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Samsung Galaxy J7 Pro [Análise / Review]

Por Redação | 20 de Novembro de 2017 às 12h00

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Samsung Galaxy J7 Pro [Análise / Review]
Galaxy J7 Pro

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Os smartphones da linha Galaxy J são os que a Samsung mais vende no Brasil. Talvez isso explique a quantidade de variantes de um mesmo modelo, como foi o caso do Galaxy J5, J5 Prime, J5 Metal e depois J5 Pro. Como o J7 é o maior dos dois, ele também recebe uma atualização com melhor design e pegada, além de melhorias no hardware. Deixando este smartphone em um mundo muito mais próximo dos Galaxy A.

Metal

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Uma das maiores novidades para esta versão do Galaxy J7 Pro, é que o corpo deixa de ter partes plásticas e adota o metal. Não somente em alguns pontos, mas na parte traseira inteira. Como o smartphone está fixado em uma peça única de alumínio, as bordas são mais curvadas e isso ajuda bastante na pegada. Antes já era bom, mas agora ficou melhor e com um visual mais robusto.

A parte traseira deixa de ter a câmera quadrada, clássica de outros Galaxy mais simples, para utilizar um visual que também foi adotado no J5 Pro. Os frisos em plástico complementam o design e, nesta cor preta, ficam bem escondidos. É por eles que as antenas enviam e recebem dados para a operadora de celular, o GPS, o Bluetooth e Wi-Fi. O metal é bacana, mas ele também é ótimo em atrapalhar a vida estes sinais.

Além da estética, o J7 Pro tem o corpo em metal para poder bater de frente com smartphones chineses. Sim, os chineses. Lá fora, onde são lançados oficialmente, a briga aperta e aparelhos como alguns Redmi mais recentes, que utilizam metal por todos os lados...faz tempo.

O que muda por aqui é que a Samsung criou um design próprio. Não fez whitelabel, não copiou descaradamente da Apple e nem mesmo de outras fabricantes. Ou seja, ela realmente fez pesquisa e desenvolvimento.

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O leitor de impressões digitais está por aqui. Muito parecido com o que estava no S7 de 2016, lembrando até mesmo o atalho para abrir a câmera ao apertar o leitor duas vezes. Por aqui estão os dois botões sensíveis ao toque, que não são retroiluminados...o que é uma pena.

Ah, duas coisas importantíssimas: o plugue do fone de ouvido continua por aqui. A segunda é que a Samsung colocou duas bandejas, sendo uma apenas para o SIM card da linha principal. Outra para a segunda linha e também para um cartão de memória microSD, que pode ser de até 256 GB extras. Nada de escolher entre duas linhas ou memória expansível. Ponto positivo!

O bom e velho Super AMOLED

Não é de hoje que a Samsung sabe muito bem como fazer boas telas. Esse expertise todo chega também em aparelhos mais simples e baratos. O J7 Pro é exemplo disso, que vem equipado com display de 5,5 polegadas Full HD. Com bordas bem finas nas laterais, a tela preenche mais da frente do aparelho, com cores que são saturadas no nível tradicional de modelos que não utilizam o LCD, mas que dá pra ajustar internamente nas configurações. O ângulo de visão é generoso e a visualização de conteúdo em ambientes ensolarados é garantida.

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Uma das novidades do J7 Pro é que ele vem com o mesmo Always On Display de aparelhos mais caros, como os Galaxy S7 e S8. Este modo deixa apenas poucos pixels ligados na tela, com ícones para notificações, bateria, relógio e dia da semana. Por aqui há a mesma possibilidade de configurar a cor, formato do relógio e até mesmo trocar o mostrador de hora pelo calendário do mês.

Especificações

Ok, estamos em um intermediário. O local onde isso fica claro é aqui, nas especificações. A samsung pegou o Exynos 7870, lançado no ano passado. Ele vem acompanhado de oito núcleos, 3 GB de RAM e pomposos 64 GB de espaço interno.

  • Processador Exynos 7870 Octa
  • Octa-core (até 1.6 GHz Cortex-A53)
  • 64 GB
  • 3 GB RAM
  • Android 7 Nougat de fábrica
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Fôlego, mas sem exageros

O processador Exynos que está aqui não é dos mais potentes e encaixa muito bem na economia que é feita para poder chegar em um intermediário mais simples. Que fica atrás da linha Galaxy A, mais potente e requintada. A litografia de 14 nanômetros ajuda na economia de energia, mas não na potência. Mesmo com 3 GB de memória RAM, não é raro encontrar alguns engasgos quando você rola a timeline de redes sociais. Estes soluços ocasionais também são perceptíveis no navegador Chrome, principalmente em páginas grandes.

Olhando para a concorrência, temos o Snapdragon 625 com os mesmos núcleos, só que com velocidade 400 MHz superior. O suficiente para respirar mais aliviado.

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Mesmo assim, apps do cotidiano em quantidade não muito exagerada no background, não vão te entregar uma experiência ruim. O que ajuda a aliviar é a memória interna. São 64 GB, mais do que o suficiente para a imensa maioria das pessoas. Até eu, um usuário mais hardcore, não consigo passar de 40 GB ocupados no meu smartphone.

Em relação aos jogos, o J7 Pro mostrou facilidade ao rodar até mesmo títulos mais pesados. Testamos o Asphalt Xtreme, que trabalhou com alta taxa de quadros por segundo. Passando pro Unkilled, os engasgos apareceram com os gráficos no máximo. É só colocar do médio pra baixo, que você joga liso. Ou tentar jogar algo mais leve, como Super Mario Run, que rodou sem qualquer problema.

Passando para o software, a Samsung deu um tapa no que estava até o J7 anterior e colocou a Samsung Experience na versão 8.1, com base no Android 7 Nougat. Se você quer motivos para ver que este smartphone tem ares de aparelho que custa várias vezes seu preço, anote: esta é a mesma interface do Galaxy S8.

Isso significa que a bandeja de apps agora é acessível com um gesto para cima na tela inicial. Também significa que o menu de configurações está mais organizado e é possível dividir a tela em dois apps abertos ao mesmo tempo .Este recurso agora é nativo no Android Nougat, mas tem tempero da Samsung por aqui.

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Além de dividir a tela, alguns apps permitem que você continue utilizando um, enquanto outro está em uma tela flutuante.

Seguindo, temos a Pasta Segura que é o local onde você coloca apps e arquivos que ficam protegidos por senha. Há também a possibilidade de instalar dois mensageiros de vários apps, como Telegram, Messenger e WhatsApp. Além da inclusão de uma central de gerenciamento do dispositivo, onde você consegue liberar memória interna ou limpar a memória RAM.

Mesmo com 64 GB de memória interna, o que é muito, a Samsung limpou os bloatwares. De fábrica você fica com o pacote obrigatório do Google, junto de Word, Excel e PowerPoint, junto do OneDrive (que te dá 100 GB extras no armazenamento na nuvem) e do Skype. Passa pelo Facebook, Opera Max e algumas soluções da Samsung para navegador web, agenda de compromissos e até um app para sintonizar estações de rádio FM. Nada além disso. Limpo, leve e com quase 54 GB disponíveis logo de cara.

Ah, claro, a cereja do bolo: Samsung Pay. O J7 Pro vem com o Samsung Pay instalado de fábrica. A única diferença entre ele e o S8, por exemplo, é que por aqui apenas os pagamentos feitos via NFC funcionam. Não há como emular a tarja magnética do cartão, pra utilizar em máquinas sem NFC, ou com o recurso desligado.

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Câmeras

Mesmo sabendo como fazer bons sensores, a Samsung escolheu um da Sony para operar no J7 Pro. A escolha não foi das piores e o resultado geral dos 12 megapixels em abertura de f/1.7 é, em média, bom. Fotos com boas condições de luz tendem a ficar com saturação em níveis aceitáveis, sem exagerar muito. Na verdade, em alguns momentos, ele ficou pouco abaixo do que a cena realmente exibia. Em outros, o brilho ficou acima do que deveria ser. O que pode ser corrigido com o HDR.

Um ponto que chamou atenção é o tempo para tirar as fotos. Geralmente, em smartphones mais simples, ele é alto e atrapalha bastante a cena. Aqui não. Se você não escolher o modo HDR, a foto é tirada com bastante velocidade e imagens borradas são raras. Com o HDR ligado conte dois segundos e a foto sai. 

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Em fotos noturnas o granulado aparece com facilidade, o que é bastante curioso para a lente clara que acompanha o sensor. Além disso, o app de câmera tende a deixar tudo claro demais. Como nesta foto da avenida paulista. Ele, em vários momentos, fez fotos com muito mais luz do que os postes podem entregar. Um pequeno ajuste na exposição e, pronto. A mesma foto, no mesmo local, com a luz correta e em resultado muito superior.

As selfies, bem, elas tem 13 megapixels e a qualidade que serve apenas pro Instagram, Facebook ou até uns vídeos no Snapchat. Se você quiser, dá pra adicionar stickers em realidade aumentada, como no S8.

Bateria

Por aqui são 3.600mAh de energia, que recebem ajuda de um processador que sabe bem como lidar com isso. Não tão bem como o Snapdragon 625, que é o rei do parquinho em eficiência energética, mas faz bem o trabalho. Nos dias que passei com o J7 Pro como meu celular pessoal, com o chip inserido e utilizando apenas ele, consegui sair de casa por volta das 10h da manhã e retornar com algo perto de 20% de bateria restante. O que é mais do que o necessário para afirmar que, sim, a bateria vai durar o dia todo e sem reclamações.

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O único ponto negativo por aqui está na ausência de qualquer possibilidade de carregamento rápido. Sem esse recurso, o J7 Pro leva mais de duas horas e 20 minutos para completar a carga da bateria, quando na tomada do carregador que acompanha o pacote.

Vale a pena?

O Galaxy J7 Pro é, de fato, o melhor intermediário simples que você pode ter da Samsung. Ele adiciona o Samsung Pay para mais gente e melhor a memória interna da geração anterior. Um extra bastante bacana para quem quer um smartphone de tela grande, sem custar um rim.

Ele foi lançado por R$ 1.699, mas já dá pra encontrar por valores muito mais amigáveis no varejo. Hoje, na data da gravação deste vídeos, foi possível encontrar o J7 Pro por R$ 1.290. Valor bastante interessante e que bate na frente dos concorrentes, que podem aparecer como o Moto X4, LG Q6 Plus, Quantum Sky e Xperia XA1.

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Mas, de fato, o que chama atenção no J7 Pro é a qualidade da construção, a existência do Samsung Pay em um modelo mais barato, por mais limitada que seja a experiência, junto de muita memória interna. Pontos que fazem o modelo ficar pouco acima da concorrência. Por R$ 1,7 mil fica complicado recomendar, mas o valor já caiu e no que encontramos, pouco acima dos R$ 1.280, vale sim.

E vocês, concordam? Pensam diferente? É só colocar aqui na parte de comentários. Inscreva-se no canal do Canaltech, se você ainda não fez isso.