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Xiaomi Mi6 [Análise / Review]

Por Redação | 15 de Agosto de 2017 às 15h30

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Xiaomi Mi6 [Análise / Review]
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A Xiaomi é uma grande conhecida no mercado de smartphones, e aqui no Brasil ela já até fez uma rápida aparição com alguns modelos de entrada. Mas, se por aqui ela desistiu de comercializar os seus produtos, lá na Ásia a fabricante continua a todo vapor, e traz para o mercado o Mi6, um smartphone que vem para brigar com outros grandes nomes do mercado. Será que o Mi6 continua com a boa relação custo x benefício da geração anterior? 

Visual único

É notável que a Xiaomi já não quer mais “copiar” o design de outras marcas e vem trabalhando numa identidade visual própria. O Mi6 é prova disso, adotando estrutura em vidro curvo na traseira, fechando um aparelho com 168 gramas. Ele é mais pesado que o Mi5, mas talvez seja culpa da estrutura em aço inoxidável e da bateria maior. Totalmente perdoável.

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Esse design adotado pela Xiaomi é bem atraente, fazendo do aparelho um dos mais bonitos já lançados neste ano. As curvas são bem alinhadas com as bordas, e os dois lados da peça são revestidos com Gorilla Glass 5.

O Xiaomi Mi6 é bem brilhante e chama atenção. Ele tem um tamanho médio bacana, se encaixando perfeitamente na mão, ou seja, dá pra usar ele sem fazer malabarismos ou esticar os dedos. Mas ele também é escorregadio. Não muito quanto você pode estar imaginando, mas escorrega.

E as marcas dedo, é claro, tendem a aparecer com frequência. Mas tudo bem, a Xiaomi te dá uma capinha de silicone na caixa, e ela é bem fina, então não chega a alterar o visual do produto.

Ele traz um leitor de impressão digital que tem alguns gestos, como o de tocar para voltar à página inicial. Ao lado você tem dois botões capacitivos de navegação, que podem ser configurados facilmente.

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De fato, a Xiaomi cita que ele tem resistência a respingos d’água, mas uma série de testes de montagem e desmontagem do aparelho mostram uma vedação mais forte. Nós só recomendamos não sair afogando ele pra depois não ter problemas.

Nós ainda temos um pequeno LED para notificações, um sensor infravermelho no topo, ao lado do microfone secundário; o principal fica na inferior, no lado direito, entre a porta USB-C e o alto-falante. A parte extremamente ruim é que ele segue a tendência de não ter uma entrada para fones de ouvido. O acessório que ajuda essa conexão tem um tamanho meio exagerado, e usar isso com fones de ouvido com cabo longo é um pesadelo.

Display e multimídia

A tela de 5.15” do Mi6 preenche ~71% de sua estrutura, resultando num painel IPS LCD com resolução Full HD (1920 x 1080p@428ppi). Ele tem um brilho forte, mas em situações externas com muito sol você definitivamente não tem o mesmo desempenho de um Galaxy S8 ou mesmo de um Xperia XZ da vida. A relação de contraste de 1500:1 é vista com intensidade, mas não quando temos cenários mais escuros, que é quando o LCD te dá aquele aviso de que está presente no aparelho.

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Ainda assim, a tela do Mi6 é muito confortável durante a noite, com o brilho sendo reduzido a níveis bem baixos. Dentre os modos de calibração, o “contraste automático” otimiza o contraste de modo dinâmico, utilizando a luz ambiente para calibrar o display. Ele talvez seja o mais bacana, mesmo. O “padrão” apenas mantêm o contraste, mas ainda faz mudanças no brilho; e, por fim, o de contraste elevado, que faz apenas o que o seu nome afirma.

E, não, o fato dele não ser Quad HD no lugar de Full HD não prejudica o seu desempenho. O display do Mi6 é bonito, detalhado e confortável, mas só não entrega o mesmo desempenho de flagships de outras marcas, por exemplo.

Já no áudio, o Mi6 faz um trabalho muito bom. Ele tem apenas uma saída na parte inferior, mas a saída de som do topo, para ligações, também é utilizada para que os agudos sejam reproduzidos; no caso, os graves tendem a sair por baixo. Deste modo, temos um áudio sendo reproduzido de modo limpo e com bons níveis de volume, embora não tenhamos percebido a mesma qualidade com fones de ouvido.

Especificações

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O Mi 6 carrega em seu coração um Snapdragon 835, assim como o Galaxy S8 e Xperia XZ Premium. Esta versão, por exemplo, vem com 64 GB de memória e 6 GB de RAM, mas ainda existe uma outra com 128 GB de memória. E é bom pensar bem em qual delas escolher, pois não há como usar cartões microSD, apesar dele aceitar dois chips de operadora numa boa.

  • CPU Octa-core (4x2.45 GHz Kryo & 4x1.9 GHz Kryo);
  • GPU Adreno 540;
  • NFC para leitura e escrita
  • Android 7.1.1;
  • USB Type-C 1.0.

Usabilidade e desempenho

Sabe, uma coisa que impressiona no Mi 6 é a fluidez com a qual ele executa as atividades. Um monte de aplicativos rodando em segundo plano não incomoda e nem esquenta o hardware, enquanto que na mesma medida você esquece que ele é um “monstro” e passa a usufruir de mais recursos sem se preocupar com isto.

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Pensando por esse lado, o Mi 6 é um smartphone que certamente pode durar mais alguns anos na sua mão, se a sua preocupação for desempenho, é claro.

Dito isto, saibam que jogos realmente pesados não são um problema para o Mi 6. GTA: San Andreas, Asphalt Xtreme, Breakneck e Injustice 2, por exemplo, são alguns títulos que você conseguirá executar com gráficos no máximo e sem engasgos.

A MIUI 8.2 é uma das personalizações mais fortes do Android, e originalmente é desenvolvida com foco no mercado asiático. Ainda assim, existem ROMs globais que utilizam os serviços da Google, e não os chineses; é exatamente isto o que você precisa para que tudo funcione perfeitamente bem.

Somando a lista de recursos do sistema, no Mi 6 você pode duplicar apps e usar duas contas do WhatsApp, por exemplo; bem como criar uma segunda área de trabalho. De fato, ela é bem interessante e modifica bem o Android, e traz, entre outros, o Quickball, que adiciona um botão para atalhos flutuantes que ajudam na navegação.

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Câmeras

A Xiaomi também entrou na onda das câmeras duplas e agora utiliza um sensor grande angular de 12 MP Sony IMX386 com lente de 27mm e abertura f/1.8, com OIS de 4 eixos para produzir imagens mais estáveis. O segundo sensor também tem 12 MP, mas com lente de 56 mm e abertura f/2.6, mas sem estabilização.

Dito isto, você tem aquele botãozinho de “1X” e “2X” para a troca rápida dos sensores, além de recursos como o HDR, o modo retrato e um flash dual-tone. O software ainda inclui 12 filtros que funcionam ao vivo e alguns outros modos, como o manual, que permite ajustes no ISO, tempo de exposição, equilíbrio de branco e foco.

E as fotos capturadas com o Mi6 realmente são de boa qualidade. O balanço de branco ajuda muito na hora de capturar imagens com mais contraste, onde ele também se destaca. A quantidade de detalhes é um outro fator considerável, tendo em vista, também, que ele reduz bastante o nível de ruído. Ah, e o modo HDR até pode fazer um trabalho bacaninha, mas normalmente com ele desativado você já consegue bons resultados.

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Agora, voltando rapidinho, você tem um modo Retrato que é ativado tocando num botão que fica no topo do aplicativo de câmera. Esse modo usa uns truques de software e a duas câmeras para tentar mapear o ambiente, mas ele só funciona bem com boas condições de luz. Mas, sim, você vai conseguir fazer cliques bem bonitos e com o fundo desfocado.

Ele ainda pode gravar em 2160p@30fps e em 1080p@30fps, com uma opção de 720p@120fps para efeitos de câmera lenta. Isto, é claro, sem usar a lente teleobjetiva. A qualidade do áudio fica na média dos smartphones, sem nada que elimine totalmente os ruídos, enquanto que a estabilização faz um belo trabalho por aqui.

Para as selfies, o sensor de 8 MP (f/2.2) faz cliques com cores vibrantes, mas ainda sem muito detalhamento. Novamente, esbarramos em um topo de linha com câmera de selfie comum, que pode suprir apenas um uso básico.

Bateria e acessórios

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O Mi6 possui uma bateria de 3.350 mAh com suporte ao Quick Charge 3.0, que provavelmente será um recurso que você vai curtir. Ele consegue carregar ~50% da bateria em 30 minutos, e 75% em pouco mais de 40 minutos. Ou seja, ele oferece tranquilamente uma autonomia de um dia inteiro de uso, mas também consegue ser recarregado com rapidez, o que de certa forma é um bom atrativo.

A autonomia do Mi6 realmente não é uma das melhores, e ele fica na média de outros modelos da mesma faixa de mercado. Ainda assim, nós esperávamos uma autonomia melhorzinha em uso real, visto que sua tela é menor e com resolução mais baixa, se o compararmos com o S8, por exemplo.

Ainda assim, assistindo vídeo por streaming durante uma hora e com brilho no máximo, mas conectado apenas ao Wi-Fi, o aparelho conseguiu uma média de descarga de 18% por hora.

Ah, e um aviso: o carregador dele definitivamente não é compatível com o padrão brasileiro, então talvez você precise comprar um adaptador, ou um novo carregador rápido, mesmo.

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Vale a pena?

Atualmente, o Mi 6 pode ser encontrado por cerca de US$ 420, ou pouco mais de R$ 1.300, se desconsiderarmos os impostos. Comparando o Mi 6 com outros grandes nomes como o iPhone 7, Galaxy S8 e OnePlus 5, por exemplo, fica fácil entender que o custo-benefício oferecido por ele é muito bom.

O aparelho traz câmeras de boa qualidade, saída de som estéreo e uma qualidade de construção muito legal. Claro, ele não é o aparelho perfeito e tem suas falhas, mas pelo preço cobrado, o Mi 6 fica muito dentro das expectativas.

O Mi 6 entra na onda dos smartphones com câmeras duplas e é páreo a outros smartphones rivais. Ele entrega um desempenho muito bom, e este certamente será um investimento que vai durar alguns bons anos nas suas mãos.

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Mas e aí, você gostou do Mi 6? Esperava mais? Ele está dentro do esperado? Pra quem ficou interessado, aqui na descrição nós vamos incluir um link para você comprá-lo por valores mais legais, beleza?