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Análise | Sony Xperia XA1 Plus

Por André Fogaça | 06 de Fevereiro de 2018 às 17h35

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Análise | Sony Xperia XA1 Plus
Xperia XA1 Plus

A Sony chega com mais um Xperia lançado em 2017. Nos moldes de fatiar o produto que a Samsung sabe bem como fazer na linha J. Este é o irmão do meio dos Xperia XA1 e XA1 Ultra. Tem a infeliz cara quadradona clássica dos Xperias, corpo em plástico e metal, junto de um preço que escorrega na amizade.

É, este é mais um Xperia que não muda de visual faz tempo. A própria Sony comentou que só vai alterar isso agora, a partir de 2018. De qualquer forma, o Xperia XA1 Plus. Este cara aqui. É um dos três intermediários da Sony que apostam em chip MediaTek. Será que vale?

Um Xperia com cara de sempre

Se você já viu algum smartphone da Sony nos últimos anos, sabe o que esperar do design. Tudo aqui remete aos outros modelos, seja pelo visual quadradão, ou então pelas bordas finas. Só que com topo e parte inferior enormes. Este é um ponto aceitável em um aparelho intermediário de 2017. É feio, só que é aceitável.

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A traseira é em plástico com pintura que lembra muito metal. Mesmo em plástico, ela é bastante firme e sólida. As bordas sim, em metal, dão ainda mais firmeza e todo o conjunto encaixa muito bem nas mãos. A posição do botão home, que também é um leitor de impressões digitais, ajuda na tarefa de escorregar menos.

E fica a minha humilde opinião aqui: este é o melhor lugar para um leitor de impressões digitais.

Um detalhe dos aparelhos da Sony é que eles são os únicos que contam com botão para tirar fotos. É possível fazer a imagem tocando na tela, mas o foco é garantido ao pressionar meio caminho no botão, pra depois bater a foto ao pressionar o restante do local.

Finalizando o acabamento, dois pontos. O primeiro é que os falantes que estão na frente do smartphone não reproduzem música alguma. O inferior é, na verdade, o microfone. O de cima é apenas para chamadas de telefone, nada mais. Todo o som sai por baixo, de forma menos envolvente do que o estéreo que o visual dos falantes propõe.

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Segundo: como acontece na imensa maioria dos intermediários, a gaveta para SIM card tem espaço para todo mundo. Você não precisa escolher entre duas linhas e memória externa. Dá pra ter todo mundo, na paz e na felicidade. Além disso, a Sony não acompanhou a infeliz tendência do mercado e oferece entrada para fones de ouvido.

Tela dentro da medida

Até 2016, ter um intermediário era sinônimo de um aparelho com tela de baixa qualidade. Não é o que acontece aqui no Xperia XA1 Plus, mas é o que difere ele dos outros irmãos: o Plus tem tela maior que o XA1 e menor do que o Ultra.

O modelo Plus vem com 5.5 polegadas de tela, em Full HD. Contra 6 polegadas do Ultra e 5 polegadas do apenas...XA1. A variante Plus reproduz cores sem dificuldade, mesmo que em ângulos mais generosos. As tonalidades de cor ficam mais pra algo pastel em todo o sistema operacional, mas se você prefere cores mais frias ou vivas, dá pra alterar a exibição lá nas configurações.

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Ainda falando da exibição, a Sony soube como colocar brilho o suficiente em um display que não custa tanto. Tem brilho que garante a leitura em um ambiente bem ensolarado, como o da rua ao meio dia e em um dia que não tem nuvem alguma pra cima.

Especificações

Por dentro há um Helio P20, rodando oito núcleos em até 2.3 GHz, acompanhado de 4 GB de memória RAM e 32 GB para tudo que você quiser, com mais ou menos 22 GB livre para seu uso.

  • Processador MediaTek Helio P20
    Octa-core 2.3 GHz
  • 32 GB / 4 GB
  • GPU Mali-T880MP2
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Muito torrone e pouca Oreo

Não temos muitos representantes da linha Helio no Brasil. A MediaTek fica mais visível por aqui em aparelhos de baixo custo, mas dá seus pitacos também em intermediários mais potentes. É exatamente neste mundo que está inserido o Xperia XA1 Plus. Sendo assim, as expectativas sobre ele são altas, bem altas e beiram o que você pode encontrar apenas em modelos mais caros.

O Xperia XA1 Plus entrega bom desempenho mesmo quando há bom número de apps abertos ao mesmo tempo, algo que você tem que agredecer ao montante de memória RAM deste cara. Ter 4 GB, pra um aparelho do final de 2017, é mais do que o necessário para o bom funcionamento do Android. Só consegui notar alguns engasgos durante a navegação da timeline do Facebook, mas foi algo raro.

Lembrando que quando eu falo que ele roda bem, ele roda bem para um intermediário com mais gasolina no tanque. Com mais fôlego. O desempenho de um Xperia XZ1, por exemplo, é bem superior ao XA1 Plus.

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Em jogos, testamos alguns mais pesados como Asphalt Xtreme e Unkilled. O Asphalt rodou bem, mas com velocidade do carro abaixo do que você espera para alguém a 160 km/h. Há menos detalhes, mas dentro do que você tem quando não está com um topo de linha.

Unkilled mostrou melhor desempenho, sem quedas visíveis na taxa de quadros por segundo. Alguns engasgos aparecem, só que são muito raros. Mesmo para quem roda tudo isso na configuração máxima dos gráficos.

O sistema operacional ainda é o Android Nougat 7.0, mas a Sony prometeu que vai atualizar o Xperia XA1 Plus para o Oreo em breve. Ao menos até agora, primeira quinzena de fevereiro, nada aconteceu e o Nougat continua por aqui.

Olhando para a interface, temos ícones majoritariamente redondos, cores menos vivas em alguns deles e animações leves. Nada exageradas. O número de apps pré-instalados vem caindo, mas ainda há instalações duvidosas e que mais atrapalham do que ajudam, como é o caso do AVG, What’s New e um app da PlayStation. Que só faz sentido se você tem algum PlayStation em casa.

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Por outro lado, o ótimo gerenciador de energia da Sony continua por aqui. Junto do modo STAMINA, que consegue esticar os 5% restantes da bateria por mais tempo - claro que com alguns cortes profundos na capacidade de um celular ser um smartphone. Mas funciona.

Câmeras

A lente traseira vem com um sensor da própria Sony e com muito mais resolução do que seus concorrentes, algo comum para esta marca. As imagens são de 23 megapixels e os resultados durante o dia são bem bacanas. Há pouco ruído, pouco detalhe de que o pós-processamento trabalhou pesado. Porém, em alguns momentos, até mesmo o HDR sofre para deixar tudo visível sem estragar a exposição.

Este ponto também é negativo. O HDR está muito escondido. Para ativar a função, você precisa colocar no modo automático, depois tocar na engrenagem dos ajustes da câmera e, agora sim, ligar a ferramenta. Muitos passos para algo que ajuda bastante em alguns momentos.

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Em fotos noturnas o sensor lida muito bem com a baixa luminosidade e mostra até mesmo coisas que nem seu olho notou, mas notei uma dificuldade crônica no foco. É comum tirar uma foto e, depois, notar que o foco está perdido.

A câmera frontal faz fotos de até 8 megapixels, com abertura bem grande para caber mais gente na mesma selfie. A qualidade é ótima para redes sociais e acima do que você precisa para o Stories do Instagram.

Bateria

Já instalada e sem acesso para você mesmo trocar, a bateria do XA1 Plus tem capacidade de 3430mAh. Foi o suficiente para dois dias de uso, com a bateria reclamando da vida no começo da noite do segundo dia. Em um dia mais intenso, com alguns vídeos em Full HD via streaming, música também em streaming por mais de duas horas, GPS com o Google Maps e alguns jogos, a bateria durou um dia inteiro e ainda sobrou até quase que o fim da manhã do segundo dia. Um salto muito interessante, quando lembramos que os outros irmãos desta linha XA1 tem baterias muito menores.

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Em nosso teste de reprodução de vídeo em Full HD, com brilho no máximo e via Wi-Fi, o XA1 Plus descarregou 16% por hora.

Vale a pena?

O Xperia XA1 Plus é o irmão do meio de três Xperias XA1. Ele é o que tem mais bateria, tela que não é gigantesca e acaba também entregando um desempenho esperado para a categoria. O problema, como quase que uma situação crônica na Sony, é o preço. Hoje, no momento da gravação deste vídeo, você encontra o XA1 Plus na casa dos R$ 1,7 mil, valor que acomoda alguns concorrentes de peso, como o LG G6 - que é melhor do que o Xperia em todos os aspectos. Há até, por um preço menor, o Moto Z2 Play e que entrega o dobro de memória interna.

Se você ainda assim quer continua na Sony, tem o Xperia XZ por um valor muito próximo e, assim como o G6, é superior em todos os pontos.

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Resumindo: a Sony tem mais uma variante do XA1, que entrega bons resultados, mas que cobra caro por isso. E ai, você concorda? Pensa diferente? É só colocar aqui na parte dos comentários.