações

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2. Choque ou medo (Controle)

Muitas pessoas querem que os outros os vejam como caçadores de aventuras. Ninguém quer parecer chato (principalmente na internet, porque na vida real às vezes é difícil enganar). Uma das táticas usadas para tentar moldar a imagem das pessoas nas redes sociais é o compartilhamento de vídeos surpreendentes, cheios de emoção e atos de coragem, como escaladas a topo de prédios, manobras de skate superdifíceis de reproduzir, entre outros.

Quando nos deparamos com vídeos chocantes, inspiradores e impressionantes, fica difícil não compartilhá-los com nossos amigos. Eles geram um certo tipo de fascínio proveniente do choque. Se você compartilhar esse tipo de conteúdo, provavelmente seus amigos também vão compartilhá-lo. Agora, se você criar esse tipo de conteúdo, pode ser que você fique famoso no YouTube.

Um bom exemplo é o vídeo abaixo, que mostra garotos escalando uma torre com 650 metros de altura na China. Ele atingiu mais de 45 milhões de visualizações desde que foi publicado no ano passado

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3. Desprezo e nojo

Apesar dos vídeos positivos serem mais propensos ao compartilhamento, existe uma categoria de vídeos negativos que também se sai bem neste quesito. Imagens que geram sentimentos como o desprezo costumam apelar para o "pensamento em grupo", porque geralmente pessoas com a mesma crença ou preconceito tendem a torná-lo viral dentro de seus grupos. Exemplos deste tipo de vídeo são policias espancando manifestantes desarmados, pessoas maltratando animais, atitudes racistas, entre outros.

O vídeo de um policial jogando spray de pimenta no rosto de manifestantes da Universidade da Califórnia (UC Davis) que não agiam com violência é um bom exemplo disso. O vídeo ultrapassou a marca de 2 milhões de visualizações e outras dezenas de imagens do acontecimento também receberam milhares de acessos no YouTube.

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4. Vontade de rir (Afeto e Inclusão)

Muitas pessoas tentam fazer vídeos engraçados, mas a grande maioria falha na missão – principalmente quando falamos de anunciantes. Porém, quando uma gravação é realmente engraçada, ela consegue atingir números de visualizações e compartilhamento altíssimos.

Os vídeos do tipo "fail" são alguns dos mais compartilhados da web, pois envolvem choque e humor. A dancinha da Giovana e a queda do "forninho", por exemplo, se tornaram febre na web. Tanto que o vídeo ganhou diversos remixes, versão mangá e até mesmo uma versão no universo Minecraft.

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Eita, Giovana!

Outro exemplo são os vídeos pós-anestesia de dentista, que geralmente arrancam muitas gargalhadas de quem assiste. O vídeo "David After Dentist" é um bom exemplo disso. Ele mostra um garotinho grogue no carro do seu pai depois de voltar de uma consulta no dentista em que precisou de anestesia. Seis anos após a postagem do filme, ele já possui mais de 130 milhões de visualizações e o pai do garoto diz que a brincadeira rendeu mais de US$ 150 mil para a família.

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5. Orgulho e nostalgia (Inclusão)

As pessoas gostam de se sentir parte de um grupo. Às vezes, o ato de compartilhar lembranças nostálgicas com outras pessoas na internet já é o suficiente para satisfazer essa necessidade, uma vez que isso estreita o contato com pessoas da mesma faixa etária. É por este motivo que vídeos com jogos e brinquedos antigos, ou até mesmo imagens de velhas personalidades da TV, fazem sucesso na web.

Posts de pessoas mais velhas falando sobre como "a vida costumava ser" são vistos a todo momento nas redes sociais e até mesmo quem foi criança nos anos 1980 e 1990 já está relembrando sua infância. Vídeos que despertam sentimentos de grupos – seja relacionado a idade, crença, raça, partido político ou qualquer outra coisa – têm grandes chances de se tornarem virais.

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Vídeo que mostra referências dos anos 1980 e 1990 já tem mais de 4 milhões de acessos

6. Inspiração (Controle e Afeto)

Assim como os livros, os vídeos motivacionais também têm um forte apelo emocional que geralmente se mostra extremamente eficaz e poderoso. A combinação entre música, citações e imagens muitas vezes podem tocar profundamente quem o assiste. Um grande grupo de pessoas sempre se sente tentado a compartilhar esse tipo de vídeo com seus amigos, familiares ou qualquer outra pessoa que possa ser inspirada por ele.

O fator afeto faz com que as pessoas tenham vontade de compartilhar essas mensagens e pensem que isso pode ajudar alguém que esteja enfrentando uma situação difícil, por exemplo. E quando os amigos são inspirados por outros amigos, logo eles se sentem motivados a compartilhar o conteúdo com seu próprio círculo de contatos para não quebrar a corrente.

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7. Medo (Controle e Inclusão)

Assim como o desprezo, o fator medo também pode ser eficaz para criar virais tanto quanto os apelos positivos. Isso inclui temas como riscos à saúde, lendas urbanas, acidentes, entre outros. O medo pode ser usado a favor ou contra o interlocutor, mas o uso de fatos reais que geralmente indicam alguma desgraça iminente é uma das abordagens mais comuns.

Se você optar por compartilhar uma informação deste tipo porque realmente acredita nela e sente que ela pode ser útil para as outras pessoas, então isso pode ser interpretado como uma forma de ajuda ou alerta. No entanto, se você estiver usando o fator medo apenas para tornar um vídeo viral, tenha certeza que isso pode ser considerado antiético pela maioria das pessoas.

Quem não se lembra do "Charlie Charlie Challenge"? Como toda lenda urbana, a brincadeira virou um fenômeno e se espalhou pela web, atingindo milhões de visualizações. Entre desmaios em escolas brasileiras e muito medo entre os adolescentes, no final das contas descobrimos que o vídeo foi criado apenas para divulgar um novo filme de terror.

Em suma, conteúdo emocional é aquele que realmente se conecta com o espectador. É preciso fazer com que as pessoas sintam algo forte o suficiente para parar o que estão fazendo e compartilhar esse conteúdo com seus amigos e familiares.

Fonte: IncMake Use Of