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Apple iPad Pro 10.5 [Análise / Review]

Por Redação | 25 de Agosto de 2017 às 15h00

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Apple iPad Pro 10.5 [Análise / Review]
iPad Pro 10.5 (2017) Wifi

O mundo dos tablets não é o mesmo de 2010. O mercado mudou e há mais espaço para algo que afina a linha entre notebooks e tablets. Foi pensando exatamente neste espaço que a Apple lançou o iPad Pro, em novembro de 2015. Neste ano ele recebeu uma segunda versão, com mais tela, tela melhor e hardware de ponta.

Será que, em sua segunda geração, o iPad Pro pode aposentar seu computador no trabalho?

O APARELHO

Se você já viu um iPad, então reconhece este modelo de longe. Pouco ou quase nada mudou desde o iPad 2. Mas... o grande pulo do gato por aqui está no aproveitamento de tela deste modelo. E, infelizmente, no calombo que a câmera traseira recebeu.

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Olhando para os detalhes: o iPad cresceu em tamanho, mas muito mais em tela. O motivo disso? Bem, a Apple diz que a nova pequena espessura de bordas garante o tamanho de um teclado completo no display. O que, em tese, melhora a experiência de digitar.

Não é exatamente do tamanho de um teclado completo. Perde tanto para esta capinha que serve como teclado, ou então para o tamanho de um teclado Bluetooth da própria Apple. Mas, de fato, o espaço extra dá maior conforto sim.

Falando nele, o novo teclado é o que você espera de um teclado para tablets. Não é o mais confortável quando você digita no colo, e também não vem com atalhos que outros teclados para iPad tem. Como atalho para a tela inicial, ou para aumentar o volume. Ele também perde quando comparado com outros, já que não tem iluminação própria.

Por outro lado, é dobrável e fica escondido como uma capa um pouco mais grossa. Entrega a potabilidade que você espera de um tablet. É só dobrar e levar pra onde você for. Simples assim, e nisso ele ganha de qualquer outro teclado.

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Continuando com o corpo. Temos parte do que difere os iPads Pro dos iPads….iPads. Quatro falantes, sendo dois na parte de cima e dois para baixo. Como em grande parte do tempo de uso o tablet fica deitado, o som ganha maior envolvimento e até mesmo graves não são esquecidos - dentro do que é possível com um falante bem fino e pequeno. A configuração de esquerda e direita até acompanha a orientação do tablet.

Ah, por fim, uma mudança bastante bacana está no leitor de impressões digitais. Não, ele não é fixo na frente como nos iPhones 7, mas ganhou a mesma velocidade de leitura da impressão digital do usuário. É só encostar e dar um clique, que a tela inicial abre. Tudo em bem menos de um segundo.

TELA

Este é o segundo ponto de mudanças nesta geração. A Apple aumentou a tela, diminuiu bordas e ganhou um aproveitamento bem melhor do que nos iPads que não são Pro. Em números, o aproveitamento de tela passou de pouco mais que 71% da frente do aparelho, para mais ou menos 78%.

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Além de tela maior, ela é melhor. O que você precisa saber dela? Ela tem 2224 x 1668 pixels, densidade semelhante ao que já era ótimo em outros modelos. Vem com tecnologia TrueTone, que muda o balanço de cor de acordo com a luz que está na sala. Tem brilho absurdo de 600 nits. É laminada e isso significa que há menos camadas de vidro entre seu dedo e os pixels. E tem ótima visualização para cores, ângulo de visão e contraste.

Mas, a novidade de fato é uma tecnologia chamada ProMotion, que coloca até 120 hertz de atualização na tela. Tá, e o que muda sua vida com isso? Bem, há bem menos lag, ou delay, entre você dar scroll em uma página do navegador e ela seguir seu dedo. É longe do que o mouse faz, mas é bem melhor do que outras telas fazem. Qualquer outra. Além do dedo, a tela responde ao toque da Apple Pencil em 20 milissegundos.

Pode parecer muito tempo, quando você pensa no tempo de resposta de um monitor, mas...olhe só isso. A tinta não vai pra longe quando você acelera o movimento da Pencil. Ela simplesmente continua seguindo quase que colada. Quase que como seria em um papel de verdade.

Definitivamente esta é a melhor tela que a Apple já fez em um iPad. Que já tinha uma das melhores telas do mercado.

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ESPECIFICAÇÕES

Olhando para números, temos um processador A10X Fusion, que é o irmão do iPhone 7 para tablets. Pula de quatro pra seis núcleos, quando comparado ao A10 Fusion de smartphones. Vem com 4 GB de memória RAM e até 512 GB de memória interna.

* Processador Apple A10X Fusion
* Seis núcleos de até 2.38 GHz
* 64 GB / 256 GB / 512 GB
* 4 GB RAM LPDDR4
* Wi-Fi apenas, ou 4G + Wi-Fi

OK, o que você faz com tudo isso? Como ainda estamos no iOS 10, com o iOS 11 chegando mais pra frente, o iPad Pro ainda faz quase que a mesma coisa que falamos no review lá do iPad Pro de 12 polegadas. Ele é um iPadão, como disse o Adriano.

Não entendeu? Vamos lá. O iOS, até antes do iOS 11, não dividia mundos entre tablets e smartphones. O mesmo visual que você tem de ícones nos celulares, está aqui, só que com maior espaço entre eles. Não dá pra abrir várias janelas separadas como num computador, apenas dividir a tela em duas com outro app.

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Em desempenho, este iPad passa o de 12 polegadas. E, pasmem, até mesmo o MacBook mais fino, aquele que não é Pro e nem Air, com processador Intel. Sim, você consegue abrir muitos apps ao mesmo tempo e nenhum reclama. Não há queda visível na velocidade geral do sistema.

Em jogos, bem, você poderá rodar qualquer título da App Store com os pés nas costas. Não existiu opção que testamos e que travou, ou demonstrou engasgos. NADA. Mesmo com outro jogo aberto no fundo, o da frente rodou com todos os gráficos no máximo e sem dificuldade alguma. Testamos os conhecidos Injustice 2, Asphalt Xtreme e partirmos para algo mais pesado. O Infinity Blade 3, exclusivo para o iOS. É, até ele rodou liso e com outros apps atrás.

Tudo isso já existia bem lá no iPad Pro de 2015, mas tudo vai mudar com o iOS 11. No momento da gravação deste vídeo ele era apenas um sistema beta, ainda em testes. A promessa da Apple é de tornar o iPad Pro ainda mais Pro. Ele virá com dock parecida com a dos Macs, melhor sistema para múltiplas janelas e até mesmo um gerenciador de arquivos, com suporte para contas na nuvem. Um salto em produtividade, mas que ainda fica um passo atrás de um computador.

E, sobre o iOS 11 em tablets, falaremos mais tarde. Em um vídeo separado. OK?

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CÂMERAS

Olhando para a parte traseira, você nota que há um calombo bastante elevado. Desnecessário para um produto que poderia ser mais grosso, né? Enfim, você tem aqui basicamente a mesma câmera quem está no iPhone 7. Mesma resolução de 12 megapixels, mesma abertura de f/1.8 e até mesmo a capacidade de gravar vídeos em até 4K com estabilização ótica. Mas….isso é um tablet. Não saia por ai com um trambolho deste tamanho, para as fotos do cotidiano. Seu celular faz fotos tão boas, ou melhores do que o iPad Pro. Com a gigantesca vantagem de caber no bolso.

Então, é, o iPad Pro tem uma câmera bem boa e que faz bem o que esta câmera deve fazer: escanear documentos.

Já a frontal vem com 7 megapixels, um salto enorme quando comparada ao pífio número de 1.2 megapixel do primeiro iPad Pro. Ela tem HDR, filma em 1080p com 30 quadros por segundo. E funciona muito bem em chamadas de vídeo. É isso.

BATERIA

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A Apple garante que as 10 horas de autonomia de outros modelos também funciona por aqui. Durante o tempo que utilizei o tablet, como na hora de escrever o roteiro deste vídeo, consegui quase que isso. Foram alguns dias marcando perto de 9 horas em um uso mais cotidiano. Isso significa navegação na web com o Safari, alguns vídeos aqui e ali, além de alguns jogos.

Em nosso teste padrão de bateria, coloquei o iPad para rodar um vídeo do youtube, com brilho no máximo e conectado apenas no Wi-Fi. A descarga média neste teste ficou em 14% por hora.

O que é gastar 1% a menos por hora, do que o Galaxy Tab S3. Que tem tela menor.

VALE A PENA?

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O iPad Pro de 10 polegadas tem a melhor construção de um tablet, o melhor áudio de um tablet, a melhor tela que um tablet teve até 2017, junto de desempenho que coloca o próprio MacBook em segundo lugar. Perde apenas na parte de sistema operacional.

O iOS, ao menos até a versão 10, ainda é incompleto para tablets. Falta aproveitamento para algo mais profissional, como o nome deste modelo. Com o iOS 11 a coisa muda e começa a melhorar.

Custa caro? Sim, custa, mas é a melhor experiência em tablets que você pode ter - antes de encostar no iPad Pro de 12 polegadas, que é pouco portátil. E, mesmo com o iOS ainda não tão otimizado para telas grandes, ele é superior ao Android para tablets.