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TV Samsung Q8 QLED [Análise / Review]

Por Redação | 18 de Agosto de 2017 às 15h33

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TV Samsung Q8 QLED [Análise / Review]
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Uma tecnologia está prometendo mudar um pouco o mercado de TVs: o QLED. Uma resposta um pouco abaixo do OLED e acima do LCD, por mais que esta TV seja de LCD, e que briga para ser o topo do mundo em qualidade de telas.

Um dos modelos que utiliza esta tecnologia é a Q8 curva da Samsung, de 65 polegadas.Será que o QLED é, de fato, o melhor que você pode ter em uma tela?

Design minimalista

O visual da tela QLED é uma evolução e tanto do modelo de pontos quânticos que testamos no final do ano passado. No lugar de moldura prateada, agora a Samsung colocou uma borda bem mais fina e na cor preta. Perfeito pra dar a sensação de que a borda é ainda mais fina, além de sumir com qualquer reflexo de uma janela que está atrás. Junto disso, a parte inferior tem um pedestal em metal e menos chamativo, que serve como apoio para vocês, como eu, que não curtem tanto assim uma TV presa na parede com parafusos. Ah, este apoio pode esconder os dois únicos fios que saem da TV: energia e o cabo que liga com a base de conexões.

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A tela é extremamente fina, com mais ou menos 15 milímetros nas bordas e um pouco mais que isso no centro. Para manter o ar minimalista, a Samsung resolveu que seria mais inteligente deixar todas as conexões em uma caixa separada, conectada com a TV apenas por um pequeno fio de fibra ótica. A distância dele é suficiente para deixar a caixa de conexões em uma área separada, junto de todos os outros fios que estão por lá.

Nela você coloca as conexões e a graça desta tecnologia, chamada de One Connect, é permitir que uma nova conexão possa existir nesta tela.

Imagine que, a partir de hoje, uma conexão nova acaba de ser inventada e lançada ao público. Como todas as conexões ficam nesta caixa, fora da TV, é só trocar a caixa e aproveitar as novidades.

Conexões para todos

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Sabemos que a ideia da Samsung é inteligente, mas ela vai além da conexão externa. Na caixa do One Connect temos três portas USB 2.0, 4 portas HDMI 2.0B com suporte para 4K em 60 quadros por segundo e HDR, cabo ótico para áudio, cabo de rede RJ 45, entrada coaxial para TV, além de antena interna para Wi-Fi e Bluetooth. Na lateral ficam entradas componente, mais antigas.

O próprio controle utiliza conexão Bluetooth para funcionar, o que permite que ele envie comandos mesmo quando não está apontado para o aparelho. Além disso, o controle conta com um microfone para comandos de voz, que estão muito distantes de algo como na Apple TV. Nele você consegue controlar funções da TV, mas não pode pedir para buscar uma série do Netflix ou um vídeo que está num HD externo.

Outro ponto que chama atenção em conexões, está na capacidade da TV reconhecer automaticamente o que foi plugado. Se você coloca um PS4 ou um Apple TV, por exemplo, o aparelho faz uma busca e já propõe que o nome do que está conectado é este.

4K até para o que não é 4K

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Convenhamos, a oferta de conteúdo 4K está longe de ser uma realidade. Nem mesmo em filmes, com Bluray, o cenário é bom.

São raros os títulos mesmo em streaming, com poucas opções dentro de serviços como Netflix e Amazon Video. Para contornar este problema, telas 4K utilizam de UpScalling, que analisa a imagem e estica para preencher os pixels que faltaram.

Testamos filmes em Full HD que estavam em uma fonte externa e, ótimo! O resultado saltou aos olhos e enganou alguns da redação, que não notaram a diferença entre o 4K de antes e este...4K de mentira. Para vídeos via streaming a sensação foi a mesma.

A tecnologia utilizada pela Samsung consegue entender e esticar sem aumentar quadrados, tornando o deserto do 4K em algo aceitável. Até mesmo para a transmissão aberta, ou via cabo do Brasil, com seus 1080i.

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A qualidade geral de cores é espetacular, mesmo depois de desligar o padrão de saturação generosa que veio no aparelho - que não tinha nada de espetacular. O QLED não entrega pretos de verdade dos televisores OLED, já que a iluminação continua saindo de uma barra de LEDs na parte inferior e acertando os minúsculos cristais que formam os pontos quânticos. Mesmo assim o contraste é altíssimo e passa a sensação de profundidade de telas mais caras.

A precisão delas é bastante alta e o HDR faz sua parte. O resultado é bastante impressionante. A tela ser curva, neste tamanho de display, ajudou em poucos pontos, muito menos do que o marketing das empresas que criam televisores curvos fala. Sentimos que as bordas curvadas para dentro ajudaram no campo visual de quem está no meio da TV, logo em sua frente. Como as bordas te olham, você não precisa virar o rosto. Isso é bacana.

Outra vantagem fica na forma como os 4.2 canais de áudio trabalham. Como a tela é larga, mas com as bordas mais para a frente, o envolvimento sonoro é muito grande e você sente claramente a direção entre esquerda e direita. São 60 Watts RMS de potência que saem de baixo e das laterais do televisor. Não é a melhor qualidade sonora do mercado, mas faz bem seu papel.

Se você ainda quer mais, a Samsung comercializa um soundbar com muito mais potência, que acompanha o visual do painel e que vem com seu subwoofer separado, que precisa apenas de uma tomada e o áudio vai até ele sem a necessidade de fios. Se você tem este conjunto, de verdade, a qualidade sonora dispara e melhora muito.

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Olá, Tizen!

Uma das frentes que a Samsung encontrou para seu próprio sistema operacional, é a de TVs. Neste modelo temos um visual de menus também minimalista. Ao apertar o botão de tela inicial, cards sobem e tudo fica acima do conteúdo que está passando. Seja um filme, YouTube ou até mesmo game.

Todas as animações são rápidas, sem engasgos ou travamentos, algo raro em aparelhos de TV. O único ponto fraco fica na parte de opções de apps. Sim, o Tizen vem com basicamente tudo que você precisa, como YouTube, Spotify, Play Filmes e até Amazon Video. Mas, imagine que você quer mais. 

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A loja de apps não é tão populosa quanto o que existe no Android TV e, sinceramente, escolher o sistema operacional Android para TVs auxiliaria também na busca por voz. Novamente: há o básico para entretenimento, mas não algo além do básico. Ah, sim, há um navegador web por aqui e ele é bem completo. Só é chato digitar letra por letra no controle remoto.

O televisor também é compatível com o Gamefly, uma plataforma de games via streaming nos moldes do Netflix, só que para games. Você joga, com um controle genérico e sua TV. Algum computador do planeta executa o game e envia, pela internet, a tela. Simples assim. Dá certo, tivemos uma experiência bacana e com baixa latência em conexão cabeada.

Só tenha certeza de ter banda larga bem larga, pra tudo isso. Pra 4K, pra games em streaming e muito mais.

Vale a pena?

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Até o fechamento deste vídeo, a TV da Samsung está marcada nos R$ 22 mil. É caro, sim é caro. Mas a qualidade de imagem que é entregue, junto do valor pouco abaixo de telas OLED, vale o investimento. Claro, para quem procura absolutamente o melhor que uma TV pode entregar, sem pagar o máximo possível por isso.

A ideia do One Connect é inteligente e Tizen lida bem com o básico, perdendo apenas para o que poderia entregar o Android TV.

A TV é cara, mas ela é focada em quem busca design e qualidade de imagem. Este mercado tem um custo e ele é alto, o que a TV QLED da Samsung entrega perfeitamente. E, sinceramente, olhe só a falta de fios. A qualidade de imagem é ótima, mas a solução para sumir com os fios e ainda assim, ter fios, é genial.