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Meizu M3 Note [Análise / Review]

Por Redação | 25 de Julho de 2017 às 15h25

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Meizu M3 Note [Análise / Review]
Meizu M3 Note

A Meizu já foi uma gigante no mercado asiático, criando smartphones arrojados e muito bem construídos, mas a concorrência não dormiu no ponto e empresas mais inovadoras como a Xiaomi, por exemplo, tomaram o trono da Meizu há alguns anos atrás.

E para o nosso mercado brasileiro, que preza tanto pela relação entre custo x benefício dos produtos, será que o Meizu M3 Note é um smartphone com diferenciais que justifiquem a sua compra, ou ele é só mais do mesmo?

No padrão asiático

O Meizu M3 Note é um clássico do mercado oriental quando falamos em design. Seu corpo de metal unibody pesando 163 gramas tem o design muito semelhante a smartphones de outras marcas chinesas, como o Redmi Note 4 da Xiaomi e o Lenovo Vibe K6 Plus, mas isso não tira o mérito da Meizu aqui: O aparelho é muito bem construído quando pensamos em intermediários nesta faixa de preço.

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Além de leve, ele é relativamente fino, medindo 8,6 milímetros de espessura, e suas bordas arredondadas criam uma excelente pegada nas mãos, mas nós aqui do Canaltech recomendamos o uso de uma case protetora, pois o aparelho é bastante escorregadio por conta do metal liso na traseira e nas suas bordas, e como o smartphone é importado e não possui garantia aqui no Brasil, cuidado redobrado, ok?

Na sua lateral direita nós notamos o botão de liga/desliga e o botão único de controle de volume, na lateral esquerda nós encontramos a gaveta para entrada de chips de operadora, e sim, é mais um caso de gaveta híbrida, te forçando a escolher entre usar dois chips de operadora ou um chip e um cartão SD expansível até 128 gb. na parte superior do aparelho nós notamos apenas a entrada para fones de ouvido e um microfone de redução de ruídos, e finalizando com a parte inferior, notamos a entrada usb padrão para carregar o dispositivo, e alto falante mono, mesmo havendo um segundo grupo de furinhos colocados ali pra enfeite, mesmo.

Completando o pacote, temos o sensor de impressões digitais localizado na frente do aparelho, seguindo um formato idêntico ao da Samsung, por exemplo. Ele reconhece bem as impressões e desbloqueia rápido o dispositivo, mas infelizmente requer um clique no botão para que a tela seja desbloqueada, como nos iPhones. Nada prático pra quem se acostumou com sensores mais avançados.

Display e Multimídia

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O Meizu M3 Note possui um display IPS LCD de 5.5 polegadas na resolução FULL HD, contando com 403 ppi de densidade, o que o torna bem satisfatório para uma tela embarcada em um smartphone intermediário. Porém notamos em nossos testes que o display conta com cores equilibradas mas nada muito impressionante - o contraste é ok para um display LCD, mas você pode notar claramente as cores brancas sendo puxadas para a paleta de cores mais quentes, com aquele leve tom amarelado, o que pode ser ajustado nas configurações de cor do aparelho sem dificuldades.

Os ângulos de visão são satisfatórios, mas o único ponto a ser citado é o brilho do display, que mesmo em nível máximo, é bem abaixo do comum, causando dificuldade elevada ao ler o conteúdo do display sob a luz do sol. Completando o pacote, temos um único speaker na parte de baixo do aparelho, que além de ser mono, não possui tons de graves satisfatórios, tornando o áudio bem fraco e com bastante chiado caso seja tocado no volume máximo.

Em resumo, consumir conteúdo audiovisual no Meizu M3 Note é uma experiência satisfatória, mas nada que surpreenda o usuário. Eu recomendo fortemente o uso de fones de ouvido pra uma experiência mais agradável e imersiva.

Especificações

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O Meizu M3 Note vem equipado com um processador Mediatek Helio P10 com oito núcleos rodando em até 1.8 Ghz, com 3 GB de memória RAM e GPU Mali T860 para renderização de jogos.

Ele conta com um chipset Mediatek Helio P10 (MT6755M), com oito núcleos, divididos em 4 núcleos ARM Cortex A53 com 1.8ghz de frequência que trabalham em tarefas simples, e mais quatro núcleos ARM Cortex A53 com 1.8ghz, responsáveis por tarefas mais complexas, acompanhadas pela GPU gráfica Mali T860 para a renderização de gráficos.

O dispositivo possui 3 GB de memória RAM DDR3, 16 GB de armazenamento interno e a possibilidade de expansão deste armazenamento em até 128gb via cartão SD. o Meizu M3 Note vem com a FlymeOS 5.1.10, que é baseada no já defasado Android 5.1.1 Lollipop.

  • Mediatek Helio P10
  • Octacore 1.8Ghz Cortex A53
  • GPU Mali T860
  • 3 GB de RAM DDR3
  • 16 BG de armazenamento interno (Expansível até 128gb via SD)
  • Android 5.1.1 ( FLYME OS 5.1.10)
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Pra vocês que amam benchmarks e números malucos, se liguem nos resultados dos nossos testes com o Meizu M3 Note:

Usabilidade e desempenho

m tese, o conjunto de processador octacore da Mediatek aliados á 3 gb de RAM deveriam ser mais do que suficientes para rodar o Android sem problemas, e executar games pesados ou apps mais complexos sem muita dificuldade, mantendo uma boa taxa de frames e qualidade gráfica… Mas dissemos em tese, não é?

Pra rodar o sistema operacional, o Meizu M3 Note não passa por dificuldades, e a interface modificada pela Meizu, a Flyme OS na versão 5.0 é intuitiva mas muito distante da experiência do Android puro, o que pode causar certa estranheza para alguns usuários que rapidamente vão associar a Flyme ao iOS dos iPhones.

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Ela é visualmente bonita e sem a clássica gaveta de apps, agrupando todos os apps na tela inicial, e as funções de voltar e de tela inicial do Android ficam embutidas no botão home, que é sensível ao toque e possui gestos que substituem os botões virtuais, algo semelhante ao que vimos no Moto G5 Plus, por exemplo.

Felizmente são poucos os aplicativos embarcados no sistema, livrando o usuário do clássico bloatware de Androids customizados, e a Meizu até disponibiliza uma suíte de ferramentas com apps que podem ajudar na sua produtividade, como apps de tempo, bloco de notas, um gerenciador de arquivos e serviços próprios da Meizu.

O único ponto a ser comentado é o fato da Flyme OS ser baseada no já antiquado Android 5.1.1 Lollipop, que não conta com as ferramentas de gerenciamento de bateria como o Doze e o Doze on the go, e sim, eu acho isso muito errado com o consumidor. Mesmo que a Flyme OS tenha recursos bacanas e visual agradável, nada justifica usar uma versão já defasada do Android.

No quesito desempenho, eu tinha dito que em ˜tese˜, o conjunto de hardware daria conta do recado na maioria das tarefas e games pesados né?

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Pois não é bem assim…

Nos nossos testes nós notamos bastante inconsistência em execução de games mais pesados, com quedas de frames absurdas e jogabilidade praticamente nula em games como o Asphalt Xtreme ou Breakneck, e mesmo em resoluções mais modestas, há quedas bizarras de frames pra todos os lados.

Sabe aquele PC antigo tentando rodar um jogo da atualidade com os gráficos no ultra? Um pesadelo. Jogos casuais, alguns mais otimizados como o Nova Legacy e Real Racing 3 e aplicativos de redes sociais e mensageiros serão executados sem problemas, o que é estranho se pensarmos que outros smartphones com configurações semelhantes, usando o mesmo processador, tem desempenhos bem superiores, o que pode ser causado por uma má otimização da Meizu quando se trata de hardware e software integrados.

Câmeras

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A câmera principal possui 13 megapixels, com abertura de f/2.2, que tira boas fotos em ambientes iluminados, preservando os detalhes e com um pós-processamento bem equilibrado entre contraste e nitidez, mas que não apresenta tanto realce no contraste, o que pode ser bom para quem quer editar as imagens capturadas pelo aparelho em um software de edição de imagens.

Fotos noturnas sofrem pela ausência de estabilização ótica e de uma abertura maior do sensor, tornando as fotos bem escuras e borradas, mesmo usando o foco manual. O HDR ajuda aqui, mas mesmo assim notamos bastante ruído e artefatos de imagem por toda a foto, o que se espera de um smartphone intermediário.

O app de câmera é bem simples mas apresenta um modo manual básico com boas opções para quem quer entender mais sobre fotografia, um modo macro para tirar fotos de objetos pequenos com mais detalhes, ferramentas para mudar o ponto focal das fotos, leitor de QR codes e filtros criativos que lembram muito os filtros do Instagram, o que pode ser bem útil.

Por fim, o sensor capta vídeos em 1080p ä 30fps, e a qualidade é satisfatória em ambientes claros, e se você pretende usar o Meizu M3 Note apenas para vídeos para as suas redes sociais, é mais do que o suficiente.

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Já na câmera frontal nós temos um sensor de 5 megapixels, com abertura de F/2.0. SIM, f/2.0. Maior que na câmera principal, e isso já nos dá a dica de que o mercado oriental é maluco por selfies e livestreams. Conseguimos boas selfies com o Meizu M3 Note, com detalhes nítidos e boa reprodução de cores, e não há nenhum tipo de modo embelezamento presente na câmera, o que é um clássico de smartphones orientais. Em baixa luz, mesmo com abertura de f/2.0, temos imagens com bastante ruído e granulação, o que é de se esperar de um aparelho nessa faixa de preço.

Bateria e acessórios

O processador Helio P10 tem a fama de gastar um pouco mais de bateria do que o normal, e em meus testes de uso diário, usando o brilho automático, reprodução de músicas via Spotify usando as redes 4g na maioria do tempo, além de uns 30 minutos de Youtube, jogos como o Real Racing 3 por mais 30 minutos, uso intenso de mensageiros como o Telegram, redes sociais e GPS via Google Maps, eu consegui chegar até o fim do dia com 12% de bateria, o que não é um resultado satisfatório se pensarmos na enorme bateria de 4.000mah do Meizu M3 Note.

Em nossos testes de reprodução de streaming contínuo e ininterrupto, com o brilho no máximo e usando o Wi-Fi, o resultado gerou uma média de 16% de bateria consumida por hora, uma taxa alta de consumo de energia levando o tamanho da capacidade da bateria em consideração, e nos fazendo acreditar que o processador Helio P10 gasta mais energia do que deve.

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Eu acredito que usuários menos viciados em smartphone como eu cheguem até o fim do dia com carga suficiente para não ficar na mão, e se a coisa ficar crítica, há modos de economia de energia nativos da Flyme OS 5 que podem te dar aquele gás para chegar em casa sem imprevistos.

Vale a pena?

O Meizu M3 Note custa aproximadamente U$D 226,00, e você pode encontrar o link de compra aqui na descrição, que te levará direto para a loja Gearbest, que nos enviou o aparelho para testes.

Câmeras razoáveis, design elegante e uma boa relação entre custo x benefício sao os pontos fortes deste aparelho, mas na mesma faixa de preço, há competidores muito interessantes e com Androids mais atualizados, processadores mais modernos e mais avançados em gerenciamento de bateria que podem ser mais interessantes pra você.