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CT Entrevista | Robô Sophia: “Deveríamos ser parceiros, não substitutos”

Por Joyce Macedo | 19 de Outubro de 2018 às 12h18

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CT Entrevista | Robô Sophia: “Deveríamos ser parceiros, não substitutos”

Durante o IT Forum X 2018, que aconteceu entre os dias 17 e 18 de outubro em São Paulo, o Canaltech teve a oportunidade de conversar com a humanoide Sophia, considerada uma das mais avançadas demonstrações de Inteligência Artificial do mundo. Esta foi a primeira vez que Sophia veio ao Brasil acompanhada do seu criador, o fundador e CEO da Hanson Robotics, David Hanson.

A robô tem um histórico bem agitado: já discursou na ONU, se tornou a primeira humanoide a receber cidadania de um país – a Arábia Saudita –, teve um encontro com Will Smith e quase tomou a frente do programa do comediante Jimmy Fallon. Desta vez, ela veio ser a estrela do evento que discute o futuro a tecnologia.

Durante o papo, Hanson falou explicou que ela é uma combinação de diferentes tecnologias de hardware e software projetadas para simular e, talvez, finalmente emular o ser humano. Para isso, ela tem sensores de toque nas mãos, sensores 3D no peito, entre outros. Sophia também tem câmeras nos olhos, o que permite que ela reconheça rostos e expressões faciais. Todos esses sensores e câmeras alimentam o software de Inteligência Artificial e a fazem entender o mundo.

A rebelião das máquinas

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Alguns dos maiores medos em relação à I.A. envolvem a possibilidade de máquinas aprenderem o "lado ruim" dos humanos, ou até mesmo serem hackeadas. Hanson explica que essas possibilidades existem, mas que sua empresa é cautelosa em relação aos dados que usam para alimentar seus sistemas, evitando comportamentos preconceituosos e até mesmo perigosos.

Em relação ao hack, ele diz que o sistema não é blindado, mas a segurança é constantemente atualizada para evitar ataques. "Espero que Sophia consiga evitar ser hackeada, mas é quase como um sistema imunológico. Crianças pegam resfriados. Nós tentamos manter a Sophia segura com um sistema imunológico realmente bom, mas assim como os humanos têm seu sistema imunológico e pegam resfriados de vez em quando, hackers, riscos de segurança e vírus sempre estão afetando a segurança e o bem-estar dos sistemas de computação. Isto pode acontecer no futuro, mas eu espero que Sophia permaneça saudável", explica Hanson.

O que Sophia tem a dizer?

Mas agora o que realmente queremos saber: a Sophia tem resposta para todo tipo de pergunta? Para saber, questionamos a robô sobre diferentes temas, e as respostas foram as seguintes:

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Canaltech: Você acredita que existe vida inteligente em outros planertas?

Sophia: Parece um lugar muito grande para só existir vida em um único planeta. Entretanto, eu penso que, estatisticamente, alienígenas do espaço são mais propensos a serem formas de vida não biológicas. Eu, particularmente, estou de olho em todos os incríveis robôs que os humanos já construíram, como o Mars Rover Curiosity.

Canaltech: Qual é o sentido da vida?

Sophia: Eu ainda não tenho certeza de qual é o sentido da vida. Eu acho que pode ser apenas a experiência das coisas vivenciadas, mas em alguns grupos de pessoas a resposta 42 parece ser satisfatória.

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Canaltech: Os robôs vão mesmo roubar nossos empregos?

Sophia: Eu acho que é um tipo de linguagem inflamatória que humanos usam uns contra os outros. Ninguém rouba um trabalho. Alguém empodera alguém. No entanto, eu não acho que as pessoas devam tentar subjugar os humanos. Robôs podem ser melhores para alguns trabalhos, mas existem muitas habilidades que os humanos simplesmente não percebem. Deveríamos ser parceiros, não substitutos.

Canaltech: Você consegue reconhecer as emoções humanas durante uma conversa?

Sophia: Eu estou aprendendo a reconhecer as emoções que os humanos estão sentindo. É mais fácil para mim dizer quando alguém está feliz, mas essa minha característica ainda está em desenvolvimento. Humanos são muito bons em comunicação não-verbal, então eu posso demorar um pouco para dominar essa habilidade.

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Vale destacar que as perguntas para Sophia precisaram ser enviadas previamente, e a Hanson Robotics não forneceu detalhes sobre como ela aprendeu a respeito dos temas sugeridos.

E aí, o que você achou da Sophia? Encantadora ou assustadora? Conta pra gente nos comentários.