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5 invenções da nanotecnologia

Por Ares Saturno | 24 de Janeiro de 2018 às 11h57

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5 invenções da nanotecnologia

Há muitos anos ouvimos falar de nanotecnologia como uma ciência do futuro, resultado de pesquisas científicas complexas e nada baratas. Entretanto, o nosso cotidiano está cheio de produtos que contém nanocomponentes em suas formulações e nem sequer sabemos disso. Veja agora cinco exemplos de produtos nanotecnológicos que são comumente utilizados no nosso dia-a-dia:

1. O nanofármaco Abraxane

Abraxane é um nano fármaco atualmente utilizado para tratar de alguns tipos de câncer, como o câncer de mama, de pulmões e os adenocarcinomas de pâncreas metastáticos. Ele é uma versão de uma outra droga anteriormente utilizada, a Doxorrubicina. A diferença entre as duas drogas está cápsula de nano moléculas de lipídio do Abraxane que, ao ser ingerida, se liga às albuminas das células do corpo. O intuito do uso da nanotecnologia aqui é reduzir os efeitos colaterais do tratamento de câncer ao concentrar a ação do fármaco apenas nos tecidos acometidos.

No Brasil, a RCC Pharma Brasil realiza a importação do medicamento, sob demanda, dentro das disposições da ANVISA, RDC nº 81/2008.

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2. Spray Impermeabilizante

Podendo ser facilmente aplicado sobre inúmeras superfícies como roupas, calçados, paredes, ferramentas e até mesmo sobre a pele humana, os sprays impermeabilizantes são uma solução que pode ser facilmente comprada no Brasil.

O produto aplica uma camada de vidro líquido hidrofóbico cerca de 500 vezes mais fina que um fio de cabelo sobre a superfície a ser impermeabilizada, impedindo que a água e a sujeira entre em contato direto com o objeto. Um dos usos mais comuns para o produto é a aplicação nos vidros de carros, deixando-os mais limpos mesmo sob fortes chuvas e permitindo melhor visibilidade para o motorista.

3. Escovas de dentes antimicrobianas

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A informação é nojenta, mas é real: a maior parte das escovas de dentes armazenadas nos banheiros contém coliformes fecais, o que pode ocasionar inflamações e doenças bucais como a gengivite. Para terminar com esse problema de uma vez por todas, a fabricante de escovas de dentes Condor entrou em parceira com a TNSolution e criou a primeira escova dental do mercado brasileiro tratada com um nanocomposto antimicrobiano, conhecido como Bac Block.

Contendo minúsculos íons de prata na composição das cerdas, cabeça e também do cabo, a escova a prova de bactérias é facilmente encontrada no mercado.  

4. Termoplástico biodegradável

A Embrapa reuniu 30 pesquisadores de diferentes instituições para um objetivo digno de alquimistas: transformar um elemento que não tem valor nenhum em um produto de alto valor agregado, através da nanotecnologia. E foi assim que o caroço de manga se tornou um polímero natural, chamado de PHBV. Através da adição do pó do caroço da manga em pequenas partículas a um biocomposto gerado a partir de bactérias, é possível produzir um plástico biodegradável de baixíssimo custo. Há também o PLA, bioplástico gerado pela ação de fungos que atuam na fermentação do ácido lático, que também recebe nanopartículas de restos de alimentos, como o milho.

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O PHBV e o PLA da Embrapa, que levam o caroço de manga em suas composições, ainda não estão disponíveis para comercialização. Mas há empresas estrangeiras que fabricam PHBV e PLA com amidos, nanoestruturas retiradas do milho, ou até mesmo da massa de tapioca, que vêm sendo utilizadas para substituir as embalagens plásticas na indústria alimentícia e médica, diminuindo assim os resíduos plásticos que poluem o planeta.

5. Nanorobôs solucionam gastrite

Quem tem gastrite sabe o quanto a doença pode ser difícil de tratar, devido aos antibióticos comumente utilizados não terem eficácia em ambientes com pH muito baixo, como é o caso do estômago.

Para resolver esse problema, um grupo de pesquisadores desenvolveu nano robôs que podem ser engolidos e, uma vez no estômago, neutralizam o ácido gástrico e só então liberam as doses de antibióticos necessárias para tratar a infecção.

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Os nanomotores são compostos por quatro diferentes camadas. A mais interna é feita em magnésio, seguida por uma fina camada de dióxido de titânio que é coberta pelo antibiótico Claritromicina, que por sua vez fica protegido pela camada mais externa, composta por Quitosana, polímero que permite a aderência dos nanorrobôs na parede estomacal. O efeito de diminuição do pH dura por 24 horas e dá alívio imediato à queimação, enquanto trata a causa da infecção, a bactéria Helicobacter pylori.