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Samsung Galaxy A30, mais J do que A [Análise/Review]

Por Adriano Ponte Abreu | 17 de Abril de 2019 às 12h27

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Samsung Galaxy A30, mais J do que A [Análise/Review]

Impossível não dizer: o Galaxy A30 é uma versão “lite” do A50, mesmo que tenha praticamente o mesmo tamanho do irmão maior. Fica aqui a tarefa de entender o propósito do A30 para quem não opta pelo A50 mas ainda assim pretende apostar num “intermediário premium” da Samsung (afinal é isso que a linha A significa… pelo menos no preço).

Vale notar que se você não conferiu nossa análise do Samsung Galaxy A50, recomendamos que confira o que publicamos sobre o aparelho antes de continuar pois é impossível falar do A30 sem traçar paralelos com o A50. O porquê disso você confere aqui.

Ao passo que o A50 traz um aparelho com impressão digital na tela, o A30 reverte a novidade para a tradicional leitura dos seus dedos na traseira do aparelho, mostrando que cortar custos é a lógica básica ao descer números na escala dos “Galaxy A” desse ano.
Isso nos leva ao grande leque de opções da linha “Galaxy A”, indicando a massificação desses modelos. Quem deixava de comprar um Galaxy J por encontrar mais custo benefício num Galaxy A alguns anos atrás talvez não sinta mais esse ímpeto com os lançamentos recentes.

Uma nota importante: “custo benefício” na linha A não significava “mais barato” que a linha J: significava levar muito mais qualidade/câmera/tela/bateria por uma diferença de preço bem pequena, praticamente pagando o valor de um intermediário e quase levando um topo de linha para casa (para entender melhor). Era mais ou menos essa a sensação que a linha A dava lá no início (mas que não se aplica mais em 2019).

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Seguindo isso tudo temos um Galaxy A30 muito parecido com o A50, inclusive com a mesma tela AMOLED de 6.4” (FHD) e mesma bateria de 4000 mAh, porém com “cortes de custo”, entregando menos câmeras, menos processamento e menos opções de memória RAM e armazenamento interno. Basicamente, falamos de uma opção “nerfada”, um “downgrade” direto do A50 como esperado, porém conservando o corpo e aspecto do irmão maior.

O ponto é o seguinte: ninguém espera levar para casa um A30 que seja mais barato que um A50 e ainda por cima tenha em mãos um aparelho mais poderoso; a escolha entre os dois quer dizer outra coisa: você está (de fato) perdendo algo ao optar pelo A30?

O Galaxy A30 traz o chip Exynos 7904 dentro dele (para facilitar, é comparável à performance do chip Snapdragon 636). Isso significa que o A30 entrega menos fôlego para jogos e tarefas pesadas que o A50, mas não em uma diferença tão grande quanto alguns possam pensar.

Observe: a equivalência do chip Exynos que move o irmão mais velho (o Galaxy A50) seria próxima ao do chip Snapdragon 660 (que assim como o Snapdragon 636 citado para o A30 data do final de 2017), sendo assim tanto o A30 quanto o “irmãozão” datam dois anos de idade na equivalência “Snapdragon” dos processadores “Exynos” intermediários que carregam dentro de si.

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Mais do que isso: a diferença de “poder” entre os dois de fato existe, porém nem na data de lançamento de ambos era “muito grande”, logo… para a maioria dos usuários será imperceptível (sendo só para os mais atentos e entusiastas notar que um A30 tem um pouco menos de facilidade com o PUBG, Fortnite, etc. que o A50). São dois intermediários bem próximos, e NENHUM dos dois entrega potência de sobra (eles nem mesmo se propõe dessa forma).

Tudo isso para concluir: praticamente não existe diferença entre o A30 e o A50 de tão pequeno que é o ganho de processamento no A50 em relação ao A30 que estamos tratando nessa análise.

Nosso teste de bateria aplicado no A30 deixa ainda mais claro tudo isso. Ele consumiu:

  • 8% de energia (por hora) em streaming contínuo;
  • 21% de energia (por hora) em descarga forçada.
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São os mesmos resultados obtidos pelo A50 nos mesmos testes.

O A30 não é um passo para trás tão grande quanto possa parecer em relação ao A50. Esse smartphone de forma “bem grosseira” praticamente te entrega tudo, menos a leitura de digitais integrada na tela, simples assim (novamente, falando de forma “bem grosseira” e ignorando pequenas diferenças).

Ao falar das câmeras do Galaxy A30 traz a mesma possibilidade de pensar em fotos de melhor definição (ou) fotos de ângulo aberto (você alterna entre os dois modos). O que não temos é a terceira câmera para medição de profundidade, deixando retratos menos “interessantes”. Essa é a diferença, além da menor quantidade de megapixels no A30 (lembrando que “megapixels” define o tamanho da foto, não a qualidade).

De resto os dois modos do A30 são idênticos ao A50, com o “panorâmico” mais suscetível a ruídos e suavização mais forte nessa lente mais aberta (com resultados terríveis em pouca luz), ao passo que a câmera “normal” fotografa com exposição mais “brilhante” (mas) com suavização perceptível nas imagens. Fotos de um intermediário que em geral são boas (mas que poderiam captar mais detalhes). Faz falta a estabilização óptica para ajudar o conjunto.

Poderíamos nos alongar mais ainda, porém o resumo do A30 casa bem com o momento. Assim como seu irmão maior (o galaxy A50) é um fotógrafo intermediário, o A30 também é (com quase imperceptível falta do sensor auxiliar para o “mediano” modo retrato), adicionalmente entregando menos megapixels em todas as câmeras, até mesmo na frontal.

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Nessa mesma lógica, ele entrega menos processamento, também de forma discreta e pouco perceptível, além de opções com um pouco menos de memória e armazenamento.
Mas nada disso muda os pontos positivos da tela e bateria idênticas ao A50, dando a seguinte frase quase como verdadeira: “o Galaxy A30 só não tem digital na tela, de resto, é praticamente o A50”. Se isso se reflete numa grande diferença de preço, não temos nem como argumentar o melhor custo benefício do A30 em relação ao “irmãozão”, afinal economizar muito dinheiro e levar quase o mesmo resultado é a definição do modelo.

Agora entenda bem: numa diferença de preço muito pequena, o Galaxy A50 é sim melhor que o A30, portanto nada de defender cegamente modelos e combater a realidade. De qualquer forma, lembre-se se o A50 só vale a pena num preço de intermediário, o Galaxy A30 prende-se AINDA MAIS nessa regra, portanto pense 30 vezes antes de comprar o modelo se estiver fora do preço de um intermediário mais simples.