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Moto E4 Plus [Análise / Review]

Por Redação | 29 de Junho de 2017 às 15h00

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Moto E4 Plus [Análise / Review]
Moto E4 Plus

Depois de pular a terceira geração do Moto E, a Motorola resolveu que era vez de voltar com seu mais econômico aparelho ao Brasil. O Moto E4 recebeu versão Plus com mais bateria e não é mais o mais econômico, nem mesmo o melhor custo-benefício.

Já te vi antes?

Diferente do que aconteceu nos Estados Unidos, o Moto E4 Plus do Brasil é bonito e tem um visual mais conhecido. Com corpo de metal na parte do meio e plástico nas pontas (afinal de contas, é por aqui que ele conversa com o mundo). A pegada poderia ser melhor se não fosse a facilidade de escorregar das mãos.

Como ele é levemente mais pesado (beirando os 200 gramas) e grosso do que o Moto E4, com 9,6 milímetros, a câmera finalmente voltou para dentro do aparelho. Isso significa que, neste modelo, colocar o smartphone em uma mesa não vai fazer o celular balançar e, como a câmera fica um fio de cabelo para dentro do corpo, a lente sobreviverá sem riscos ou arranhões por mais tempo.

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O botão de liga/desliga divide espaço com os controles de volume, com entrada microUSB para baixo e o falante logo ao lado dela. Ah, sim, diferente da infeliz tendência mais recente, o conector de fone de ouvido ainda está por aqui.

Pode parecer estranho, mas a traseira é removível. A bateria não e, é justamente aqui que fica o maior trunfo do Moto E4 Plus. São grandes 5.000mAh de carga e a autonomia disso tudo eu te explico mais tarde. Junto dela ficam as duas entradas para SIM card e o lugar onde o microSD fica. E ele parece o Moto G5 com linhas retas na traseira, né?

Boa tela, mas...720p!

O Moto E sempre foi o patinho feio das boas telas IPS LCD da Motorola. Assim como ele ficou mais caro, a tela também melhorou e, sinceramente, ela aparenta ser idêntica em qualidade ao que vi lá no Moto G5.

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Reprodução fiel de cores, contraste bacana para um aparelho que custa quase quatro vezes menos do que o Android mais caro. O único ponto que ainda peca neste quesito é a capacidade de mostrar reflexos. É, ele é muito bom nisso e isso não é nada bom para você, usuário. Só um solzinho no rosto e tudo fica mais escuro.

A resolução poderia ser um ponto negativo, mas….é sim! O Moto E4 Plus custa mais que o Moto G5, que tem tela Full HD. Então, pela concorrência, adotar uma tela 720p no E4 Plus pode não ser a ideia mais inteligente.

Especificações

Por dentro, como uma forma de sacramentar o amor entre MediaTek e Motorola, temos um MT6735 rodando quatro núcleos, GPU Mali-T720 e 16 GB de memória.

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  • Mediatek MT6735
  • Quas-core 1.3 GHz Cortex-A53
  • GPU Mali-T720
  • 2 GB de RAM
  • 16 GB de memória (10,6 GB livres)

Usabilidade e desempenho

Este chip não tem o mesmo desempenho do Snapdragon 430 do Moto G5, mas lida muito bem com o básico e um pouco mais. A Motorola facilita a vida ao não deixar o Android pesado e trabalhar com algo bem próximo do sistema operacional puro. Isso faz com que menos alterações rodem em cima, aliviando todo o conjunto. Abrir muitos apps, de fato, não faz o Moto E4 Plus engasgar.

Os 2 GB de memória RAM ajudam, mas não espere algo próximo de um Moto Z, por exemplo. Este aparelho segura uns 6 ou 7 apps, bem mais do que as gerações anteriores, mas começa a dar sinais de lentidão se você continuar abrindo mais e mais programas.

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A parte de Android limpo inclui um launcher que lembra bastante o Pixel Launcher, com ícones mais redondos e que dão a sensação de que foram dobrados. Em apps a lista é tão enxuta que inclui apenas o pacote do Google, com apps como YouTube, Google Maps e Drive, junto de rádio FM, uma interface mais completa na câmera e o app Moto.

Esta é a única parte que perde para o Moto G5. O app Moto não conta com os atalhos para ligar a câmera ao girar a mão, ou de ligar os LEDs em forma de lanterna, ao agitar o smartphone. Ele permite apenas controlar os botões virtuais do Android pelo leitor de impressões digitais, junto de diminuir a tela ao deslizar a mão no display.

Em jogos ele se comporta exatamente como um aparelho de entrada deve. Jogos mais pesados sofrem com a Mali-T720. Testei Unkilled e ele rodou com quedas comuns na taxa de quadros por segundo, mesmo em qualidade inferior de gráficos. Quando subi os gráficos a experiência piorou ainda mais.

Para games mais leves, como Mario Run, o Moto E4 Plus rodou sem qualquer qualquer engasgo, lentidão ou travamento. E tem um app para baixar mais apps, chamado de App Box, que pode ser deixado num limbo de inutilidades instaladas - ele é a única inutilidade.

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Câmeras

O sensor traseiro trabalha com 13 megapixels e ele é o suficiente para fotos descompromissadas. A abertura de f/2.0 não é ruim, garante um campo de foco bom e luz o suficiente para muitas situações. Em locais bem iluminados e com pouco contraste, o aparelho faz boas imagens. Cores são reproduzidas sem problemas e detalhes saltam aos olhos, com pouco ou quase nenhum ruído.

Com mais contraste é interessante ligar o HDR, que é acionado apenas manualmente. Ele deixa a captura da foto mais lenta, levando em média dois segundos para confirmar a foto. Em compensação, ele consegue deixar áreas escuras mais claras e outras, mais claras, ficam melhor balanceadas. Só não esqueça de segurar a respiração.

Fotos noturnas são problemáticas. Nos testes que fiz foi impossível apenas retirar o celular do bolso e bater a foto. O foco teimava em não trabalhar bem nestes momentos, com dificuldade até mesmo para controlar manualmente na tela. O resultado da foto da avenida 23 de maio é de total ausência de foco. Na Avenida paulista foi um pouco melhor, mas ainda assim o foco não ficou corretamente ajustado.

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O vídeo é gravado em até HD, ou 720p. É a resolução nativa da tela, mas fica pequeno para o mar de smartphones mais baratos e que já gravam em Full HD. A compressão de vídeo é grande o suficiente para deixar o lago pixelizado, com um aspecto de TekPix.

Na câmera frontal, bem ela é exatamente o necessário para uma câmera focada em redes sociais. Fotos da família ficam aceitáveis para salvar em um local especial, já que os 5 megapixels trabalham bem. Trabalham bem, não de forma excepcional.

Bateria, muita bateria!

O Moto E4 Plus tem este nome não somente por conta do tamanho de tela, mas também pela pomposa bateria. São 5.000mAh de capacidade, algo que infelizmente ainda é raro nos aparelhos vendidos no Brasil. Com tamanho espaço, dá pra ficar dois dias longe da tomada sem qualquer preocupação com economia de energia. Nos testes que fiz, não foi possível chegar ao terceiro dia, mas cheguei ao final do segundo dia com o celular reclamando de pouca carga.

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Nos nosso teste de reprodução de vídeo em streaming por uma hora, com brilho no máximo e conectado apenas ao Wi-Fi, o aparelho marcou uma média de 8% de descarga por hora. Dá pra afirmar, com toda segurança do mundo, que se você ficar assistindo séries no Netflix por 10 horas seguidas, ainda sai com energia o suficiente para avisar aos amigos que está vivo.

Vale a pena?

O Moto E sempre foi aquele aparelho de baixo custo e que representa muito bem o segmento de entrada. Ele sumiu na terceira geração e reapareceu na quarta, com uma cara diferente. O Moto E4 Plus tem recursos simples, corpo de gente bacana e preço maior do que seu irmão mais inteligente, o Moto G5.

O Moto G5 tem processador mais veloz, melhor câmera, corpo quase que idêntico e tela de maior resolução. Poderia custar mais, não é? Bem, ele custa menos do que o Moto E4 Plus. Em algumas promoções é possível investir R$ 150 na compra e levar o Moto G5 Plus, que tem o dobro de memória interna, câmera muito superior, recursos extras no Android e uma tela de mesmo tamanho.

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Eele ganha em um ponto: bateria e ganha de lavada. Olhando para bateria grande, temos Zenfone 3 Max e LG X Power como grandes concorrentes. Todos com hardware semelhante, mas uns pontos aqui e ali. Se fosse o meu cartão passando na hora de pagar, eu iria de Moto G5 Plus. Mas se a bateria fosse algo realmente importante, eu vou de Zenfone 3 Max.