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Visão Noturna: como o Pixel 3 tira fotos claras no escuro

Por Wellington Arruda | 07 de Dezembro de 2018 às 16h45

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Visão Noturna: como o Pixel 3 tira fotos claras no escuro

Quem curte fazer fotos com o celular com certeza já deve ter passado por alguma situação onde as imagens não ficaram tão boas por causa da iluminação. Há anos nós vemos, também, fabricantes de celulares reafirmando suas melhorias para fotos em locais com baixa luz, ou de noite, e a Google resolveu dar um grande passo em relação a isso.

O modo Visão Noturna, ou Night Sight, é exatamente a proposta da empresa para isto. Segundo a própria Google, este modo “pode ajudá-lo a tirar fotos coloridas, detalhadas e de baixo ruído em super pouca luz”. Isso pode até ser verdade, mas como eu já disse no review do Pixel 3, seus resultados serão artificiais. E a gente explica como.

É que ficou muito fácil tirar fotos com smartphones. É só apontar, clicar, esperar um pouco e ter uma boa foto, especialmente nos celulares mais caros. No caso do Pixel 3, que custa a partir de US$ 799, a Inteligência Artificial deixa suas preocupações com o Photoshop, com o flash ou com os ajustes manuais bem longe.

Ele sabe o que está no cenário, quais cores precisam de mais saturação e como vai reduzir o ruído e suavizar a sua pele. Todos esses algoritmos são maravilhosos, mas é mais ou menos como se um Picasso estivesse no seu celular fazendo todas as correções e mudanças na hora dos cliques.

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Vejam: o Pixel 3 tem apenas uma câmera, e colocar um sensor grande num smartphone é algo complicado. Portanto, quem faz o trabalho duro, mesmo, é o software.

Ele elimina a necessidade de um tripé para fazer essa “mágica”, e de fato enxerga muito melhor que os nossos olhos no escuro. E é mais ou menos assim que as fotos são capturadas nesse modo:

  • Ele usa o giroscópio do celular para mensurar a tremedeira natural das nossas mãos, mas vai capturando os detalhes;
  • Depois, ele calcula quanto tempo será necessário para fazer todas as fotos, que podem chegar a até 15 imagens em um tempo máximo de 6 segundos de exposição. Então, sim, há um “atraso” no obturador;
  • O Visão Noturna, então, divide a imagem original criada em várias partes, para escolher as melhores e alinhar todo o conjunto;
  • E como as imagens ganham tantas cores, detalhes e menos borrões? A Inteligência Artificial da empresa identifica o que há no cenário e faz mudanças nas cores e luzes.
    Isso tudo, claro, acontece num período curto de tempo, por isso o hardware do celular precisa acompanhar os avanços do software. Com o Pixel 3 “criando iluminação” e “colorindo tudo”, chegamos num período onde as fotografias digitais tem uma mão forte que não é 100% do usuário para controlar tudo.

O grande problema é quando essas fotos noturnas “brincam” com a realidade. Numa das fotos do vídeo, que foi tirada às 20h no centro de São Paulo, o Pixel usou tempo de exposição 1/10; noutra, o tempo foi de 1/4.

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Neste caso, o próprio smartphone determina, pela quantidade de luz disponível, por quanto tempo o obturador precisa ficar aberto, ou exposto. É necessário ao menos um pouquinho de luz para fazer tudo funcionar, já que “visão noturna” mesmo, MESMO, ele não tem.

Então, basicamente, o Visão Noturna é o HDR+ com um burst. E eu sinceramente recomendo usar o HDR+ para resultados melhores até mesmo durante a noite. Ou, no caso, menos artificiais.

Vamos para este exemplo, então: aqui vai uma foto interna com as luzes apagadas, entrando luz apenas das janelas e de um monitor ligado. Trash total, mas relata na imagem um cenário escuro, tal como estava. No modo Visão Noturna, literalmente tudo pode ser visto, inclusive no lado de fora da janela, como se as luzes estivessem acesas.

Sendo assim, a Google trouxe uma solução muito funcional, mesmo, e que já tem feito outras fabricantes correr atrás dessa mesma proposta.

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O modo Visão Noturna simplifica um monte de processos, mas você prefere uma imagem mais realista mostrando um cenário noturno, mesmo, ou algo mais artificial?