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Análise | Motorola Moto E5

Por Adriano Ponte Abreu | 25 de Junho de 2018 às 11h58

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Análise | Motorola Moto E5

A ideia de ter um bom aparelho de entrada é levar o máximo possível de funções que se tornaram triviais entre os smartphones do mercado para os aparelhos com menor preço final, criando assim gerações de menor custo atualizadas com benefícios queridos por todos.

Uma das bolas da vez é a tela 18:9, atributo que deu liga para a linha G6 da Motorola, e que dá as caras na linha E em 2018. Confira agora nossa análise do Moto E5.

Ainda é custo-benefício?

Ele possui cantos arredondados, com aquela cara de "Moto" que conhecemos, porém traz acabamento em metal fosco na traseira, dando um ar mais premium para o modelo. Nessa parte de trás temos ainda o leitor de impressões digitais do modelo, seguindo o acerto da Motorola mostrado em outros modelos que lançou recentemente, ocultando o sensor em seu logo com "M", criando um sensor de baixo-relevo funcional (ao invés de comprimir o sensor junto da escrita "Motorola" na frente do modelo, onde se perderia espaço útil).

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Sem novidades na caixa do modelo, que fornece o KIT básico do “E” com fones/carregador e chave de SIM card. O aparelho propriamente dito pesa 174 g, e faz sentido pela sua construção que une tela e bateria “a mais” em relação ao Moto E anterior.

Tela e Som

A frente do aparelho traz uma tela LCD IPS de 5.7" (18:9), rodando na resolução de 720 x 1440 pixels (~282 ppi de densidade); essa razão de tela é chamada pela fabricante de "Motorola Max Vision", e pontua uma cara "mais intermediária" descendo para a linha de entrada, o que favorece a tendência de 2018 para quem busca um aparelho mais simples.

A questão é que ainda assim temos uma tela abaixo dos 300~400 ppi, o que deixa a tela um pouco abaixo do esperado para imagens mais ricas em detalhes finos; para o usuário básico é garantido que esse detalhe passará despercebido, porém olhos mais atentos e exigentes notarão.

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As imagens exibidas no painel são OK, com cores normais e dentro do esperado; nem mais, nem menos.

O som integrado do smartphone também fica dentro do esperado para um aparelho de entrada, também sem surpresas e dentro da normalidade para uma saída única de som no topo do aparelho.

Por dentro

Dentro do Moto E5 temos um Chipset Snapdragon 425 com destaque para:

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  • CPU Quad-core (1.4 GHz) Cortex-A53
  • GPU Adreno 308
  • 2 GB RAM
  • 16 GB de armazenamento

Sendo assim não temos upgrade no armazenamento interno do E5 em relação ao E4, perdendo a chance de tornar nesse segmento de entrada o aparelho mais competitivo (ainda mais em vésperas de aparelhos Android GO de baixo custo estarem próximos de competir com a família E). O suporte ao cartão microSD de até 128 GB segue presente.

Performance

A interface do E5 segue o padrão Motorola, praticamente rodando o Android 8.0 Oreo em sua versão “stock”, porém com pequenas alterações da fabricante; a mais notável é a presença esperada do “Moto Ações” e “Moto Tela” dentro do aplicativo de controle da Motorola.

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Apesar da leveza do sistema limpo ainda falamos de um aparelho mais humilde em sua CPU e GPU, logo boa parte dos apps e jogos da Play Store devem rodar (porém com esperados tempos de carregamento maiores em títulos mais pesados e gráficos ajustados para configurações menos empolgantes).

De qualquer forma, temos o abandono da Motorola dos chips MediaTek para a linha E, especificamente nesse caso representando um bom upgrade (ainda que dentro dos aparelhos de entrada).

Bateria

Um aparelho com 4000 mAh costuma fazer bons resultados, e realizamos diversos ciclos de teste com o aparelho para garantir se isso é verdade no Moto E ou não, e durante nossos testes observamos uma descarga média de bateria de:

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  • 23% (por hora) sob situação máxima de stress, descarregando por completo em pouco mais de 4 horas;
  • (e) entre 6 e 7% de descarga por hora em streaming de vídeo contínuo via Wi-Fi com brilho máximo, descarregando por completo em aproximadamente 15 horas;

Isso significa que os 4000 mAh são muito bem utilizados pelo Snapdragon 425 presente no aparelho quando combinados com as 5.7" de tela IPS LCD, mostrando que a Motorola acertou a mão ao unir esses componentes sob seu software mais limpo, dando ao usuário mais equilibrado não só a garantia de utilizar o telefone pelo dia inteiro como chegar com sobra de energia em casa.

Vale notar que ainda temos o óbvio resultado de que jogar ativamente e consumir todos os recursos do E5 derrubam rapidamente a bateria como esperado em qualquer telefone, apenas pontuamos o quanto o modelo é equilibrado para uso normal durante o dia (com muito consumo de redes sociais e vídeos).

Mais uma nota: apesar do suporte ao carregamento rápido de 10 W (e do bom carregador incluso) ainda temos uma bateria enorme de 4000 mAh dentro do Moto E5, logo uma carga completa (ou seja, que vá além da carga rápida que reabastece parte da energia) leva um tempo de espera normal de aproximadamente 2 h.

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Fotografia

No Moto E5 temos uma câmera traseira de 13 MP (f/2.0), sendo uma melhoria direta em relação o Moto E4, ajudando o registro de imagens fora das condições ideais de luz. A gravação de vídeos é em 1080p@30fps.

As fotos produzidas pelo aparelho mostram uma preferência do conjunto em registrar imagens com menos detalhes e mais granulação, em troca de produzir imagens mais claras (mesmo em ambientes fora da luz ideal). O resultado é bom para um aparelho de entrada, mas fica a nota para quanto menos luz disponível maior a presença aberrações cromáticas arroxeadas, além da impressão de “fora de foco” criada pela suavização crescente.

Ao ar livre os artifícios são desativados e temos fotos boas, porém com cores um pouco desbotadas e suaves distorções de cor em iluminação forte direta, e o HDR do aparelho não ajuda muito.

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Essas regras também definem bem o que ocorre com a câmera frontal do E5 de 5 MP (f/2.2); a boa notícia é a presença de flash LED frontal dedicado.

Conclusão

Caso o aparelho seja para iniciantes ou pessoas menos exigentes, pode ser uma boa escolha (inclusive para pessoas mais velhas). Dizemos isso não apenas pelo rendimento do modelo, mas também pela falta de mais armazenamento interno (sendo que um simples WhatsApp da vida com mensagens de “bom dia” já come vários GB rapidamente).

Antes de pontuarmos que a câmera seria um upgrade válido ao lado de uma bateria bem ajustada, fica a lembrança de que o E5 ficou mais caro: R$ 899 é o seu preço de lançamento.

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Nossa conclusão é que mesmo com suas melhorias incrementais, no lançamento não vale tanto pelo que oferece; pode ser que com a promoção correta se torne mais atraente para quem busca um aparelho de entrada mais trabalhado com excelente autonomia energética, em um pacote de design bem-feito e leitor de digitais embarcado.