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5 ciborgues da vida real [Top Tech]

Por Ares Saturno | 28 de Março de 2018 às 12h41

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5 ciborgues da vida real [Top Tech]

Não é de hoje que a humanidade se esforça para integrar as tecnologias mais inovadoras para melhorar a qualidade de vida de pessoas que passaram por acidentes ou que nasceram com síndromes que as impedem de perceber o mundo a sua volta. Esses cinco ciborgues da vida real transformaram tragédias e doenças em oportunidades de aprimorar seus sentidos e habilidades, mostrando que mesmo as situações mais tensas podem trazer algo de bom.

1. O Snake da vida real

James Young teve seu braço esquerdo e parte da perna amputados após um acidente de trem, ocorrido em 2012. Apaixonado por videogames, ele desenvolveu estratégias para continuar jogando utilizando apenas o braço direito e a boca para operar os controles.

A vida de James Young mudou drasticamente mais uma vez após encontrar um anúncio da Konami que procurava especificamente por gamers com membros amputados para receber uma prótese inspirada no braço mecânico utilizado pelo personagem Snake, do jogo Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. Young não pensou duas vezes e se inscreveu, sendo selecionado entre mais de 60 voluntários.

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A prótese foi desenvolvida por Sophie De Oliveira, que diz que o valor do presente seria algo em torno dos US$ 70 mil a US$ 100 mil dólares, o que hoje sairia por meados de R$ 225 mil a 322 mil reais.

2. O Rei da Sucata

Criativo e apaixonado por construir brinquedos mecânicos desde criança, Ari Ribeiro fazia sua mãe perder a cabeça pegando as tampas de panela para montar robôs, carros e barquinhos. Surdo desde o nascimento, nunca desenvolveu a fala, mas tinha talento para lidar com eletrônica como ninguém.

Ao reparar uma antena no telhado da loja de consertos de aparelhos eletrônicos em que trabalhava, no Ceará, Ari acidentalmente encostou nos fios de alta tensão que estavam próximos e, eletrocutado, teve que amputar parte do braço direito.

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Ari até chegou a procurar por próteses junto ao SUS, mas ficou insatisfeito com a solução apresentada, que não tinha a habilidade de movimento das mãos. Foi então que o gênio cearense decidiu construir, ele mesmo, uma prótese que se adequasse melhor à sua mente brilhante.

A prótese de Ari é construída inteiramente com sucata. O antebraço foi construído com panelas de alumínio velhas. Os dedos são feitos com canos e revestidos em borracha, para que os objetos não escorreguem da mão biônica quando forem segurados. Os tendões biônicos que articulam a prótese são pedaços do mecanismo de freio encontrado em bicicletas. O custo total da prótese de Ari é de cerca de R$ 400 reais. Com punhos flexíveis, Ari pode utilizar o braço mecânico para dirigir motos e carros, jogar Xbox e trabalhar com pequenas ferramentas em suas invenções geniais.

3. O olho que tudo vê (e grava)

Rob Spence tinha apenas nove anos de idade quando perdeu o globo ocular direito brincando com a espingarda de seu avô.  Quando tinha 43 anos, decidiu trocar o olho de vidro por uma câmera, sendo conhecido como Eyeborg após a mudança.

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Com o poder de captar em imagem tudo aquilo que ele enxerga, Spence se tornou um cineasta e faz parte do programa Dark Net, produzido pela Showtime.

Devido ao superaquecimento, a câmera ocular de Spence só pode gravar cenas com três minutos de duração, no máximo. Mas a qualidade das imagens é ótima.

4. O tatuador biônico

J C Sheitan Tenet é um tatuador francês que perdeu seu braço direito quando tinha apenas 10 anos de idade. Destro, ele quis se tornar um tatuador, mas seu braço esquerdo não tinha habilidade suficiente.

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Frustrado, pensou em desitir de tatuar, quando seu amigo, o artista biomecânico Jean-Louis Gonzal, o presenteou com uma prótese de antebraço modificada para receber uma máquina de tatuagem no lugar da mão.

A prótese deu a Sheitan habilidade e firmeza no traço suficientes para que ele pudesse desenvolver uma identidade artística própria. Otimista, ele costuma dizer que não perdeu um braço, mas sim ganhou um.

5. O baterista ciborgue

Jason Barnes é um baterista que vive em Georgia, nos EUA. Em 2012, ele teve um acidente com eletrocussão em seu local de trabalho, o que resultou na amputação de parte de seu braço direito.

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Apaixonado por música desde a infância, ele enfrentou três meses de depressão após o acidente, pensando que não poderia mais tocar bateria. Foi então que ele descobriu que não estava disposto a desistir tão fácil.

Ele começou amarrando as baquetas no que restou do braço direito. Apesar das dores terríveis, voltou a praticar bateria.

Em 2013, Barnes foi aceito como membro do Atlanta Institute of Music. Já em 2014, ele recebeu uma prótese adaptada para a prática de bateria feita pelo professor Gil Weinberg, do Instituto de Tecnologia da Universidade de Georgia.

Hoje, Barnes fica feliz em saber que ele é um exemplo para pessoas que sofreram amputações e se recusam a parar frente as limitações que o corpo orgânico impõe.