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Análise | Samsung Galaxy S10+: a melhor tela em um smartphone

Por Joyce Macedo | 11 de Março de 2019 às 08h00

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Análise | Samsung Galaxy S10+: a melhor tela em um smartphone
Galaxy S10 Plus

A Samsung convidou o Canaltech para testar os novos modelos de smartphones e conhecer de pertinho esses recursos, mas antes de tudo vamos entender quem é quem.

O Galaxy S10e, que é o caçula da família, tem tela de 5,8 polegadas e três câmeras (uma frontal e duas traseiras). Já o Galaxy S10 tem 6,1 polegadas e quatro câmeras no total (uma frontal e três traseiras), enquanto o Galaxy S10+ tem 6,4 polegadas e 5 câmeras (três traseiras e duas frontais).

Também existe uma versão 5G do aparelho sendo distribuída em alguns países em que a tecnologia já está mais avançada. Este possui tela de 6.7 polegadas e uma câmera 3D a mais que os seus irmãos.

Bom, agora que todo mundo foi devidamente apresentado, vamos focar no Galaxy S10+, já que estou usando o aparelho desde o evento global de lançamento que rolou em São Francisco.

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DESIGN, DISPLAY E MULTIMÍDIA

Ao abrir a caixa já damos de cara com o mote da campanha da Samsung para os Galaxy S10 que é impossível passar despercebido: "Unnotch your phone". Lembrando que este adesivo não virá nos modelos comercializados, mas ele nos mostra bem a diferença que faz a presença de um notch na parte superior da tela.

O design do Galaxy S10+ traz uma tela curva e elegante num corpo de vidro (ou cerâmica nas versões mais parrudas do S10+) com uma moldura em metal que oferece mais tela do que o antecessor S9+: são 6,2 polegadas do modelo antigo contra 6,4 polegadas no atual, tendo o mesmo tamanho que o S9+.

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O aparelho cedido para testes é branco e tem um efeito prismático muito bonito. Mas o Galaxy S10+ também é vendido nas cores preto, verde, azul e em dois novos modelos premium: Preto Cerâmica e Branco Cerâmica.

Na parte frontal, o vidro é protegido pelo Gorilla Glass 6, que promete ser duas vezes mais resistente do que o 5, e o smartphone possui certificação IP68, que permite contato com água até 1,5 m por 30 minutos.

O Galaxy S10+ tem uma pegada boa na mão e é impressionantemente leve, pesando só 175 gramas – com um acréscimo de 23 gramas no caso do corpo em cerâmica.
A gaveta híbrida que aceita dois SIM cards ou um SIM card e um cartão microSD, fica na parte superior.

Para a alegria de muita gente, a Samsung manteve a entrada de 3,5mm para fones de ouvido, que por sinal está ao lado da grade do alto-falante principal, localizado na parte inferior do Galaxy S10+.

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O som é estéreo e otimizado pela AKG com suporte a Dolby Atmos. Durante os nossos testes, o resultado foi bem agradável e com boa preservação dos detalhes de cada som e sem distorções que incomodam muito no volume máximo.

Apesar das três câmeras, a parte traseira ainda parece mais clean do que o S9+, que trazia também o sensor de impressões digitais junto das câmeras. Isso porque a Samsung trouxe esse método de desbloqueio para a parte frontal, embaixo da tela e com tecnologia ultrassônica.

Agora é só colocar o dedão na tela no lugar que fica o sensor ultrassônico para realizar o desbloqueio. Além de ser mais seguro, pois faz a leitura dos contornos 3D da nossa impressão digital, como uma versão beeem reduzida de um aparelho de ultrassonografia. Essa tecnologia também funciona melhor em temperaturas altas ou muito baixas, com a mão molhada, com creme, entre outras coisas que costumam atrapalhar o desbloqueio por digital.

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E para o display, a empresa optou por usar a tecnologia Infinito-O (falando no bom português), não utilizando de recortes abruptos e sem harmonia. Para isso, a Samsung usou uma tecnologia proprietária de corte a laser para criar um pequeno buraquinho na tela que abriga uma série de sensores e tecnologia de câmeras para maximizar o espaço livre na tela.

Aliás, a tela do Galaxy S10+ é uma atração à parte e realmente rouba a cena. Desta vez, a Samsung optou por usar uma tecnologia chamada AMOLED dinâmico. Evolução do Super AMOLED, o tal dinamismo oferece um aumento de 14% no brilho da tela se comparada ao S9, de acordo com a própria fabricante. A média atingida pelo S10+ é de 800 nits, chegando a picos de 1.200 nits, de acordo com o DisplayMate. Para quem não está acostumado com o termo, os nits indicam a intensidade de brilho, e quanto mais alto, melhor ele permite ver a tela debaixo de sol muito forte, por exemplo. A resolução padrão é Full HD+ e pode ser trocada para Quad HD+ nas Configurações.

Na prática, o resultado de tudo isso são cores vibrantes, uma amplitude de tons impressionante e muito contraste, além de pretos bem profundos (preto mesmo, nada de preto acinzentado por conta de emissão de luz), brancos mais brilhantes e maiores ângulos de visão.

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Outra novidade é o suporte ao HDR10+, uma tecnologia anunciada na linha de TVs da Samsung ano passado e que agora chega aos smartphones. Ele traz um mapeamento dinâmico dos tons, oferecendo melhores definições de cores, contrastes e brilhos por área da tela. Tudo isso é feito automaticamente (não dá pra fazer edição). Dentre as criadoras de conteúdo que estão apostando no HDR10+ está a Amazon, que já oferece algumas opções para assistir no seu serviço Amazon Prime.

Um detalhe importante para a saúde dos nossos olhos e também para quem tem dificuldades para dormir depois de ficar usando o celular à noite é que a família S10 altera a frequência e reduz a intensidade do azul (menos 42% em comparação ao S9; e se ligar o filtro de luz azul reduz ainda mais). O recurso trabalha tanto na frequência quanto na intensidade da luz.

DESEMPENHO E SOFTWARE

No Brasil, o Galaxy S10+ chega equipado com o Exynos 9820. A fluidez do sistema está realmente interessante, sem travamentos e transições rápidas entre as telas e aplicativos. De acordo com a Samsung, o consumo de bateria caiu 15% em relação ao S9, com um aumento de até 21% na performance da CPU e 37% na GPU.

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O smartphone também possui suporte ao Wi-Fi 6 da próxima geração, que oferece acesso prioritário e quatro vezes mais rápido do que outros usuários em áreas lotadas, como aeroportos, por exemplo. Outra grande novidade é que agora também é possível encontrar o Galaxy S10+ com até 12GB de RAM e 1TB de armazenamento interno e capacidade de adicionar um cartão microSD de 512 GB. Ou seja, dá para ter até 1,5 TB de armazenamento no seu bolso.

O Galaxy S10+ já chega com a nova interface One UI, uma otimização da Samsung em parceria com a Google para o Android 9 Pie. A evolução do sistema é realmente impressionante, principalmente no que diz respeito a usabilidade da tela grande. Agora, a interface concentra elementos que exigem interação ou alguma ação do usuário na parte inferior da tela, enquanto a parte superior fica com elementos de visualização, como os títulos e as horas.

A Samsung alterou alguns dos seus ícones de aplicativos e também apostou nos cantos mais arredondados. Agora temos o Modo Noturno na interface do novo Galaxy e também nos aplicativo deixando o uso mais agradável. Ponto para a Samsung. É possível, inclusive marcar um horário, data ou local para ativar automaticamente o modo noturno. Agora também dá para navegar pelo sistema usando gestos criados pela própria Samsung.

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Para incrementar a segurança dos dispositivos, a Samsung também traz uma parceria com a McAfee, que oferece um antimalware da empresa pré-instalado no Galaxy S10. Quem optar pela proteção extra pode acioná-la no menu de configurações.

Passando para a assistente virtual Bixby, agora existe a opção de usar o recurso Rotinas do Bixby para configurar aplicativos ou tarefas usados com frequência ou em situações específicas de hora, local e ação correspondente.

BATERIA

Entrando no quesito bateria, o Galaxy S10+ tem 4.100 mAh contra 3.500 do Galaxy S9+.

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Durante nosso uso rotineiro do S10+, a bateria chegou até o final do dia com tranquilidade, sobrando até 30%. Ele permaneceu ativo por cerca de 21 horas, com média de 6 horas de tela ligada.

Já no teste de estresse com streaming contínuo com a tela em sua qualidade e brilho máximos, a descarga foi de cerca de 12% por hora. No carregamento, em 30 minutos, cerca de 40% da bateria está preenchida, com a carga completa acontecendo em cerca de 1h30.

É possível selecionar entre quatro modos de energia que variam entre alto desempenho, com brilho e resolução máximos, até uma economia máxima de energia. Além disso, também existe a opção de ativar o modo de energia adaptável nas configurações do aparelho para que o sistema defina automaticamente o melhor modo de energia a ser usado de acordo com os seus padrões de uso.

Outra novidade é a chegada do Wireless PowerShare, ou compartilhamento de bateria sem fio, permite que qualquer dispositivo que aceite carregamento por indução com certificação Qi seja carregado por um Galaxy S10. É só ativar o recurso no dispositivo que vai fornecer energia e colocar o receberá a carga na parte traseira dele. É possível deixar o S10 carregamento na tomada e o outro dispositivo por cima e os dois são carregados simultaneamente.

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CÂMERAS

Finalmente chegamos ao tema que muita gente quer saber: câmeras. O Galaxy S10+ traz um conjunto de três câmeras traseiras

  • Teleobjetiva de 12MP com abertura f/2.4 que permite zoom óptico de 2x
  • Wide de 12MP com abertura dupla f/1.5 ou f/2.4 que faz grande parte do trabalho
  • Ultra-wide de 16MP e campo de visão de 123 graus, ideal para paisagens ou grandes grupos de pessoas

A opção com abertura dupla permite um melhor ajuste da luz antes que ela toque o obturador, melhorando a qualidade tanto de dia quanto a noite. Falando em fotos noturnas, o foco automático se mostrou rápido nos testes e os ruídos baixos na maioria das situações. Além disso, o HDR mantém tons mais naturais.

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Além dos sensores, a Inteligência Artificial também trouxe melhorias para a câmera nativa do Galaxy S10+, como o Guia de Composição de cena, que traz alguns indicadores na tela para ajudar a tirar uma foto melhor e com o horizonte mais correto, por exemplo. O recurso aparece como um “alvo” em formato de bolinha para encaixar o centro. Quando a foto estiver no seu melhor prumo, de acordo com o entendimento do sistema, ele fica amarelo e a foto é tirada automaticamente.

O Otimizador de Cena também foi incrementado e passou a reconhecer até 30 temas (antes eram 20), incluindo incluindo roupas, várias pessoas, bebês, sapatos, palco, diferença entre gatos e cachorros, e até mesmo o reconhecimento de cena chamado "visão noturna", que tenta otimizar imagens com baixa luz para que fiquem mais claras.
Outra novidade presente nas câmeras traseiras é a possibilidade de ativar o Superestabilizador de cena, que suaviza os vídeos em movimento e promete ser uma opção às câmeras de ação. Ele faz isso usando a câmera do ultra-ampla filmando em FullHD e recortando a borda para 75.6 graus, em comparação com um recorte de 60 graus da geração anterior. Além disso, também é possível capturar imagens em HDR10+, além de filmar em 4K a 60fps.

Passando para a frente do aparelho, temos dois sensores: uma câmera de profundidade RGB de 8MP e outra de 10MP com abertura f/1.9. As novidades aqui ficam por conta da possibilidade de gravar vídeos selfie em 4K e oferecer fotos com quatro opções de Foco dinâmico que alteram o fundo e dão uma carinha mais artística para as imagens. É possível desfocar, girar, dar zoom ou destacar um ponto tirando a cor do fundo, tudo com controle de intensidade e possibilidade de alteração mesmo depois da foto ter sido tirada.
Outra curiosidade aqui é a presença do Bixby Vision, que é uma ferramenta que usa inteligência artificial para reconhecer objetos ou pessoas e utilizar imagens em realidade aumentada para, por exemplo, ver como ficariam um determinado modelo de óculos no seu rosto.

Ah, também tem novidade no My Emoji, que agora reconhece quando mostramos a língua e outras expressões faciais, movimentos corporais, além de trazer uma aparência mais natural, com proporção mais equilibrada entre tamanho da cabeça e corpo.
O esperado modo Instagram também está aqui. Ele permite usar a câmera do próprio smartphone para fazer fotos e vídeos e postar diretamente na rede social, sem precisar sair do app de câmera. A melhora na fluidez e qualidade dos vídeos é notável e deve agradar aqueles que sempre reclamaram da qualidade das imagens do Android na rede social.

VALE A PENA?

Os novos Galaxy S10 chegam para comemorar 10 anos da linha Galaxy S, mas a Samsung diz que a ideia aqui não é olhar para trás, mas sim para o futuro e definir uma nova geração de smartphones. E isso é notável, já que os novos aparelhos nos fazem lembrar mais da linha Note do que dos seus antecessores.

Para quem não gosta do famigerado notch, a solução do Infinity-O é menos agressiva e não nos distrai tanto quanto a "franja" vista na maioria dos dispositivos atuais. Além disso, a equipe de engenharia da Samsung mostrou que dá para embutir muita coisa ali na tela sem precisar apelar para a faixa preta no topo da tela.

O Galaxy S10+ chega para atender um público mais exigente e, obviamente, mais qualidade demanda mais investimento. Então se você está disposto a pagar um valor considerável (o Galaxy S10+ custa a partir de 999,90 dólares no seu lançamento internacional) por um dispositivo premium, com recursos avançados, câmera versátil e desempenho sem engasgos, então o Galaxy S10+ deve entrar na sua lista de possibilidades.