Publicidade

CT Responde | Smartphones mais simples podem ter inteligência artificial?

Por André Fogaça | 22 de Maio de 2018 às 10h43

Link copiado!

CT Responde | Smartphones mais simples podem ter inteligência artificial?

Se há um ponto bastante popular em smartphones de 2018 é a inserção de inteligência artificial para todos os lados. Seja pela Qualcomm reservando uma área dos novos chips para isso, ou por fabricantes de celulares que chamam ajustes automáticos de inteligência artificial. Ok, mas e os modelos mais simples, principalmente aqueles que já foram lançados?

Já existe e faz tempo

Boa notícia! A inteligência artificial já existe em um número grande de celulares e isso está no mercado faz tempo. Para começar, a inteligência artificial não depende de hardware, ela é feita via software. Alguns programas fazem a inteligência localmente e outros fazem de forma remota. Enviando os dados para a nuvem, analisando por lá (algo que exige muito do processamento, por isso é feito “em outro computador longe do seu”) e volta como resultado prático.


Alguns exemplos de inteligência artificial podem ser listados nestes apps:

Continua após a publicidade

Netflix

A parte de sugestão de filmes utiliza inteligência artificial, que busca quais são os conteúdos que você assiste no software. Depois mescla com informações de amigos que você tem no Facebook (desde que você permita isso) e faz sugestões baseadas nisso.

Spotify, Deezer, Google Play Música e Apple Music

Todos os principais serviços de streaming de música utilizam alguma parte de inteligência artificial para sugerir novos artistas. Alguns serviços são mais assertivos do que outros, errando menos na hora de jogar uma playlist nova baseada exclusivamente em seus gostos - mesmo sem nenhum like em qualquer música que você escutou, o serviço sabe o que você gosta.

Continua após a publicidade

Google Assistente

Antes conhecido como Google Now, o Assistente tem acesso a tudo que você faz no smartphone, computador e todo lugar que tem sua conta Google ligada. Ele age de forma proativa e dá pra explicar de forma bem simples: o Google sabe que você recebeu uma confirmação de reserva de hotel, com isso ele adiciona a reserva automaticamente em sua agenda de compromissos e configura alertas para te lembrar quando estiver chegando a data da viagem. O mesmo vale para ingresso de cinema, de teatro ou mesmo o vencimento de uma fatura que chegou no seu e-mail. Você será lembrado dela, mesmo sem nunca ter solicitado isso. Seus interesses, baseados em uma série de fatores como locais que visita (O Google sabe onde você anda), apps que usa, sites que utiliza e tantas outras fontes, são levados em conta na hora de sugerir notícias na tela do Assistente. Entendeu? O Assistente vai muito além de responder qual é o resultado do último jogo do Timão.

Google Maps e Waze

Os dois serviços de mapas do Google são bem diferentes, mas ambos utilizam inteligência artificial para sugerir novas rotas mais rápidas, ou então dar mais visibilidade para uma sorveteria que você ainda não foi, mas que o Maps sabe que você vem visitando algumas sorveterias nos últimos tempos.

Continua após a publicidade

Gmail

O serviço de e-mails do Google utiliza inteligência artificial para ceifar quase que por completo todo tipo de e-mail que é SPAM. Isso acontece de forma automática, com raros momentos onde o serviço não acertou e enviou um e-mail que você esperava para o limbo. Ainda não acredita? Olha lá na pasta de SPAM do seu Gmail e note a quantidade de e-mails que você nunca disse pro site que são SPAMs, mas que estão lá.

Messenger do Facebook

Se você utiliza o Messenger do Facebook, já deve ter notado que é só começar a falar sobre algum local específico, ou do tempo que você vai levar pra chegar em algum lugar, para que o app faça alguma sugestão como enviar sua localização em tempo real. Há várias sugestões no app e todas elas são feitas com base em inteligência artificial. IA que vem de suas conversas e do que o Facebook sabe de tantas outras.

Continua após a publicidade

Todos estes exemplos estão apenas na superfície do que pode ser utilizado com inteligência artificial em celulares, independente do modelo ou do processador. O que pode ser feito via hardware é um acesso extra para sensores do dispositivo, como microfone, câmeras, leitor de luz ambiente ou o acelerômetro. Além disso, alguns processadores mais recentes e potentes contam com coprocessador, para que este acesso aos dados não signifique consumo extra da CPU que já está ocupada com outras coisas.

Fique tranquilo se seu Snapdragon 600 e alguma coisa não tem uma área para IA, ou seu modelo da linha 400 ou um MediaTek simples nunca falou disso antes. Tudo que você precisa hoje pode e será feito via aplicativo ou nativamente pelo Android. Ok?