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DJI Ryze Tello, o drone de US$ 100 para brincar dentro de casa

Por Adriano Ponte Abreu | 05 de Abril de 2018 às 12h34

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DJI Ryze Tello, o drone de  US$ 100 para brincar dentro de casa

Existem inúmeros brinquedos que tentam trazer a baixo custo a experiência de um mini drone para voar um pouquinho pela sua casa sem compromisso. Este aqui é o Ryze Tello, drone da Ryze Roboctics com participação da DJI e Intel. É um brinquedo? É um mini drone?

TELLO

Um pequeno drone com pouco menos de 90 g quando montado, com câmera frontal e sensores na sua barriga. Isso define o Tello, um drone que por pouco não cabe na palma da mão.

Ele é controlado pelo seu smartphone com o app do Tello instalado, conectando seu celular na rede Wi-Fi criada pelo Tello. O alcance máximo depende de interferências e afins, além do desempenho sem fio de seu smartphone.

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Seu objetivo é simples: voar dentro de casa. Pode parecer estranho mas pare para pensar: um pequeno e leve objeto desse suporta correntes de ar mais fortes? Não, e é recomendação oficial da fabricante que você não invente muito além da sua sala de estar ou talvez o quintal da casa.

Ele custa US$ 99,99 no kit padrão com uma bateria, hélices extras e os protetores para impacto. Esse preço bem é bem mais baixo que qualquer outro drone compacto das grandes marcas, e isso significa uma série de limitações.

Não há GPS no modelo nem sensores de colisão ao seu redor ou no topo, logo, todo cuidado de voo depende do piloto para não derrubar objetos. Tudo isso potencializa o que já dissemos: levar o Tello para ambientes externos é um bom jeito de perder o drone para ventos mais fortes ou obstáculos, e, sem GPS, o pequeno quadricóptero não voltará automaticamente para o local de decolagem.

USANDO NO AR

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Dentro do uso esperado, o que se pode fazer então? Fácil: divertir-se. Como ele não corre muito, é relativamente fácil controlar o Tello (e mesmo no modo mais rápido de voo ele só alcança pouco mais de 25 km/h como velocidade máxima).

Parte dessa experiência é utilizar alguns modos de voo pré-programados para que o pequeno modelo mude seu modo de ação, automatizando algumas ações ou abrindo possibilidades além do esperado “drones voam, uhu”.

Ao tocar no símbolo de quadricóptero no controle virtual, temos várias opções de “modos de voo”, onde é provável que o mais inútil deles seja o modo pula-pula, que faz o drone imitar uma mola continuamente; nas outras opções temos coisas bem mais legais, como o modo pirueta (onde basta passar o dedo no meio da tela para que o drone faça um “mortal carpado” no meio do ar, imediatamente assumindo o voo normal como se nada tivesse acontecido).

Para nós, essas duas opções por si só deixam evidente o foco de diversão do pequeno brinquedo; os outros modos de voo auxiliam a captura de vídeo e foto do drone com sua câmera frontal fixa. Por ser literalmente fixa, é necessário voar na altura do assunto para realizar uma foto. As imagens são feitas em 5MP e os vídeos em 720p.

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A qualidade dos vídeos é terrível; já a das fotos é algo entre sofrível e "ok", dependendo da quantidade de luz no ambiente. No caso dos vídeos, a fórmula sempre termina em desastre pelo modo como são feitos: o drone transmite as imagens em baixa resolução e o smartphone grava exatamente o que recebe, registrando inclusive a interferência/cortes/pausas no feed de vídeo. Acertou quem imaginou que não há cartão microSD no drone: ele manda tudo para o celular e é só isso.

FAZ O QUE PROMETE

Pousar é fácil, decolar também. Pelos modos de voo, você pode iniciar a decolagem pela sua mão e também pousá-lo nela, sendo o kit de sensores na barriga do drone o sistema capaz de fazê-lo bem. Apesar de ser vulnerável a qualquer vento e até mesmo ser soprado pelo ar condicionado/ventilador da casa, o Tello tenta se manter no lugar, e consegue isso boa parte das vezes.

Ele usa um processador Intel Vision para manter seu posicionamento, e podemos notar que ele compensa boa parte das interferências do ambiente para se manter sobrevoando na mesma posição que lê abaixo de si, uma espécie de percepção de ambiente em pequena escala. Adicionalmente, o usuário pode aproveitar esse kit para programação educacional do drone e seu voo.

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Caso tenha se perguntado, ele consegue voar pouco mais de 10 minutos com sua bateria de 1.100 mAh, e recarrega através de uma porta microUSB na sua lateral, ficando quase uma hora conectado na tomada para isso. Baterias adicionais são uma ótima ideia, e custam USD $19 lá fora.

Sendo sinceros, para uma bateria tão pequena é fantástico que o drone voe mais de dez minutos (com direito ao feed de vídeo da câmera frontal), e contribui para o “faz o que promete” que falamos dele.

É UM DRONE OU NÃO?

Sem dúvida, é um drone, não um brinquedo. Ele demanda certa responsabilidade para ser usado.

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Apesar de pequeno e fofo, o drone se comporta bem em capacidade de voo para um objeto sem sensores de colisão ou GPS, mas não oferece o que muitos usuários esperam de fotografia e vídeo aéreo. Capturar imagens com o Tello é algo desafiador se comparado com qualquer drone com controle de eixo de imagem, e você deve se lembrar disso ao olhar para o Tello. Quem pretende comprá-lo para fazer imagens, provavelmente se arrependerá amargamente.

Agora, aos interessados em voar com um drone descompromissadamente pagando até 100 dólares no Tello…. Temos um vencedor unânime. Dentre os drones baratinhos, esse é o mais "profissional" (com muitas, muitas aspas mesmo nesse "profissional").