Apple Watch Series 3 [Review/Análise]
Por Redação | 06 de Outubro de 2017 às 15h25
Em setembro deste ano a Apple foi anunciar a sua nova linha de smartphones, mastrouxe para o palco, também, uma nova geração do Watch. A propósito, você sabia que o relógio mais vendido do mundo é o da Maçã?
Aceite isso com ceticismo ou não, temos aqui o Apple Watch Series 3. Esta não é a versão LTE do modelo, que não foi escolhida por nós pelo simples fato da tecnologia ainda não funcionar no nosso país.
De qualquer forma, vamos lá conhecer o que esta nova jóia tem a oferecer.
O SMARTWATCH
Se você já viu os outros dois modelos do Apple Watch no mercado, vai notar a semelhança no Series 3. Aliás, eles são idênticos e inclusive oferecem os mesmos tamanhos: 38 mm e 42 mm.
Este modelo testado por nós tem caixa de alumínio com vidro de íon-X e pode ser utilizado em atividades aquáticas numa profundidade máxima de 50 metros. Mas, calma, volcê não deve sair usando ele de qualquer maneira - segundo a própria Apple.
A certificação do Apple Watch Series 3 permite nadar numa piscina ou mar com pouca profundidade, mas atividades intensas como o mergulho não são recomendadas.
O que mais temos no pacote é o de sempre: a coroa giratória (e pressionável) para navegar na interface, um outro botão de liga/desliga e os microfones e alto-falantes do relógio. Ah, e ele pesa ~32.3g e não fica desconfortável no pulso. A Apple envia duas pulseiras de tamanhos diferentes, então é bem fácil se acostumar.
O único “porém” é que o Apple Watch realmente não tem cara de relógio, mas sim de um gadget. Se você não se importa com isso, ótimo! Se você prefere um “relógio inteligente com cara de relógio”, ele já não é tão a sua pegada.
DISPLAY
A caixa de 42 mm do Series 3 tem um display de 1.65” com resolução de 312 x 390 pixels. A “Tela Retina”, como é chamada pela Apple, usa tecnologia OLED de segunda geração, e mantém o Force Touch - com nome adaptado para 3D Touch nos outros aparelhos.
O brilho emitido pela tela do relógio é forte e não deixa o painel ilegível sob luz solar - pelo contrário, ele tem bom desempenho nestes ambientes. E, claro, ele é ajustado automaticamente graças ao sensor de luz integrado.
Mantendo suas características originais ele cumpre um papel excelente, mas ainda sentimos falta de um recurso que mantenha as informações no display mesmo quando bloqueado.
Para despertar a tela, é só girar o pulso ou tocar nela, e ainda é possível escolher se ela vai ficar ligada por 15 ou 70 segundos indo nos ajustes.
ESPECIFICAÇÕES
O tamanho pequeno do Series 3 esconde um chipset Apple S3 (dual-core) e 8 GB de memória. A Apple falou durante o evento que essa geração é 70% mais potente que a Series 2, e de fato esse foi um ponto de diferenciá-los.
Os aplicativos abrem mais rápido no novo modelo, que também demora muito menos para navegar na interface e afins. No mais, esse ganho de velocidade não impacta o funcionamento dos aplicativos, que rodam normalmente na geração passada.
O Apple Watch Series 3 ainda carrega:
GPS e Glonass;
Sensor de frequência cardíaca;
Acelerômetro;
Giroscópio;
Altímetro barométrico.
USABILIDADE GERAL
A principal mudança no Series 3 é algo notável. Até mesmo na própria interface, rolando entre os mostradores, você percebe a fluidez. É como o Apple Watch deveria ser desde o início, sabe?
E pode até parecer exagero, mas acaba não sendo. Esta nova geração deixa que você confira o tempo, uma rota para o trabalho e ainda pergunte algo à Siri que ela vai respondê-lo bem rapidinho. Talvez nós não tenhamos mencionado, mas a Siri pode falar no Series 3. Tudo dentro das suas limitações, é claro, mas ainda com aquela voz mais natural do iOS 11.
Como um relógio que tende a monitorar suas atividades e desempenho cardíaco, o Series 3 se comporta muito bem. Ele tem um bom nível de precisão em atividades ao ar livre que utilizam o GPS, e para o uso aquático até existe um modo para que a tela seja travada. Ao fim desses treinos, você precisa girar a coroa para liberar os pontos que ainda têm água.
Mas, definitivamente, apesar de todas essas mudanças, precisamos destacar dois mostradores do watchOS 4:
O primeiro deles é o da Siri, que mostra informações sobre o tempo, atividade, calendário e afins.
O segundo é do Toy Story com personagens icônicos como o Buzz, Woody e Jessie. Eles ficam trocando as ações quando você toca na tela, inclusive (ótimo para fazer inveja e também perder um tempinho olhando para o pulso).
DEPENDÊNCIA DO SMARTPHONE
O Apple Watch está caminhando para a não dependência do seu iPhone, mas isso não está realmente pronto no Series 3. A versão LTE do relógio ainda pode ser utilizado enquanto o seu smartphone fica em casa, mas você vai precisar pagar US$ 9.99 para ter o serviço ativo. O lado ruim, é claro, é que a tecnologia ainda não funciona no nosso país.
Uma combinação legal seria: Apple Watch + AirPods. Se você tem grana de sobra e tem os dois gadgets, vai conseguir extrair uma experiência boa graças a nova geração e ao software melhorado. Ao contrário disto, o Series 3 ainda peca em ainda precisar do seu iPhone para algumas coisas básicas.
Mas o Series 3 funciona bem offline. Ele consegue medir suas atividades, metas do aplicativo Atividade e também reproduz músicas já sincronizadas com o iPhone por bluetooth. Por acaso, se você já tiver conectado o seu iPhone em alguma rede WiFi, o Apple Watch então ativará recursos como a Siri, envio e recebimento de chamadas e mais.
O Apple Watch vem caminhando lentamente para uma vida sem o iPhone por perto, mas estamos no caminho certo.
BATERIA
O grande incômodo em utilizar muitos sensores e recursos legais no Apple Watch é ter que ficar de olho na bateria. Esta versão, sem LTE, consegue facilmente ficar um dia e meio sem precisar ser recarregado, mas com uso bastante variado.
Se você recebe muitas notificações, faz/atende ligações pelo relógio e o utiliza o máximo possível antes de tirar o smartphone do bolso, aí você pode sentir esse peso e precisar recarregá-lo toda noite.
Entendemos que existem soluções no mercado que duram uma semana ou um mês funcionando no seu pulso, mas essa definitivamente não é a proposta do Apple Watch. Todos os dias durante os testes, nós tiramos ele com 100% de carga entre 7h30 e 8h da manhã, e a energia normalmente durou até o fim da tarde do dia seguinte.
Um cenário no qual o Series 3 realmente não tem uma autonomia muito boa é com ligações. É como no primeiro caso que relatamos, onde ele certamente precisará de uma carga antes do dia terminar.
Resumidamente, a bateria do Series 3 está “melhor” que a do Series 2, mas isso significa exatamente o seguinte: ele apenas dá mais garantia de funcionar por mais um tempinho, só que não é a vida útil esperada por quem precisa de um relógio, de fato, funcionando o tempo todo.
E mais uma coisa: o carregamento por indução demora cerca de 2 horas para devolver a carga completa.
VALE A PENA?
De 2014 até agora, muita coisa mudou em relação ao primeiro Watch. Na mesma medida, a sensação de que nada mudou também está presente. O relógio da Apple segue com o mesmo visual, mas agora pode ser utilizado em atividades aquáticas sem problemas e está nitidamente mais rápido.
Vamos imaginar que você tenha um Apple Watch Series 2, mas está pensando em trocá-lo pelo mais novo. O único ganho real que você terá é na velocidade de funcionamento e navegação, visto que o Series 3 tem transições mais rápidas e um chip mais poderoso e econômico. Como estamos falando de um modelo que não tem LTE, pelo simples fato dele não funfar no nosso país, acaba sendo um upgrade não tão valioso.
Agora, se você vem da primeira geração do Watch, fica a escolha entre optar por um Series 2 “mais barato”, ou um Series 3 com preço cheio e mais veloz.
E aí, deu pra entender? O Apple Watch Series 3 é um ótimo dispositivo e seria injusto afirmar o contrário. O problema é que, em relação ao Series 2, esta definitivamente não é uma atualização tão empolgante, mas ainda é um dos melhores relógios inteligentes da atualidade.
Ah, e não se esqueça do fato de que você ainda precisa de um iPhone para configurá-lo. Se liga nos preços:
US$ 329; o equivalente a R$ 1.028 (sem impostos, claro).